Debora narrando Eu não sabia que eu precisava tanto daquele abraço. Na verdade… eu até imaginava. Só não fazia ideia do quanto tudo em mim ia se desmoronar quando ele me envolvesse nos braços dele. Quando o peito dele encostou no meu, quando as mãos dele me apertaram contra o corpo quente, quando eu senti o cheiro da pele dele de novo… foi como se o mundo lá fora deixasse de existir. E foi nesse instante que eu percebi — aquele era o único lugar seguro que me restava. Caveira me levou pra dentro da sala, e eu me agarrava a ele como se minha vida dependesse daquilo. Meus dedos corriam pelo peito dele, pela barriga, pelas costas, como se eu precisasse confirmar com minhas próprias mãos que ele tava inteiro, que ele tava vivo, que ele tava ali. E ele tava. Ele tava ali, com os olhos firme

