107- RENATA

1009 Words

CAPÍTULO 107 RENATA NARRANDO: Eu e Valéria fomos pra cozinha. A casa ainda tava em silêncio, só se ouvia o barulho dos talheres que eu tinha deixado na pia e o relógio marcando o tempo, como se tivesse fazendo questão de lembrar que a vida não para nem quando a gente tá com o coração cheio de coisa. Tinha acabado de terminar o mousse de maracujá, a sobremesa preferida da Ana Clara. Eu até ri sozinha, porque a menina sempre dizia que mousse era “comida de princesa” e que eu só fazia pra ela quando queria agradar. A tigela tava lá, na geladeira, descansando. Valéria puxou uma cadeira e sentou, meio devagar, apoiando o braço ainda dolorido. Eu fiquei em pé, passando um pano na bancada só pra não ficar parada olhando pra cara dela. Mas no fundo, era porque o silêncio tava pesando. — E aí.

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