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Corpo Trocado - Uma vida que não era minha

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teremos dois livros diferente em um só

Milena is a sweet girl , but she is also a little insecure and complacent , she is studying psychology at college and despite being already twenty she doesn't intend to move from her parents' house anytime soon . Milena maintains a three- year relationship with Cauã, the guy she considered to be the love of her life until one fateful Friday night. After suffering one of the worst disappointments of her life, Milena finds herself drunk for the first time in a bar, when returning home that dawn, she is clearly sure that this is the worst day of her life. Milena is completely wrong, when she wakes up the next day, she finds herself in an extremely bizarre and abnormal situation, besides not being in her house, Milena is also no longer in her body

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If I Were A Boy

Beyoncé

Beyonce: I Am... World Tour (DVD/CD)

If I were a Boy

Even Just for a day

I'd Roll outta bed in the morning

And throw on what I wanted then go

Drink beer with the guys

And chase after girls

I'd kick it with who I wanted

And I'd never get confronted for it

Cause they'd stick up for me

If I were a boy

I think I could understand

How it feels to love a girl

I swear I'd be a better man

I'd listen to her

Cause I know how it hurts

When you lose the one you wanted

Cause he's taken you for granted

And everything you had got destroyed

If I were a boy

I would turn off my phone

Tell everyone its broken

So they'd think that I was sleeping alone

I'd put myself first

And

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01
Sexta-feira. Acordei no primeiro toque do meu despertador, abri os olhos e desliguei o mesmo, em seguida ergui meu tronco, me espreguicei e sorri sentindo o cheiro delicioso de café, afastei meu edredom e movi minhas pernas para fora da cama, senti cocegas quando meus pés tocaram o carpete fofinho do meu quarto. Calcei minhas pantufas de panda e fui abrir as cortinas do quarto, assim que o fiz o sol tomou conta de todo o espaço, o dia estava lindo, o céu completamente azul e sem nenhuma nuvem, foi então que me lembrei de uma coisa e abri o maior sorriso possível, amanhã era o aniversário do meu namoro com Cauã, estávamos fazendo três anos de compromisso, três maravilhosos anos. Sai saltitando alegremente até o closet, eu tinha que ficar muito linda hoje, pois após a faculdade eu iria até o apartamento dele lhe fazer uma surpresinha. Demorei meia hora para escolher minha roupa, depois de muita dúvida optei por um conjunto de cropped e saia na cor vinho, nos pés pus apenas uma sandália meia pata na cor nude. Após vestida, apenas dei uma ajeitada no cabelo deixando o mesmo solto, pus meus brincos, pulseira e anéis, passei perfume e meu protetor solar que também age como hidratante, por fim fiz uma make bem leve apenas para esconder minha cara de sono. Depois de pronta, arrumei o material para a faculdade, peguei minha bolsa, pus nela minha carteira, celular, fones de ouvido e minha nécessaire. Antes de sair do quarto dei uma última olhada no espelho, eu estava linda e arrasaria hoje. Desci direto para a copa, já eram oito e meia, meus pais estavam sentados à mesa tomando café. — Bom dia paizinho. — falei docemente indo beija-lo na bochecha, aproveitei para dá-lhe um abraço bem apertado. — Bom dia meu bebê! — ele retribuiu o cumprimento largando no mesmo instante o jornal que estava lendo. — Bom dia mamãe! — foi minha vez de cumprimentar dona Elsa. — a senhora está tão bonita hoje! — admirei, na verdade minha mãe era uma gata e sabia se vestir como uma verdadeira dama. — Você gostou mesmo? — perguntou em dúvida. — tenho uma reunião importante hoje e não quero estar extravagante demais. — Você está perfeita. — respondi sincera. — não é mesmo papai? — Sua mãe é sempre linda! — ele disse sorrindo, no exato instante meu irmão mais novo entrou na copa, Michael tinha dezessete anos e estava no seu último ano do ensino médio. — você está atrasado para o colégio. — Tanto faz.