Debora narrando Eu tava morrendo de vergonha. Não uma vergonha qualquer. Era daquela que queima por dentro, que te deixa ruborizada até atrás da orelha, que faz o corpo inteiro querer desaparecer. Eu me sentia uma p**a. Cravada no meio da p***a da sala da boca, toda fodida, toda melada dele, depois de tudo o que a gente fez ali. Cada gemido, cada grito, cada estocada, cada g**o… tudo parecia ecoar ainda nas paredes suadas daquele lugar. E a lembrança de como eu implorei, de como eu gozei na cara dele, na língua dele, no p*u dele, era como um soco de lucidez depois do furacão. Mas quando eu tava nos braços dele, com ele dentro de mim, tudo isso sumia. O mundo desaparecia. A vergonha, o medo, o apavoro, aquela sensação constante de desespero que ele tinha deixado em mim nos últimos dias

