Sinopse
Melissa Lisboa
Então, como eu posso começar a contar essa história maluca que aconteceu em minha vida para vocês? Acho que vou começar com a parte mais simples, de quando eu tinha uma vida pacata e sossega ao lado dos meus pais, fazendo o colegial junto com as minhas amigas… Aaaaah, tempos bons que não voltam mais!
Bom, meu nome é Melissa Lisboa, Mel para os íntimos. Sou filha única, de pais que se desdobraram para que eu viesse ao mundo, porque minha mãe não conseguia engravidar. Então vocês podem imaginar o quanto fui amada e tratada como um verdadeiro cristal. Uma princesa que sempre teve tudo nas mãos, mas mesmo com tantos mimos eu sempre fui muito dedicada aos meus estudos, sempre tirei as melhores notas da sala, recebi vários prêmios por meus trabalhos aplicados e claro, sou o orgulho do papai por estar na melhor universidade da Inglaterra. Escolhi a profissão do meu pai, não porque é a profissão escolhida por ele, mas, porque amo jornalismo! Amo escrever, investigar, ter a notícia em primeira mão, tudo isso me fascina, me excita e me instiga.
Bom, acredito que ainda não falei para vocês aonde fica a minha casa atualmente. Moro aqui no campus, mais precisamente a dois meses deixei o Brasil para me aventurar em terras inglesas. Divido o meu dormitório com Geyse, uma maluquinha de baixa estatura, morena, cabelos curtos e coloridos - de um lilás com rosa choque - e que tem tentando me levar para um m*l caminho. E quando digo "m*l caminho", eu quero dizer, festas de fraternidades que acontecem toda semana, bebidas a noite toda e ainda terminar com um carinha qualquer na minha cama. Tive que dispensar pelo menos uns seis convites dentro desse período de dois meses. Sinceramente não sei como ela consegue tirar boas notas dormindo tão tarde e acordando tão cedo quase todos os dias. Enquanto ralo com a cara nos livros, boa parte da noite, ela passa a noite dançando, fumando, bebendo e trepando - palavras dela, que fique bem claro.
Não se enganem comigo, eu não sou nenhuma santa, sou devota aos meus estudos sim, mas isso não quer dizer que eu não me divirto e nem que eu não curto a vida. Claro que eu também sei curtir a vida, nos finais de semana, com hora para sair e hora para voltar, é claro.
Eu , Geyse e algumas meninas da aula de jornalismo combinamos que o sábado é sagrado, que temos que aproveitar a noite e curtir como se não houvesse o amanhã. Clubes, vodca, muita dança, corpo quente e suado e… bom, para mim, é só! Não sei, eu devo ter algum tipo de problema, sério gente!
Porque toda vez que um cara se próxima de mim, eu simplesmente travo, não falo nada, as palavras simplesmente não saem da minha boca e eu não me mexo. Os caras acabam se afastando de mim, o que é uma droga, porque aos dezenove anos, sou a única garota virgem da minha turma.
Penso que já falei demais, né? Por hoje é só moçada, o resto vocês vão ter que descobrir no desenrolar dessa história. Um beijo, eu tenho que estudar agora.
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Ryan Vila Lobos
Estudar nessa faculdade é um verdadeiro saco! Sou coagido, obrigado por meus pais a vir todos os dias pra cá, caso contrário eles cortam a minha mesada, a única coisa boa que eles têm para me oferecer. A propósito, me chamo Ryan Vila Lobos, tenho 24 anos e já repeti de ano aqui na faculdade de medicina dois anos seguidos. Não é que eu seja um cara burro ou fraco, não é isso. É simplesmente falta de interesse mesmo. Meus pais querem que eu me forme e eu não quero dá esse gostinho para eles, só estou aqui pela minha mesada que banca as minhas festas, as noitadas regadas a bebidas, cigarros, drogas e mulheres.
Vocês me acham um filho r**m? Não mesmo. Desde que nasci, meus pais me deixaram para ser criado por minha babá Nany. Eles nunca me deram qualquer tipo de carinho, atenção ou proteção, tão pouco um segundo de suas magníficas presenças. Nunca curtir um aniversário com eles, mas sempre recebia o melhor presente que uma criança poderia receber todos os anos, nas datas especiais e isso era tudo.
Natais, dia dos pais ou dia das mães… Nada.
Eles levam a vida em fazer viagens, em conhecer o mundo e ligava pelo menos uma vez no mês só para saber como eu estava. Então, por que eu deveria fazer os seus gostos agora? Fazer a alegria deles, se eles nunca me fizeram feliz?
Amo curtir as noitadas com a galera agitada, sempre nos encontramos nos bares do submundo e bebemos até não poder mais, ainda compramos alguns gramas de cocaína e claro levamos para casa pelo menos duas garotas para curtir uma orgia com elas. Uma vida digna de um rei! Consequentemente durmo sempre na sala de aula, perco os assuntos, os trabalhos, exercícios e as provas. Resultado de tudo isso? Meu currículo está recheado de notas vermelhas.
Nasci e fui criado aqui mesmo em Cambridge - Massachusetts - o que facilita para mim, porque com dois pulos estou em casa, então não preciso ficar aqui o tempo todo como a maioria dos alunos.
Michael é o meu melhor amigo desde que me entendo por gente. Ele é um pouco parecido comigo, temos 1,90m de altura, pele morena, cabelos curtos e negros. A diferença está nos olhos, os meus são castanhos escuros e os do Micht são azuis, fora isso, podemos até passar por irmãos que ninguém desconfiará. Estamos sempre grudados, exceto nas noitadas, Micht se dedica a faculdade de administração e o seu MBA, enquanto eu me dedico a boa vida. O cara parece o meu pai. Está sempre me aconselhando a me afastar dessas amizades e a deixar essa vida bandida... mas, cara, qual é a graça? Se eu parar, perco o pouco da atenção dos meus pais, pois por incrível que pareça, desde que me meti nessa merda toda, eles têm telefonado mais para mim, vem em casa pelo menos duas vezes por mês e já perderam pelo menos duas noites de sono para me tirar da cadeia. Definitivamente foi a única maneira que encontrei de atraí-los para mim.
Meu maior xodó é a Greta, minha moto envenenada que junto com minha jaqueta de coro e meu mau comportamento deixa uma impressão de um bad boy, o que mantém alguns chatos e caretas bem longe de mim e atraem muitas gostosas também. Meninas que adoram me paparicar e atender muitos dos meus mais absurdos desejos sexuais. Então cara, pensa comigo, tem para que deixar essa vida de rei? Que se explodam os meus velhos, e quero mais é viver a vida! O tempo que eles tiveram de se meter em minhas decisões já passou. Agora é o que eu quero e como eu quero!