— Michael como sempre acordou com um humor mais amargo que limão. Nós dois nos sentamos para tomar café, logo Maria apareceu para nos servir. — Maria você poderia lavar umas peças que eu deixei separadas lá no meu quarto? — pedi com uma carinha manhosa, eu sempre fazia isso, todo mundo que eu conheço já se acostumou com esse meu jeitinho. — Sim senhorita! — Só toma muito cuidado. — enfatizei o muito. — aquelas peças são caríssimas e eu sou apaixonada por elas. — Pode deixar que eu tomarei todo o cuidado do mundo. — Maria sorriu para mim e voltou para a cozinha, ela era um doce e já trabalhava conosco a anos. — Bom está na minha hora. — meu pai falou largando o guardanapo sobre a mesa. — Paizinho você me dá uma carona até a faculdade? — pedi manhosa. — Já passou da hora da senhorita tirar sua habilitação. — Mas é tão difícil! — exclamei fazendo careta. — e as pessoas dessa cidade são tão m*l educadas poxa. — E você é tão enjoativa. — Michael comentou se levantando da mesa, lhe olhei entediada. — será que essa carona vale para mim também? — Andem vocês dois. — sorri e me levantei num pulinho. — Só espera um minutinho para que eu possa escovar os dentes e retocar a maquiagem. — Isso vai demorar. — Michael disse e revirou os olhos, ignorei-o por completo e segui levando minha bolsa até o lavabo do primeiro andar. Quando terminei de retocar a maquiagem, me despedi de minha mãe e sai junto com Michael e meu pai. Passamos primeiro no colégio do meu irmãozinho pois era mais próximo e só depois meu pai seguiu para a faculdade. Quando chegamos meu pai parou próximo ao portão principal. — Tenha um bom dia minha pequena. — Pai! Eu não sou pequena a muito tempo. — o repreendi docemente. — Para mim você vai ser sempre minha menininha. — ele apertou de leve minha bochecha. Sorri, dei-lhe um beijo estalado na bochecha e desci do carro, pouco antes do portão havia uma senhora sentada no chão, toda descabelada e maltrapilha, suas roupas me lembravam uma cigana apesar de estarem imundas, senti uma certa repulsa, mas como o fluxo de alunos era intenso acabei sendo obrigada a passar perto dela. — Uma esmola por favor! — a ouvi pedir e percebi também que ela estendera sua mão em minha direção, fiquei um pouco na dúvida do que fazer, mas resolvi parar e ajudá-la, meu pai sempre me ensinou a não negar ajuda a um necessitado, principalmente quando podemos ajudar. Abri minha bolsa, peguei minha carteira e tirei uma nota de vinte reais de dentro da mesma, tornei a fechar a bolsa e me curvei para colocar o dinheiro em um pequeno cesto que havia em frente a senhora, quando ia voltar a me erguer a senhora segurou firme minha mão, meu coração acelerou e tanto medo que senti. — Sua vida é tão perfeita. — ela disse sorrindo e olhando fundo em meus olhos, no instante seguinte seu sorriso se apagou. — pena que está prestes a se acabar. — tentei puxar minha mão mais ele segurava com muita força. — não fique preocupada, coisas novas e maravilhosas vão te acontecer, só se lembre, que tudo nessa vida tem um preço. — após aquelas palavras eu consegui me soltar.— espere.— já ia saindo quando ela me chamou novamente, meio que automaticamente eu parei e lhe olhei novamente, ela tinha a mão estendida em minha direção e em meio a seus dedos havia um colar com um pingente de pedra, ele era visivelmente bem simples e artesanal, eu não queria pegar aquilo, demorei um tempo para decidir.