CAPÍTULO 57
MONIQUE NARRANDO
Assim que o carro virou a esquina e entrou no meu morro, os menor já se movimentaram. Mas quando viram quem tava no volante, liberaram na hora. Ninguém barra o Tubarão. O nome dele ecoa por aqui, mesmo ele sendo de outro canto. O respeito vem antes da dúvida, ele é parceiro do Cabuloso então tem o passe livre.
Ele foi subindo devagar, o carro deslizando pela ladeira estreita, os olhos dele atentos em tudo, mão firme no volante. E eu ali, do lado, só observando como ele impunha presença até no silêncio.
Quando chegou na frente de casa, ele engatou o ponto morto e desligou o motor. Ficou me olhando um segundo, e eu soltei um sorrisinho fraco.
— Bora descer… cê vai subir comigo — falei, abrindo a porta.
Ele nem hesitou. Saiu do carro com aquele jeito dele… t
