Renato narrando Elas se aproximavam devagar, um passo hesitante depois do outro, como se atravessassem um campo minado. Eu tentava decifrar o que aquelas três estavam fazendo juntas, que história torta tinha trazido todo mundo até aquele quarto, até mim. A tensão no ar era densa. Eu podia sentir na pele. A primeira voz que veio foi a de Karina, baixa, rápida, atropelada por uma ansiedade que escorria pelos olhos. — O que aconteceu, Renato? — ela disse antes de respirar fundo. — A Débora me agrediu na concessionária. Ela me bateu, me humilhou, me mandou embora com uma mão na frente e outra atrás, por justa causa. Quando eu vim aqui no hospital pra saber como você estava, pra entender o que fazer sem ter muita informação sobre seu estado de saúde… ela estava batendo na sua mãe e na sua i