— é para p******o e boa sorte.— falou percebendo meu receio, fiquei com medo daquela mulher fazer algo contra mim, então decidi pegar o colar, em seguida entrei o mais rápido o possível na faculdade, só então eu consegui respirar aliviada. Por que eu não passei direto? Me questionei enquanto ai até a lixeira para jogar aquele cordão ensebado fora. — Milena! — ouvi alguém praticamente gritar eu nome, olhei em volta à procura de quem seria, acabei avistando Alinne e Sara do outro lado do pátio, a última acenou para mim indicando que era elas que me chamaram. Sorri e segui quase correndo até elas. — Bom dia meninas! — falei animada ao me aproximar. — Pensei que você não fosse vir mais. — Sara disse. — Eu demorei um pouquinho para me arrumar. — fiz uma pose enquanto explicava o motivo. — E você? Trouxe o que eu te pedi? — perguntei ansiosa para a Alinne. — Está aqui. — me estendeu uma sacola. — só não sei se você vai gostar. — Eu confio no seu bom gosto. — fui pegar a sacola da mão de Alinne. — O que é isso? — Sara perguntou apontando para o cordão que eu ainda segurava, só então eu percebi que ainda estava com aquela porcaria, eu me distraí com as meninas e esqueci de joga-lo no lixo. — Não é nada. — falei com pouco caso enquanto jogava o mesmo dentro de minha bolsa, mais tarde eu trataria de me livrar daquilo. — Eu mandei embrulhar para presente assim ninguém vê o que é.— Alinne explicou. — Já falei que você é a melhor amiga do mundo? — fiz cara fofa enquanto olhava para ela. — Ei! Pensei que eu fosse a melhor amiga do mundo. — Sara reclamou. — Vocês duas são. — me enfiei entre as duas e as abracei. — essa noite vai ser a melhor da minha vida! — E do Cauã também. — Alinne completou. — Vocês acham que ele vai gostar? — fiz uma leve careta. — Ele seria um i****a se não gostasse. — Sara respondeu. — Completamente i****a. — Alinne deu ênfase no “completamente”. — mais agora mudando de assunto. — um sorrisinho sapeca surgiu em seu rosto. — os rapazes do curso de medicina me deram três ingressos para uma social que eles estão planejando. — Aqueles gatos que estávamos de olho outro dia? — Sara também se animou imediatamente. — Aqueles mesmos. — Eu não perco essa festa por nada, que dia é? — Sara perguntou. — Amanha. — Alinne respondeu e olhou em minha direção. — e você Milena? Vem com a gente? — Não vai dar. — fiz biquinho. — é meu aniversário de namoro e eu não posso deixar o Cauã sozinho. — Leva ele também, aposto que o Cauã consegue descolar um ingresso. — Eu não sei. — falei pensativa. — sabe que não sou muito dessas festas, fora que eu quero um momento a sós com meu bebê. — Essa melação me dá náuseas. — Alinne fez uma careta. — Você fala isso agora, mas quero ver quando tiver um namorado. — brinquei. — vão ser tão melosos quanto eu e o Cauã. — E quem disse que eu pretendo ter um namorado? — Alinne perguntou. — homem só serve para fuder e nada mais. — Sara gargalhou e eu fiz uma careta. — Você é tão p**a as vezes. — falei ao mesmo tempo que saia andando em direção a minha sala Eu cursava psicologia, Sara nutricionismo e Alinne fisioterapia, me despedi das meninas e cada uma de nós seguimos por um caminho diferente, assim que entrei na sala fui direto para minha carteira de sempre e me sentei, peguei meu celular na mochila, eu havia esquecido de mandar uma mensagem de “bom dia” para o Cauã e queria aproveitar antes que o professor chegasse para fazê-lo, fiquei surpresa ao perceber que já havia uma mensagem dele, engraçado que eu nem tinha ouvido o celular apitar, abri a mensagem e li: “Bom dia amor! Não vai dar para nos vermos hoje, vou trabalhar até tarde mas prometo de compensar amanhã. Mil beijos!” Um