IV – Eu desejo você

974 Words
Clara acorda com o corpo todo dolorido, a verdade é que fazia duas noites que não dormia corretamente. Seus pensamentos estavam todos em certa loira de olhos flamejantes. A morena abre os olhos devagar naquela manhã de segunda. Olha para o lado e ver o horário, nove e meia. Ela se espreguiça e vai tomar banho. Minutos depois ver seu celular vibrar sobre o criado mudo. Então seu coração acelera ao ler a mensagem. Era ela. A morena analisa as palavras e sente um calafrio em seu corpo. Aquela loira poderia até ser perigo, mas não podia negar que tinha um poder de conquista muito eficaz. Deveria levar muitas mulheres para a cama, assim como muitas outras ficavam aos seus pés. Clara não sabia se auto definir, se ela fazia parte das que iria para cama com ela, das que ficaria aos seus pés, ou se simplesmente seria as duas coisas. O desejo que ela sentia por Paloma, o t***o, a vontade de beijá-la, de tocá-la, era algo que não podia explicar, só sentir e de uma forma muito intensa, sua respiração falhava só em pensar na situação. - Eu não posso fazer isso, é demais para mim.             Clara não dá valor a ameaça da loira. Simplesmente deixa seu celular de lado e desce a escada. A morena se concentra em ler um artigo que seria estudado naquele dia na faculdade. Depois de tomar café, estudar, almoçar com a mãe e tomar banho, era treze horas e ela estava indo para a faculdade, o motorista da família a leva todos os dias. Quando descia do carro, sua melhor amiga Bruna, também morena só que de cabelo liso, a esperava na entrada. Mas algo estava errado, a atenção de todos na entrada estava em um ponto fixo e quando ela se vira, seu coração dispara, Paloma estava lá. Tão sexy quanto na noite de sábado. Uma saia colada, uma blusa social branca por dentro da saia, um salto fino e aqueles óculos escuros, estava encostada em sua Ferrari vermelha de braços cruzados, e Deus! A cena era fodidamente sensual. - Aquela mulher é um pecado. _ Bruna diz ao chegar perto da amiga e admirar a loira.             Paloma retira os óculos e olha fixamente para Clara. Seu olhar transmitia fúria e desejo. A loira nunca tinha sido desafiada daquela forma, aquilo a deixou terrivelmente excitada. A mulher começa a andar em direção às duas morenas. Parecia que caminhava em câmera lenta de tão sexy que era. - Oh, meu Deus! Ela está vindo para cá. _ Bruna disse, nervosa, não tinha como não ficar perto da loira. Paloma sorri e encara a morena ao chega perto das duas. - Boa tarde, senhoritas. Clara, podemos conversar? - Eu... Eu tenho aula. - Oh, para com isso, Clara, você pode se atrasar um pouco. _ A amiga disse. - Acompanhe-me por favor, pode ser em meu carro, prometo não demorar.             Todos na entrada do local a encaravam, Clara era uma pessoa famosa por ser uma Fonseca, mas sempre preferiu o anonimato, tanta atenção a estava deixando sem jeito, por esse motivo resolveu ir com a loira. As duas entram no carro, que era totalmente escuro para quem estava do lado de fora. Paloma tentava se controlar ao máximo, a morena usava uma blusa que podia ser visto sua barriga sarada. E ela deixou marcado em sua mente que a proibiria de sair com aquelas roupas, pois para a loira, aquilo já era uma realidade, Clara Fonseca seria sua. - Você não me respondeu.             Paloma diz ao sentar no banco e se aproximar da morena. Clara tinha a respiração ofegante. Sempre seria assim quando estivesse perto da loira. Ela sente a mão da loira acariciar seu cabelo da nuca devagar, mas o suficiente para começar a sentir seu corpo esquentar. - Paloma... - Eu amo seu cabelo, seus cachos são perfeitos e eles me dão muitas ideias, coisas que posso fazer com você enquanto eu segurá-los. _ O nariz da loira encosta no da morena. Paloma também sentia a excitação em seu corpo. Ela queria tocar na morena, queria sentir o gosto do seu beijo, dos seus lábios, da sua língua. – Eu disse que viria atrás de você, nunca duvide da minha palavra. - Eu... Tenho que ir. _ Clara disse, ainda de olhos fechados e com a respiração falha, quase em um sussurro. - Porque você foge de mim? Está evidente que você também sente. Eu quero você, Clara, eu desejo você. - Nós não podemos. - Diga-me por quê. Se me der uma resposta válida eu vou embora e nunca mais apareço em sua vida.             Mas ela não podia, não seria capaz de falar, na verdade ela nunca seria capaz de falar a verdade. Só queria se entregar e que se dane o resto, que se f**a tudo. Em um movimento rápido, ela empurra sua cabeça de encontro a da loira. Os lábios se encostam. O sabor de ambas era doce, elas só queriam aproveitar o momento. Paloma puxa com um pouco mais de força os cachos da nuca de Clara. A morena ela deliciosa, ela poderia dizer isso apenas por aquele beijo. A loira tinha que acreditar que tudo não passava de desejo s****l, depois que conseguir levá-la para cama, tudo voltaria ao normal, iria conquistar a morena e fazer Abelardo Fonseca sofrer através de sua filha, seria c***l com a mulher, mas era a forma mais dolorosa de atingir o homem. Paloma logo pede passagem para a sua língua, Clara sede, começa a sugar com vontade, com fervor. Foi impossível não deixar um gemido escapar, o que faz a milionária estremecer ao escutá-lo. Era delicioso demais, ela com certeza desejava aquela mulher mais do que poderia admitir, aos poucos o beijo sessa e elas encostam as testas, para enfim Clara falar. - Eu também desejo você.
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