Debora narrando O barulho do motor era a única coisa que preenchia o silêncio dentro do carro. Eu tava ali, com a cabeça encostada no vidro, tentando entender o que tinha acabado de acontecer. Minhas mãos ainda tremiam, o coração batia rápido, o sangue fervia igual panela esquecida no fogo. E do meu lado, a Mariana gargalhava. Gargalhava alto, como se tivesse acabado de ver a melhor cena da vida dela. — p**a que pariu, Débora! Tu viu a cara daquela desgraçada? A Gabriele parecia um p***o depenado, mulher! Eu juro por Deus, se eu viver cem anos, eu nunca vou esquecer aquela careca brilhando no sol! — ela dizia rindo tanto que quase perdia o ar. Eu olhava pra frente, calada, tentando me segurar pra não rir também, mas era impossível não achar graça da forma que ela falava. Mariana sempr