sorriso bobo surgiu em meus lábios, ele era tão fofo, respondi que tudo bem apenas para manter o segredo, até porque eu não iria desistir de realizar minha surpresa. Naquele dia, como sempre almocei com as meninas em um dos meus restaurantes favoritos, depois me despedi das mesmas e segui para a casa do Cauã, antes passei na floricultura e numa casa de velas para pegar algumas encomendas, por fim peguei um taxi e segui para meu destino final, quando cheguei na portaria do prédio do Cauã não havia ninguém ali, o porteiro deveria estar tomando café, resolvi subir assim mesmo, a maioria dos moradores me conheciam e eu tinha a chave do apartamento. O apartamento do Cauã era bem grande e minimalista, coisa de homem, segundo ele o que não pode faltar é uma mesa de bilhar e seu adorado Xbox. Dei uma espiada rápida em tudo, depois segui para o quarto levando minhas sacolas, por sorte a empregada tinha vindo e estava tudo arrumadinho. Antes de começar a ajeitar o local eu liguei para o buffet italiano que eu amo e que eu tinha encomendado o nosso jantar, apenas queria saber se estava tudo certo e que o serviço seria entregue na hora marcada, quem me conhece sabe que sou muito exigente com isso, pontualidade e planejamento é meu segundo nome, uma das únicas coisas que me tiram do eixo é quando as coisas não saem como desejado. Assim que desliguei o telefone eu comecei a decorar o quarto, espalhei pétalas de rosa por todo o cômodo e principalmente sobre a cama, também distribui as velas aromatizadas em diversos pontos deixando o local bem aconchegante e romântico, depois que a decoração do quarto estava pronta eu fui para a copa, deixei separado as melhores loucas e talheres, espalhei mais flores sobre a mesa e coloquei velas ali também. Ao terminar foi a minha vez de me produzir, eu estava ansiosa para ver a cara do Cauã quando ele visse a surpresinha que eu tinha comprado para apimentar nossa noite, voltei para o quarto, peguei a sacola que Alinne tinha comprado para mim, tirei o embrulho de presente e admirei o conjunto de lingerie que eu tinha nas mãos, o mesmo era de renda na cor preta e com detalhes vermelhos, simplesmente perfeito, junto com o conjunto também tinha mais alguns brinquedinhos que eu havia encomendado, alguns géis e até mesmo uma algema, senti uma frio de ansiedade percorrer minha espinha, essa noite promete ser bem longa. Demorei um século no banheiro, hidratei os cabelos, coloquei minha depilação em dia, fora o tanto de cremes deliciosos que passei após o banho, quando sai vesti apenas um conjunto de lingerie e eu deixava aqui pro caso de necessidade e coloquei um roupão de banho por cima, estava terminando de secar e ajeitar meus cabelos quando o interfone tocou, olhei no relógio e percebi que já era seis horas da tarde, o tempo tinha voado e provavelmente era o pessoal do buffet, corri para atendê-los, logo o porteiro liberou a entrada e em instantes o pessoal já estava no apartamento, eles ajeitaram tudo e me explicaram a ordem dos pratos e como servi-los, quando terminaram eu os agradeci e eles se foram, novamente sozinha eu dei uma conferida em tudo para que nada desse errado, por fim respirei fundo tentando me acalmar e fui terminar de me arrumar, Cauã não demoraria a chegar e eu precisava estar tão ou mais impecável que a decoração, até porque não é todo dia que se faz três anos de namoro. Terminei de arrumar meu cabelo, fiz uma maquiagem bem marcada, vesti o conjunto de lingerie, um salto e coloquei um robe de seda na cor preta por cima, coloquei também algumas poucas joias, passei meu perfume delicioso e estava pronta, olhei novamente no relógio, ia dar oito horas, cinco minutos a mais do que da última vez que olhei, fiquei um tempo parada na frente do espelho