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Aquela Ali

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intro-logo
Blurb

Rebecca e Elisa se conhecem desde o fundamental, fazem parte do mesmo grupinho de amigas e estão próximas todos os dias no colégio. Elisa não entende porque Rebecca se comporta de forma tão estranha com ela, sempre a evitando. Depois de quase um ano em dúvida, Elisa finalmente tenta a entender.

Com famílias totalmente diferentes, -pais extremistas religiosos e uma mãe solteira de mente aberta- Elisa e Rebecca estão dispostas a lutar contra todos os preconceitos pelo o que acreditam ser o primeiro amor.

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Chuveiros
Elisa está indo para os chuveiros, e nossa, ela é realmente é muito lerda. Após o treino de natação, a primeira coisa que todas as meninas fazem é ir direto para os chuveiros, não é? Elisa conseguiu demorar tanto, que ao chegar no banheiro só ela restava para tomar banho e Rebecca estava guardando o maiô para ir embora. As garotas se entreolharam, não mais do que dois segundos, mas já é o suficiente para lotar a cabeça delas de pensamentos impróprios. Elisa e Rebecca se conhecem há anos, fazem parte da mesma panelinha de amigas que vivem grudadas desde o fundamental. Elas se chamavam de “amiga” quase todos os dias e participavam de todas as conversas juntas. Era estranho não serem próximas, pois deveriam. Mas todos os músculos de Rebecca ficaram rígidos ao perceber que Elisa entrou para os chuveiros.  A verdade é que Elisa e Rebecca não se falam muito. Só que estão sempre juntas graças as amigas em comum, mas tem uma coisa aí. Para Rebecca, Elisa não é como as outras meninas, é estranho, algo que faz Rebecca notar a morena antes mesmo que ela se junte as amigas na mesa no refeitório, ou falar alguma piada i****a. Para ela, é como se pudesse existir “Elisa e Rebecca” sem trocarem uma palavra sequer.  – Eu não pude falar com a Renata ainda, nós ainda vamos mesmo para a... – Festa do Kai? – Rebecca completou a fala de Elisa olhando-a de uma forma tão atenciosa. – Isso! – Elisa disse e apontou para a amiga. Rebecca sorriu. – Só a Anelise não vai, as outras vão sim. – Rebecca respondeu. A garota terminou de guardar tudo e colocou a mochila nas costas. Ainda sentada no banco do banheiro e pronta para ir, ela hesitou. Não deveria se sentir tão deslocada perto de Elisa, sabia que não. Mas não soube o que dizer e o banheiro se encheu de um silêncio alto demais. Elisa havia puxado assunto primeiro. Agora era a vez dela. Ela pensou de tudo, desde aquecimento global até a música dos anos 70 que ela estava ouvindo ultimamente, mas não achou nada que fosse digno de uma conversa com Elisa, a única pessoa que conseguia ser mais bonita que a Anita(cantora famosa que mesmo garotas héteros podem sentir atração), mais engraçada que a Renata e mais atraente que todos os meninos somados juntos.  Elisa tirou a saída de banho descontraída e virou para Rebecca num impulso natural para, provavelmente, dizer alguma coisa, mas acabou vendo a garota olhando-a de uma forma tão... parecia hipnotizada. Elisa se calou antes mesmo de falar, engoliu uma risada e Rebecca caiu em si, virou o rosto para a porta do banheiro e sentiu o rosto ficar quente. Elisa sabia que era bonita, mas não esperava encontrar Rebecca admirando-a tão explicitamente. Principalmente Rebecca que a evitava sempre que podia, Elisa achava até que Rebecca não gostava dela, agia estranho. Se encontrasse qualquer uma das amigas do grupo no banheiro, Elisa conversaria sem problemas. Ela fazia amizade fácil, a verdade é que qualquer garota que encontrasse no banheiro, seria sua amiga em 5 minutos. Rebecca que era complicada, não havia motivo para agir como se Elisa fosse uma garota malvada de ficção adolescente. E lá estavam as duas desconfortáveis com o silêncio e sufocadas com a vontade de falar uma com a outra.  – Eu vou também, cabe no carro? – Elisa perguntou.  – Cabe. É só irmos um pouco apertadas. – Rebecca sorriu. As duas se perguntavam a mesma coisa em pontos de vistas diferentes. “Rebecca estava mesmo olhando para mim?” e “Elisa percebeu o jeito que eu estava olhando para ela?”. Nenhuma das duas se atreveria a apenas abrir o jogo. Elisa, a extrovertida mais fácil de manter uma conversa, perdia seu talento natural com Rebecca. Isso a enlouquecia, porque sabia o quão incrível Rebecca era, o quão brincalhona e divertida era com as outras amigas, mas com ela tinha quase um bloqueio, Elisa odiava isso.  – Quer que eu te espere se arrumar? – Rebecca se forçou a perguntar. Elisa afirmou com a cabeça, agradecida. Esperaria qualquer uma das amigas. Os chuveiros estavam mais adiante, um ao lado do outro, sem nenhuma cortininha ou qualquer coisa que pudesse dar alguma privacidade. Rebecca nem pensou nisso, surpreendentemente não teve a ideia brilhante, e pervertida, de assistir a única-garota-mais-atraente-que-um-menino tomar banho, mas era exatamente isso que ela iria assistir. Ah, Deus, como não pensou nisso? Deveria ter saído do banheiro enquanto tinha chance e não colocar sua amizade em risco. Elisa tirou a toalha da bolsa junto com uma necessaire pequenininha -organizada demais para uma garota de 16 anos- e caminhou apenas com o maiô do time de natação e as pernas à mostra. Eu não vou olhar. Eu não vou olhar. Ah, você vai. Você vai sim, Rebecca. Você sabe que vai. Ela pensou. Rebecca já estava olhando, ela era uma piada m*l contada e constrangedora que todos tentam evitar. Ela tinha uma franjinha i****a que a deixava com cara de Mônica da turma da Mônica e que havia se arrependido de ter cortado. Agora ela se escondia debaixo dos fios pretos que quase cobriam seus olhos  e, pela segunda vez, Elisa a notou. Rebecca não conseguia se conter e um lado da sua mente tentava a convencer que isso não significava nada.  