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Eu costumava acreditar que isso era amor

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Desde a sua infância, Min Yoongi foi ensinado que o amor tinha diversas formas obscuras e agora, em sua fase adulta, ele precisava aprender a lidar com as marcas que esses amores deixaram em sua vida.

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Um
A primeira vez que eu ouvi falar sobre uma forma de amar diferente da que se via na tv e nos livros, eu era apenas uma criança desesperada pela atenção do meu pai. Um homem ausente, que mesmo quando não estava atolado de trabalho, procurava por mais e se não encontrasse, evitava o próprio filho e até a esposa. Eu sempre me senti uma criança indesejada e quanto mais eu crescia, mais isso se tornava óbvio, então, um dia minha mãe sorriu para mim, com seu jeito doce de sempre e me disse algo que eu sempre duvidei até aquele ponto da minha vida. Ela afirmou que meu pai me amava, no entanto, ela acrescentou que: "Da maneira dele." Eu cresci aceitando essa tal maneira, porque era mais fácil pensar que meu pai era um homem frio que no fundo me amava, do que viver com a certeza de que eu era desprezado por ele. E com isso eu cresci, também, aceitando qualquer tipo de amor que eu recebia, me fazendo ele feliz ou não e, a maioria das vezes, eu não conseguia chegar a uma conclusão ou tinha dificuldade de, mesmo percebendo sempre, aceitar que todos os homens da minha vida foram tóxicos e me marcaram de alguma forma. Um bom e primeiro exemplo disso era meu primeiro amor, Kim Namjoon. Um homem que tinha o dobro da minha idade, que era apenas 16 na época, e um dos amigos de trabalho do meu pai. Ele costumava frequentar bastante a nossa casa, por causa dos almoços e jantares onde meu pai sempre direcionava qualquer assunto para os negócios. Ele era um verdadeiro viciado em trabalho. Já Namjoon não. O senhor Kim era diferente do meu pai. Vez ou outra ele me dava atenção, o tipo de atenção que eu era desesperado para receber a qualquer momento. Não era grande coisa, eram apenas coisas simples, mas que faziam falta no dia-dia. Enquanto minha família não se importava tanto com minha vida pessoal, ele sempre me perguntava sobre a escola. Ele tinha interesse em saber como eu estava indo, qual era a minha média e se eu tinha amigos. Eu compartilhava tudo com ele, sorridente, e em troca ele me dizia como eu era inteligente e também estava sempre afirmando como eu era maduro demais para minha idade. Foi muito simples começar a me apaixonar por ele. Afinal, ele era um homem mais velho, muito bonito e atencioso. Ele era tudo o que eu pensava precisar naquela idade e que eu pensei precisar por um longo tempo depois. Sempre que o senhor Kim ia para a nossa casa, eu ficava mais animado que o comum e ninguém parecia perceber isso. Eu até me arrumava mais do que era necessário para um jantar, apenas porque eu gostava de me sentir bonito para ele, porque ele sempre me elogiava e me olhava diferente, como se retribuísse o mesmo interesse que eu nutria por ele. Claro que não demorou muito mais para a gente parar de fingir que não estava rolando um clima entre a gente — que aqueles olhares, conversas e toques discretos eram com intenções puras — e um dia, no meio de um dos corredores vazios da minha casa, ele segurou meu pulso e me puxou para perto dele. Quando meu corpo bateu contra o seu, senti minha respiração parar e meu coração perder completamente o seu controle. Para mim, aquela cena foi como a mais romântica de qualquer livro ou novela. Principalmente quando ele fez meu rosto inteiro arder, ao dizer que eu estava ficando cada dia mais bonito e com uma leve carícia no meu rosto, ele me beijou. Seus lábios se chocaram contra os meus muito delicadamente, era a primeira vez que eu estava sendo beijado e era tão suave que fez meu corpo inteiro amolecer. Se você é beijado de uma forma tão carinhosa, é quase impossível desacreditar que não seja amado. Não foi um beijo longo e não