CAPÍTULO 17
MORTE NARRANDO
Acordei com a cabeça latejando. A luz do sol entrando pela janela sem cortina fez meus olhos arderem. Levantei devagar, o corpo suado, e a primeira coisa que senti foi um cheiro forte de perfume doce misturado com baseado. Olhei pro lado da cama e lá tava ela.
Ritinha.
Deitada de bruços, coberta só até a cintura, cabelo espalhado no travesseiro, e aquele sorrisinho de quem achou que tinha vencido alguma coisa.
Inferno…
A noite veio como um borrão na mente — lembro de bebida, de risada, dela colando em mim na saída do bar. Depois disso? Só a certeza de que eu tinha metido o pé na jaca.
Levantei nu mesmo, catando a bermuda no chão, camisa jogada na ponta da cama. O quarto era pequeno, abafado, e tinha uma vibe meio bagunçada que combinava com ela.
— Amor… j
