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Quando eu te amei

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Blurb

Ele não me amava mais e me expulsou cruelmente de sua vida. Desesperada por sua ausência, minha vida estava quase no fim, mas dois seres preciosos deram à luz a uma nova mulher, uma capaz de tudo por eles, até mesmo de superar aquele amor.

Agora, quando tudo vai bem, ele retorna como um poderoso empresário, dono de um famoso time de futebol, determinado a me reconquistar, mas certos pequeninos não vão facilitar para ele, apesar de compartilharem o seu amor pelo esporte.

"Quando eu te amava, você poderia ter me reconquistado, Caio, mas agora não há nada que você possa fazer para me reconquistar."

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Episódio 1
Micaela — Não sinto mais nada por você. Vai embora, Micaela. Essas palavras não me machucam. Como poderiam se eu não acredito nelas? Que ele não me ame é tão absurdo quanto a ideia de que os mortos retornam da vida após a morte depois de cremados. Conforme os segundos passam, o meu peito dói. Sim, dói. Dói porque Caio não faz nada para refutar isso, para me dizer que é uma piada. Tem que ser uma piada de aniversário. Ele sempre faz piadas no meu aniversário. Embora nunca tenha feito nada tão pesado quanto isso. — Boa... piada. Respondo, com a voz trêmula. Aproximo-me dele com passos confiantes, mas ele recua. Mesmo assim, percebo que o seu cheiro está misturado a outro. — Querido, você não vai voltar? Pergunta uma voz feminina do quarto dele. Agora sou eu quem recua, sufocando um grito. Caio me observa impassível, até mesmo cansado. Uma cabeça loira espia pela porta e me dá um sorriso. — Quem é, querido? Antes que eu possa abrir a boca para gritar, ele fala. — Ninguém importante, volte para a cama. Eu já vou. O meu peito se esvazia. Não sei se são meus pulmões ou o meu coração, mas isso dói muito. Dói mais do que o dia em que tive que me despedir do meu pai para sempre. Dói mais do que aquela queda horrível em que pensei que perderia a perna. Ele sempre esteve lá durante aquela dor, mas agora é ele quem a está causando. Por que ele parou de me amar tão de repente? O que eu poderia ter feito de errado? — Caio, não, você não fez isso. Digo, tremendo. — Você não... — Vá embora. Diz ele, os seus olhos azuis me encarando, enviando lampejos de ódio às minhas veias que aumentam a minha dor. — Você não tem nada que estar aqui. — Preciso de você. Sussurro, mas ele não me ouve. — Eu disse, saia. Ele repete. — Vá embora e não volte. — Pelo menos eu quero uma explicação! Grito com a pouca força que tenho. — Por quê? Por que você está me expulsando da sua vida? Eu te amo, você me ama, eu... A loira sai do quarto enrolada numa toalha. Assim como ele, ela está nua, embora ele esteja usando uma calça meio abaixada. Agora tudo está claro, e eu entendo por que ele tem agido de forma estranha nos últimos dias, por que ele não estava me beijando como antes e por que ele estava me olhando de forma diferente. Eu, tolamente, pensei que fosse o estresse da faculdade. Agora entendo que era por causa de outra pessoa. — Não, eu não te amo. Você não tem nada que estar aqui. Algo dentro de mim quer se aproximar, implorar, buscar uma resposta. No entanto, a dor é tão forte e me sufoca tanto que me viro e desço as escadas correndo. Na saída, encontro a minha sogra, que preocupada me pergunta o que há de errado, mas eu a ignoro. — Micaela! Ela grita enquanto desvio por pouco de um carro. Finalmente, as minhas pernas cedem quando chego a um parque próximo. As minhas mãos raspam quando aterrisso na terra e nas pequenas pedras sob a grama, um lugar onde compartilhei momentos inesquecíveis com ele, onde demos nossos primeiros beijos e sonhamos em ter um filho juntos, um que suspeito estar no meu ventre neste momento. — Não! Não! Não! Grito, batendo no chão sem parar. — Não, não, não, por favor, não, não. Continuo gritando até ficar exausta e enjoada. Não consigo respirar e a minha garganta está apertada, lutando para expelir o conteúdo do meu estômago. Se ele não me ama mais, não adianta descobrir se as minhas suspeitas são verdadeiras. Naquele dia, a Micaela que sempre fui se foi para sempre. ..... ‍Iris continua gritando e agitando os braços para que a nora a ouça, mas não adianta. Micaela atravessou a rua e desapareceu no beco que separa as duas casas. Consternada, ela se vira e entra em casa, m*al pensando nas compras que deixou no carro. Profundamente preocupada, teme que algo tenha acontecido com o filho. No entanto, a casa está silenciosa e nada parece fora do lugar. Ela abre a boca para gritar, mas para e balança a cabeça. O pensamento que a persegue há alguns dias a faz ficar em silêncio e subir as escadas com cuidado. Ao chegar ao último degrau, ela cobre a boca. O seu filho, aquele que sempre jurou amar Micaela, está beijando apaixonadamente uma loira, que ela reconhece quando ambos percebem a sua chegada e se separam. — O que isso significa? Ela grita com eles furiosamente, saindo do choque e percebendo que a loira está apenas enrolada num lençol e seu filho está sem camisa. — Não é da sua conta. Responde o filho, com o olhar opaco. A beleza do rosto de Caio, que herdou do pai, sempre foi um tormento para Íris. Mas, naquele momento, ela sente o peito se apertar ao vê-lo transformado no que o seu pai um dia fora. Memórias de uma vida passada começam a se alojar no seu cérebro como agulhas dolorosas, enterradas profundamente demais para serem arrancadas. Ela não conseguia. O seu filho é igualzinho ao pai. Bastou uma visita dele para destruir tudo o que ela passou anos tentando apagar. Aquele homem é uma m*aldição na sua vida que nunca irá embora, pelo menos não enquanto ela tenta se dar a chance de conhecer o amor novamente. Esse foi o erro dela: tentar reconstruir a sua vida agora que o seu filho é adulto, com uma vida estável e uma parceira que ela adora. Agora nada disso resta. Vindo do Caio o olhar é completamente frio. — Claro que me importa. Acabei de ver a minha nora sair de casa furiosa. Grita Iris. — Como você ousa? Caio vira as costas, protegendo a loira, que parece não ter vergonha do que está fazendo. — Eu não a amo, não mais. Responde o filho. — Ela nunca me deixaria alcançar os meus objetivos. Ela só quer ficar aqui e ter uma família. Eu não quero isso. — Saia daqui! Exige Iris da loira. — Vá, garota. Você sabia muito bem que ele estava com Micaela. — Você não pode me expulsar. Esta casa é do meu pai, ri Daniela. — E eu não me importo com o que você pensa. Eu amo o Caio. — Padrasto. Íris a lembra, ainda mais furiosa, com vontade de jogar a garota escada abaixo. — Bruno é o seu padrasto. — Tanto faz. Daniela revira os olhos enquanto se afasta do Caio. — Eu o considero como o meu pai porque ele cuidou de mim. A minha mãe sabia... ‌Íris solta um grito furioso e caminha na sua direção para lhe dar um tapa. Mas então Caio intervém. — NÃO OUSE TOCAR NELA! Ele berra com tanta fúria que Íris congela, começando a absorver uma realidade que ela sabe que destruirá tudo que ela sempre sonho. A quebra de um ciclo. Ela percebe que não tem volta e que o seu filho destruiria a única garota que ela quer que seja mãe dos seus netos. Naquele momento, ela percebe que os sentimentos de Caio realmente mudaram. ‍‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌‌

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