— Levante-se e brilhe, princesa.
Meus olhos se abriram e encontrei Max encostado na porta. Um sorriso estava estampado em seu rosto, e seus braços estavam cruzados. Lutei para me sentar na cama, puxando o lençol para me cobrir. Seus olhos percorreram minhas mãos, antes de voltar preguiçosamente ao meu rosto.
— Isso não vai te salvar.
— O que você quer? — perguntei a contragosto.
Ele entrou no quarto. Os pelos da minha nuca se eriçaram. Memórias dele me subjugando me paralisaram. Seus olhos brilharam, conscientes do meu desconforto.
— Continuar de onde paramos.
— Vá se f*der! — cuspi. Eu não ia aceitar isso. Lutaria até a morte, se preciso fosse. A única maneira de ele me tocar seria por n********a. Meus dedos apertaram os lençóis com tanta força que ficaram roxos. Talvez eu pudesse estrangulá-lo com eles? O pensamento trouxe um sorriso sádico aos meus lábios. O sorriso dele vacilou.
— Agressiva. Mais divertido ainda — ele disse, dando outro passo.
Apontei para ele, ameaçadora.
— Se chegar perto de mim, arranco seu p*u.
— Por mais divertido que pareça, você está atrasada — comentou.
Meus olhos se voltaram para o relógio na parede. 8h30. Merda. Saí da cama e fui para o banheiro.
— Bianchi não quer que use as roupas de ontem. A cômoda está cheia — Max disse.
— Suma daqui!
— Nossa hora vai chegar — ele murmurou antes de fechar a porta.
Maldito porco. Passei os dedos pelo cabelo, tentando domar a bagunça. Meus olhos estavam vermelhos de sono. Esfreguei-os furiosamente e belisquei as bochechas. Em outra vida, eu me passaria por um cadáver.
Abri a torneira e joguei água morna no rosto, lavando-o. Mais um dia no inferno. Não reconheci o reflexo que me encarava. Depois de tirar o vestido, corri até a cômoda e abri a gaveta. As roupas eram caras. Ridiculamente caras, notei quando meus dedos tocaram a etiqueta de preço de uma das calças. Escolhi uma calça jeans e uma camisa azul justa. Algo mais difícil de ser arrancado, considerando as más intenções de Max.
Depois de calçar os sapatos, abri a porta e me assustei quando Max se virou com um sorriso. O cheiro de cigarro e suor me dominou e congelei. Ele coçou a cabeça raspada e fez um gesto com a cabeça.
Segui-o, mantendo uma distância segura. A sala de jantar estava vazia, exceto por Luke. Meus olhos examinaram o cômodo palaciano. Grandes luminárias penduradas no teto. Pinturas intrincadas de cidades europeias decoravam as paredes em molduras douradas esculpidas.
Luke estava lindo. Cabelo penteado para trás, longe do rosto. Mandíbula recém-feita. Seus olhos escuros eram emoldurados por cílios grossos e pretos, que tocavam sua bochecha a cada piscada. Fiquei maravilhada com a forma como seus músculos se contraíam sob a camisa enquanto ele levava o garfo cheio de comida aos lábios rosados. Os mesmos lábios contra os quais ele havia colocado uma faca ontem.
Seu prato estava meio cheio e, enquanto mastigava, ele acenou para Max. Olhei em sua direção, vendo-o me lançar uma piscadela antes de sair da sala. Um suspiro de alívio escapou dos meus lábios antes de voltar minha atenção para Luke.
— Você está atrasada — essas palavras embrulharam meu estômago. A náusea se agarrou à minha barriga quando ele desviou os olhos para mim. Aqueles olhos que pareciam perscrutar minha alma. A vontade de me esconder tomou conta de mim. O que dizer? Discutir? Dar desculpas? Ele não parecia disposto a ouvir nada disso.
— Desculpe — declarei.
— Tire suas roupas.
— O quê? — suspirei. Ele estava falando sério? — N-não.
— Tire-as agora — seus dedos apertaram o garfo. Sua voz era baixa e ameaçadora. Meus dedos trêmulos subiram até a camisa, puxando-a lentamente pelo meu corpo.
O som do prato caindo no chão me assustou e hesitei com a camisa. A comida estava por toda parte. Meus olhos examinaram a bagunça.
— P-por favor? — implorei enquanto sua cadeira era arrastada no chão. O som me fez estremecer.