me admirando, eu estava tão nervosa como na primeira vez que transamos e por mais que eu respirasse tentando me acalmar parecia impossível eu conseguir. — Você está linda, ele te ama e a noite vai ser perfeita! — eu repetia essa frase como um mantra. Depois de um tempo eu me cansei daquilo, fui me sentar na cama e fiquei aguardando, as horas se arrastavam e minha ansiedade aumentava, oito e meia, nada, nove horas, nada, quando deu nove e meia eu já estava andando em círculos pelo quarto, ao dar dez horas eu peguei o celular a fim de ligar para o Cauã, no mesmo instante ouvi a porta principal sendo destrancada. — Ele chegou! — sussurrei baixo enquanto largava o celular sobre o criado mudo e corria para surpreende-lo.— surpresa! — gritei ao chegar na sala, mas fui eu que fui surpreendida Meu sorriso murchou ao ver que Cauã não estava sozinho, ele estava agarrado a uma loira bunduda e semi nua, assim que me viu ele a empurrou para longe e me encarou apavorado. — Melissa! — sua voz saiu num fio, senti meus olhos lagrimejarem, eu queria partir para cima daquele i****a mais meu corpo não obedeceu e eu simplesmente fiquei parada encarando-os. — eu posso explicar meu amor! — Acho que não há nada para ser explicado. — com muita dificuldade me virei e voltei rápido para o quarto, eu estava me sentindo patética, antes de entrar no mesmo senti uma mão grossa segurar meu braço. — Me ouve por favor. — era o Cauã. — Vai para o inferno! — puxei meu braço com força, entrei no quarto e tranquei rapidamente a porta. Cauã permaneceu no lado de fora, batendo na porta e chamando meu nome, logo sua voz começou a ficar distante e eu me desmanchei em lagrimas, encostei minhas costas na porta e deixei meu corpo escorrer até chegar ao chão, chorei intensamente por um bom tempo, quando restabeleci um pouco do controle sobre meu corpo eu me levantei e vesti minha roupa sobre aquele conjunto de lingerie mesmo, por fim peguei meu celular, minha bolsa e sai. Cauã me aguardava sentado no sofá, por sorte a vaca loira não estava mais ali, passei direto por ele sem lhe dirigir nem se quer o olhar. — Espera Melissa. — ele veio atrás de mim. — você não pode sair assim, sem deixar eu me explicar. — Você deveria ter pensado nisso antes de me trair com uma v*******a qualquer. — tentei abrir a porta mas a mesma estava trancada, me virei furiosa para o Cauã. — me dá a d***a dessa chave. — estendi a mão em sua direção. — Não sem antes você me escutar. — Eu vou fazer um escândalo aqui Cauã se você não abrir essa porta agora. — ameacei. — Melissa... — CALA A BOCA! EU NÃO QUERO OUVIR SUAS EXPLICAÇÕES! NÃO QUERO OUVIR NEM SUA MALDITA VOZ! — eu estava descontrolada e com a respiração descompassada. Cauã me olhou incrédulo, então me entregou a chave e eu sai daquele apartamento o mais rápido possível. Quando cheguei na rua eu fiquei perdida sem saber para onde ir, não queria voltar para casa, não queria dar explicação a ninguém, só queria gritar, chorar e extravasar toda a raiva que eu estava sentindo. Por fim decidi pegar um taxi e pedi para o motorista me deixar em um bar mais afastado. Acabei indo parar em um muquifo na periferia, o bar era imundo e cheio de homens estranhos, assim que entrei todos ali param e me encararam, se fosse em outra ocasião eu estaria me cagando de medo, mas hoje eu simplesmente liguei o “f**a-se”. Ignorei todos, fui até o balcão, me sentei em uma das banquetas e afundei meu rosto entre minhas mãos. — Tá perdida moça? — o garçom, um cara velho e de olhar frio veio me perguntar. — Não! — Pois eu acho que isso aqui não é lugar para uma mocinha bonita como a senhorita. — ele riu, seus dentes amarelos fizeram meu estomago revirar. — Me dá algo para beber. — pedi. — o mais forte que você tiver. — Tem