Rebecca, presa no olhar de Elisa embaixo do chuveiro, se engasgou.  – Vocêfazac-cademia? – Rebecca murmurou.   – Hm?   – Academia. Você faz?   – Não. – Rebecca assentiu sem ter o que dizer, sabendo que precisava, pois Elisa continuava olhando para ela e isso estava deixando-a sem ar.    – Eu queria fazer para ter um corpo como o seu. – Rebecca se constrangeu toda vendo o duplo sentido que essa frase poderia ter. Daí Elisa riu, toda simpática, grata com o elogio. – É o meu body goals. – Foi a desculpinha que Rebecca encontrou para não conseguir tirar os olhos de Elisa.    Elisa cobriu o rosto, ela sorria. Rebecca ficou tão feliz por tê-la feito sorrir. Por alguns segundos, não teve vontade de sair correndo.   – É? E quer saber o que eu acho? Acho que você não precisa de meta nenhuma, já é linda assim. – Rebecca olhou para as próprias pernas morta de vergonha, Elisa não percebeu, fechou os olhos para tirar o shampoo do cabelo e deu uma risada. – Eu já te disse que amo sua franja? – E esperou Rebecca dizer que não – Ela te deixa muito fofa. Tenho vontade de esmagar você.    Rebecca surtou, não sabia mais como respirar. Elisa assistiu a garota se encolher e sorrir e isso a deixou satisfeita. Falar com Rebecca sem as outras garotas juntas era muito raro. Na última vez, conseguiu elogiar a letra de Rebecca em um bilhetinho de cola no meio da prova. Ela fazia de tudo para que Rebecca parasse de agir tão robótica com ela e isso significava ser legal em todas as oportunidades bobas, ela se esforçava. Mesmo assim, Rebecca fugia dela como uma criancinha medrosa. Rebecca pode até ter certeza que é super discreta quando fica olhando feito boba para Elisa(durante as aulas, nas conversa entre as amigas, durante a aula de natação), mas Elisa tem certeza que é super observadora também, então sim: Mesmo sem trocar nenhuma palavra existe “Elisa e Rebecca”, como se nem houvesse mais quatro pessoas na mesa durante o intervalo. Elisa encarou Rebecca à distância, da forma mais angelical e deu um meio sorriso. Ela estava aprovando isso? Marcos, Rebecca. Marcos! O garoto mais lindo e meigo e aí meu Deus, Elisa está tirando o maiô. Rebecca estava paralisada, perdida nos olhos dela até descer o olhar quase inconscientemente pelo corpo malhado de Elisa. Elisa estava vendo isso, Ah como estava. E não soube entender bem se gostou ou se gostou muito. Devagar, quase parando, o maiô desceu completamente pela perna e foi lançada para perto da bolsa de Elisa, no chão, onde ela apanharia e guardaria mais tarde. Rebecca voltou a si quase ruborizada e baixou o olhar para as próprias pernas da maneira mais discreta que pôde, mas era tudo fachada e ela reconhecia isso, com vergonha, mas reconhecia.  Elisa virou de frente para a torneira e a abriu; Elisa tinha cabelo curto, um pouco mais alto que o ombro, castanho claro. Suas costas e cintura… O formato do corpo de Elisa, Rebecca se perdeu entre as gotas de água que escorriam e desciam pelo ralo. Não conseguiu resistir ao impulso de manter o olhar para baixo. Você gosta do Marcos, do Marcos, ouviu? Não, ela não ouviu. Ela não é gay, Elisa é muito bonita, qualquer uma se sentiria atraída por ela. É como se uma menina se sentisse atraída pela Megan Fox, é a Megan Fox p***a, não uma garota. Ela é uma deusa no mundo dos mortais. É a mesma coisa com Elisa. Rebecca estava tendo um colapso mental e Elisa tinha plena consciência disso, não porque ele se achava a Megan Fox e que poderia fazer todas as garotas da terra serem gays por ela, mas porque Rebecca estava se movimentando demais, olhando para os lados demais, se esforçando para prestar atenção em qualquer coisa que não fosse Ela. – Você pode atender meu celular? – Elisa falou. O que? Ela disse algo? – Meu celular... Está tocando, pode pegar, por favor? – Mentalmente, Rebecca maliciou a frase como um convite para se juntar a ela no chuveiro, mas espantou esses pensamentos e atendeu o celular num gesto rápido. – Elisa? – É a Rebecca, Elisa está tomando banho. – Se apressem, já estão todas saindo e nós ainda temos que comprar a bebida para levar! – Renata falou do outro lado da linha. – Quem é? – Elisa perguntou se envolvendo na toalha e aparecendo ao lado de Rebecca num pulo. – É a Elisa. Eu já acabei. Estamos indo. Rebecca respirou fundo como se nem conhecesse a garota, como se ela tivesse acabado de se tornar a Megan Fox bem ao seu lado.  Elisa desligou a ligação em menos de 10 segundos e largou o celular na bolsa, junto com a toalha e as coisas do banho. Se vestiu num minuto e passou algum tempo arrumando o cabelo na frente do espelho, depois se virou para Rebecca, que graças a Deus, estava concentrado no celular e não observando a garota obsessivamente, mas por dentro ela ainda estava pensando em Elisa. – Vamos? – Elisa chamou e Rebecca se levantou para irem embora.

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