Debora narrando O advogado queria porque queria me colocar como errada em coisas que eu não estou. A cada argumento dele, cada tentativa de inverter a lógica e os fatos — como se eu fosse uma mulher frágil, sem preparo, como se ele tivesse vindo ali me instruir a como conduzir minha própria vida — eu mantive o autocontrole. Até onde foi possível. Porque quando ele insinuou que eu talvez estivesse emocionalmente instável, aí não teve mais como manter a diplomacia. — Doutor, com todo o respeito… agora eu te peço que se retire da minha sala. Minha voz saiu firme. Cortante. — Eu te apresentei todas as provas de quanto o seu cliente está errado. Te mostrei, ponto por ponto, o que ele fez. E também te mostrei que essa causa é perdida. Mas se o senhor quiser continuar defendendo o Renato… s