certeza? — ignorei a pergunta. — tudo bem. — ele desistiu e me serviu uma dose de 51, tomei tudo de uma vez só e quase morri de derrame. — p**a que pariu! — xinguei sentindo tudo queimar dentro de mim, o cara do bar gargalhou, depois de um tempo a queimação dentro de mim foi passando. — põe mais. — pedi empurrando o copo em sua direção. — Tu não ta acostumada garota, vai com calma. — Acredite se eu morrer ninguém vai sentir falta. — mais uma dose me foi servida e eu a engoli da mesma forma que antes, novamente tive um pequeno derrame, quando me recuperei percebi que meu celular estava tocando, peguei o mesmo dentro da bolsa e vi pelo visor que era o Cauã, ignorei e desliguei a chamada. Mais algumas doses daquela cachaça foram o suficiente para me deixar completamente embriagada e como qualquer bêbado eu me derramei em lagrimas, desabafei horrores com o cara do bar e tenho quase certeza que ele não entendeu p***a nenhuma do que eu falei mas me escutou atentamente. Pela milésima vez meu celular tocou, peguei o aparelho já sabendo que era o Cauã, ele havia me ligado umas vinte vezes desde que cheguei nesse bar, só que para minha surpresa não era ele e sim a Alinne, resolvi atender. — Milena onde você está? O Cauã me ligou dizendo que está preocupado com você, que você não atende o celular. — ela já foi falando sem me dar oportunidade de abrir a boca. — Ele me traiu. — minha voz saiu enrolada enquanto eu voltava a me desmanchar em lagrimas. — porque ele fez isso? — Você está bêbada? — Só um pouquinho. — ao mesmo tempo que chorava eu comecei a rir. — Onde você está Milena? — Eu não sei. — respondi. — Pergunta para alguém, to indo ai te buscar. — Eu quero ficar sozinha. — falei e deliguei o aparelho em seguida. — serve mais uma dose para mim. — É melhor você ir para casa menina, eu já chamei um taxi para você. — Eu não quero. — chorei novamente. — eu só quero morrer. — Bate na boca garota, tu ainda tens muito para viver nessa vida. — Nenhum homem vale nada. — deixei minha cabeça cair sobre o balcão. — eu me entreguei para aquele desgraçado por três anos e ele jogou tudo no lixo. — eu chorava enquanto tentava falar, no final eu já estava babando em mim mesma e no balcão. — nunca mais vou confiar em homem nenhum. — O taxi chegou. — alguém falou. — Não quero ir. — falei manhosa, mesmo contra minha vontade eu fui levada até o taxi. — Qual o endereço? — o motorista perguntou, eu respondi de m*l humor e seguimos em silencio. Depois de um tempo percebi que o taxista não parava de me olhar, ele era um senhor de aproximadamente cinquenta e poucos anos. — O que tá olhando? — perguntei grosseiramente, ele apenas sorriu e voltou a atenção para o transito. Novamente meu celular tocou, procurei-o com dificuldade dentro de minha bolsa, quando o encontrei percebi que era a Alinne me ligando novamente, ignorei a chamada, eu não estava com paciência para nada, quando fui guardar o celular acabei encontrando o cordão horroroso que aquela cigana imunda tinha me dado. — Isso é tudo culpa daquela bruxa! —apertei o cordão com força entre meus dedos, em seguida abaixei o vidro do carro e joguei o mesmo para fora do veículo. — Vai se ferrar! — ainda gritei para o nada. Minutos depois cheguei em casa, paguei a corrida e sai sem esperar o troco, cambaleei com dificuldade para dentro de casa, por mais que eu tentasse fazer silêncio era quase impossível não esbarrar nas coisas. Quando cheguei no meu quarto, fechei a porta, larguei minha bolsa no chão e cai deitada de barriga para baixo em minha cama, afundei meu rosto no colchão, fechei os olhos e adormeci quase imediatamente, juro que só queria acordar e descobrir que tudo não passou de um infeliz pesadelo. .

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