Clara Menezes A noite já se passa como um turbilhão na minha cabeça. Eu deito, fecho os olhos, tento me convencer de que tudo foi apenas um sonho, mas não é. Andrew esteve aqui. No meu sofá. Dentro da minha sala. E, pior, ou melhor, eu ainda não sei definir, ele esteve diante do Mateo. Eu reviro no colchão, suspiro e olho para o teto escuro. É um fato. Ele esteve aqui. Eu não consigo apagar a cena da minha mente. Andrew, sentado na minha frente, com aquele ar sério que parece não se quebrar por nada, mas olhando o Mateo como se estivesse diante de um milagre ou algo inacreditável. Como se aquele bebê fosse um mistério que ele tentava decifrar. No fundo, eu sei que tudo mudou a partir de agora. Amanhã já está marcado o exame. Amanhã vamos ter uma resposta que pode transformar completam