foi intenso, ele nem mesmo colocou sua língua em minha boca. Tudo o que fizemos foi encostar nossos lábios e o meu inferior foi delicadamente sugado. É claro que eu queria mais. Eu também queria ter provado do sabor da sua boca. Só que Namjoon era muito esperto e, apesar dele sempre me dizer que eu era diferente dos outros e maduro demais, eu continuava a ser apenas um adolescente carente de amor e que estava disposto a aceitar qualquer coisa vinda dele. Até suas desculpas falsas, sobre aquilo ser um deslize seu, um equívoco! Que eu, por favor, o perdoasse, por ele não ter resistido, porque aquilo aconteceu apenas porque ele não conseguia parar de pensar em mim. Seus olhos estavam tão apaixonados e temerosos, que meu coração palpitou, entendendo o que bem queria entender. Me fazendo dizer a ele que estava tudo bem, já que eu também pensava bastante nele. O senhor. Kim e eu começamos a namorar escondidos a partir dali. Claro que nem meus pais, nem qualquer pessoa poderia saber sobre a gente. Ele nem precisava ter recomendado aquilo tantas vezes no início. Eu sabia que nossa diferença de idade e o fato dele trabalhar para o meu pai não seria bem aceito. O único para quem eu confidenciei nosso caso foi ao meu melhor amigo e foi algo do qual me arrependi na mesma hora, a ponto de mentir para ele pela primeira vez. Bastou eu dizer a Jungkook que estava saindo com um homem de 32 anos pra ele me olhar completamente assombrado. Seu rosto até mesmo ficou vermelho de ira e ele perguntou se eu estava ficando louco e que esse homem, obviamente, era um criminoso que estava se aproveitando do meu meu amor. Jungkook me instruiu a terminar tudo e a manter distância dele e eu lhe disse que faria isso, mas eu estava apaixonado demais e eu pensava que não havia idade para o amor. Talvez se meu melhor amigo conhecesse meu namorado, ele entendesse que Namjoon era um homem bom, que me amava mais do que qualquer pessoa já tinha feito antes. E, por isso, em segredo e com a desaprovação do meu amigo, eu me entreguei a Namjoon de corpo e alma. Foi muito fácil para um homem com a sua idade e experiência convencer um adolescente de 16 anos a t*****r com ele. Além do mais, eu o achava tão sexy e sempre que estávamos sozinhos, seus toques ousados me faziam pensar em como seria gostoso se fôssemos mais adiante. No entanto, a experiência que tive com ele foi só uma das muitas outras frustrantes que vieram depois. Como eu podia dizer? Namjoon era meu grande amor na época, mas diferente do que eu queria acreditar, eu não era o seu. Era engraçado como isso parecia tão claro agora. Toda vez que a gente transava as coisas sempre tinham que ser do seu jeito. Ele nunca me perguntou se eu gostava disso ou daquilo, nem se tinha algo que eu gostaria de experimentar. Era como se meu corpo tivesse que estar a disposição de lhe saciar, sem nada em troca e diferente dos nossos primeiros beijos, não havia nada de carinhoso no ato. E “de repente” — ou depois que ele chegou aonde queria — as coisas foram mudando. Apesar de raro, ele costumava me levar para alguns encontros secretos. Íamos bastante ao cinema porque lá era escuro e reservado. Às vezes ele me levava para comer em cafés mais afastados ou para a sua casa, mas um tempo depois ele simplesmente parou e, mesmo estando muito insatisfeito com essa mudança de costumes em nosso namoro, eu não reclamei. Eu tinha medo de decepcioná-lo, mostrando que eu era só um adolescente como todos os outros, que queria passear de mãos dadas com o meu namorado por aí, que queria mais tempo atenção e carinho. Eu não era o garoto maduro que ele sempre dizia e eu estava começando a odiar nossa nova situação, mas eu também não podia reclamar porque sabia que ele estava ocupado demais com o seu trabalho estressante e que todas as vezes que ele me enchia de esperança, dizendo que a gente ia ter um encontro e acabava não aparecendo, eu o perdoava. Porque não era culpa sua e porque quase à meia-noite, ele me enviava uma mensagem dizendo que estava na esquina, me