Droga...
— E-eu... — gaguejei. Minha voz falhou nos soluços presos na garganta. Ele estava na minha frente em segundos, olhando para mim com irritação. Como se eu fosse uma criança problemática.
— Faça o que eu mandei! — gritou. Encolhi-me e tirei a camisa, jogando-a no chão.
— Não... — murmurou para si mesmo. — Sua v***a! Não é rápido o suficiente. — Ele rapidamente desabotoou meu sutiã e o arrancou do meu corpo. Gritei e cambaleei, meus m*****s agora expostos ao ar frio. Ele recuou e tropecei, caindo no chão.
Desabotoei o jeans rapidamente, tirando-o das pernas. Hesitante, coloquei os dedos na cintura da calcinha, mas não consegui puxá-la. Olhei para cima e vi Luke me observando com olhos negros como ônix. Sua cabeça se inclinou ligeiramente enquanto ele observava cada movimento do meu corpo enquanto eu tremia.
— Ti farò a pezzi con il mio cazzo... — disse antes de se curvar em minha direção. Colocou a mão no meu ombro, fazendo-me prender a respiração antes de ser jogada de costas. O chão frio tocou minha pele e estremeci quando seus dedos roçaram minha barriga nua.
Eu não me movi. Eu não conseguia. Estava apavorada. Enfiando os dedos na renda, ele rasgou o tecido do meu corpo, seu olhar queimando minha pele enquanto guardava o tecido no bolso.
Eu estava completamente exposta. Exibida para que ele se satisfizesse. Meus braços desceram para me cobrir, mas sua voz rouca interrompeu o movimento.
— Não — seus olhos percorreram as dobras da minha i********e, subindo pela pequena saliência da minha barriga e pela curva dos meus quadris antes de circular meus m*****s endurecidos.
— Levante-se — ordenou e, sem resistir, me levantei. Senti-me humilhada. Desumana. Apenas um objeto sendo abusado.
— Limpe essa merda — murmurou.
Dei um passo à frente antes de olhar para ele e para a bagunça.
— Era isso que você queria? Me humilhar?
Sua mandíbula se contraiu antes que ele agarrasse meu braço e me jogasse na bagunça. Meu quadril bateu na beirada da mesa e me encolhi de dor.
— Humilhar você? — riu sem alegria, enquanto ia até a porta. Minha atenção permaneceu na bagunça no chão enquanto me ajoelhava e começava a pegar os cacos de vidro, colocando-os na mesa.
Olhei para a porta quando ouvi um grupo de pessoas entrar. Max, Hunter e dois homens desconhecidos estavam na frente da porta, observando-me. Eu queria morrer. Luke ficou de lado, com uma sobrancelha arqueada como se dissesse "humilhada agora?".
— Vocês se importam de assistir à limpeza da Srta. Martini? Ela precisa de uma perspectiva externa.
Um coro de "sim" ecoou. Engoli em seco, minha garganta mais seca que um deserto. Ele realmente era um pedaço de merda sem coração. Imaginei atropelá-los com um carro enquanto colocava os últimos pedaços do prato sobre a mesa.
— Aqui — Luke disse, jogando um lenço para mim. — Para limpar a comida — disse, e foi a coisa mais degradante que já senti.
— Isso não é humilhante o suficiente, ou devo amarrar você no teto do meu carro e levá-la pela estrada? — Luke zombou. Suas palavras me cortaram como um chicote. Fiquei em silêncio, raspando ovo do chão com o pano.
— Eu gostaria de ver isso — Max riu. Tenho certeza que gostaria, filho da p*. Fiquei tensa com suas palavras. Talvez eu morresse de vergonha para não ter que suportar mais essa merda.
— Ninguém vai tocá-la — Luke anunciou. — Estou indo embora. Não voltarei antes das sete. Fique aqui, a menos que eu diga o contrário. Eles garantirão que você tenha tudo o que precisa.
— E-eles vão continuar me vigiando, senhor? — gaguejei incrédula.
— Sim. Quando eu voltar, aplicarei uma punição adequada aos seus crimes.
— U-uma punição? — gesticulei ao meu redor. — Não é esta?
— Não. Isso é apenas um aviso — disse antes de passar pela multidão de homens.
Se isso era um aviso, eu não queria saber o que era uma punição.