CAPÍTULO 46 MONIQUE NARRANDO O tempo parecia escorrer pelas paredes daquele lugar. O relógio da recepção m*l se mexia, cada segundo parecia virar minuto. Eu andava de um lado pro outro, as mãos no rosto, no peito, no cabelo… sem saber onde apoiar minha dor. — Senhorita Monique, né? — a enfermeira chamou, aparecendo na porta da sala de atendimento. — Sim, sou eu! — corri até ela num pulo. — O doutor já vem falar com você. Assenti com a cabeça, sentindo o corpo todo desabar de alívio. Me joguei de volta na cadeira, cobrindo o rosto com as mãos. Mas o medo ainda não tinha ido embora. De repente, ouvi a voz grave ecoar na entrada: — Cadê ela? Levantei o olhar num susto. Tubarão. Ele entrou igual um raio, de camisa preta justa no corpo, corrente grossa no pescoço, a pistola visível