esperando em seu carro e que queria se desculpar pelo bolo. Ele tinha todo um jeitinho de me convencer a sair de casa escondido, tão tarde da noite, que me fazia ir correndo até ele. Tudo para que eu pudesse escutar seus motivos, mas quando eu chegava lá e entrava no seu carro, ele me dizia as desculpas de sempre — que ficou preso em uma reunião ou no transito, mas queria trocaria tudo aquilo por mim, só que ele não podia, afinal, tinha responsabilidades a assumir — enquanto seus beijos molhavam meu pescoço e sua mão boba invadia minhas roupas. No fim das contas, enquanto ele me enrolava dizendo que me amava e que eu era o mais especial em sua vida, eu acabava lhe dando o que ele realmente queria de mim desde o inicio; sexo quente com um garoto inocente no banco de trás do seu carro importado. Mas o pior de tudo isso, é que naquele tempo, apesar de todo o sofrimento que eu realmente passei ao seu lado, eu achava que o que ele me dava, não só era amor de verdade, como era o amor que eu tanto precisava e merecia e que ninguém ia me amar como ele me amava, nem me desejar daquele jeito tão intenso. Então, eu acabei descobrindo uma futura senhora Kim através do meu pai, em uma dessas conversas aleatórias na mesa do jantar, apenas para não deixar o clima familiar pesado. Além do mais, meu pai tinha um enorme apreço por seu empregado, sem saber que tipo de coisas sujas ele praticava com seu filho bem embaixo dos seus olhos desinteressados. A fofoca completa era que Namjoon estava noivo depois de anos de namoro com uma certa moça e a data do casamento, marcada há alguns meses, estava bem perto de chegar. Foi um choque pra mim. Eu deixei a mesa de jantar sem falar muito e corri para o meu quarto desabando em lágrimas no meio do caminho. Como era possível que ele tivesse outra pessoa, enquanto estava comigo? O que eu era pra ele, se era com essa mulher que ele pretendia se casar e construir seu futuro? Eu não quis acreditar nas muitas respostas que meu cérebro me sugeriu. Me senti um completamento i****a e me senti muito machucado, mas além de todos esses sentimentos vergonhosos, eu senti raiva. Eu lhe mandei várias mensagens, de cabeça quente, contando que já estava sabendo de tudo e que eu ia acabar com a vida dele, assim como ele tinha feito com a minha. Meu coração estava em frangalhos e queria que todos soubessem sobre nós dois. Eu ameacei contar a todos sobre tudo e há quanto tempo estávamos juntos. Eu estava tão furioso e machucado, que só pensava em destruí-lo também. Eu era tão jovem e ele fora meu primeiro em tudo, era horrível pensar que eu tinha dado tudo de mim nesse amor falso. Namjoon apareceu para me ver na mesma noite, me pediu para encontrá-lo na esquina, como sempre, e ele estava tão furioso e decepcionado comigo, quanto eu estava com ele. Dizendo o quanto esperava que ao menos eu fosse aquele pessoa que iria entender sua situação, que ele já estava sendo forçado a se casar apenas para manter as aparências exigidas por sua família tradicional e sufocante e que com toda aquela ceninha eu estava piorando a situação para si. Logo eu, aquele que ele amava, o seu único porto seguro... E até para minha surpresa, que chegara ao seu carro tremendo de ódio, eu o abracei e no fim das contas quem pediu desculpa fui eu. Por um longo tempo eu ainda aceitei ser seu amante. Nos novos almoços e jantares que os meus pais davam, sua esposa começou a frequentar e bem embaixo do seu nariz, Namjoon me agarrava e me convencia a lhe dar algum alívio antes de voltar para sua casa e como sempre, eu cedia aos seus caprichos. Eu ainda me iludia com a ideia de que, mesmo casado, eu era a pessoa que ele realmente amava e queria, mas aos poucos a culpa começou a matar meu amor por ele e o próprio Namjoon começou a se distanciar de mim. Nenhum de nós dois disse nada, mas agora eu sabia, que ele simplesmente tinha se cansado daquele joguinho, e de repente, acabou. Namjoon me amou, mas ele me amou do seu jeito.

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