capitulo 4

1440 Words
Depois quase meia hora no banho, que pensei que fosse me ajudar a relaxar, eu levanto da banheira e vou em direção ao meu closet, me visto com uma calça jeans preta, uma regata e um coturno, como sempre eu estou toda de preto. Meu guarda roupas é composto basicamente por essa cor, além de ser a que mais gosto eu não preciso ficar perdendo muito tempo escolhendo pois não tenho tempo a perder, é prático e quase não aparece as manchas de sangue. Até tenho alguma coisas de outras cores mas são apenas vestidos de festa, que é onde eu me permito variar a cor. Seco os meus cabelos e amarro em um r**o de cavalo no alto da cabeça, de maquiagem algo bem leve, protetor solar, rímel e gloss são suficientes, não gosto de muita maquiagem, e graças a genética tenho uma pele perfeita, então não tenho nada pra esconder ou disfarçar. Coloco minha Taurus .40 que mandei fazer especialmente pra mim e coloco no coldre. No tornozelo sempre carrego meu punhal, herança do meu avô que me deu de presente aos meus 10 anos assim que comecei nos treinamentos, ele é lindo tem um punho de ouro cravejado de diamantes, e dessa eu não me separo nunca, nunca mesmo, ela é pequena deve ter no máximo uns 15 centímetros, mas faz um estrago gigante, já salvou meu pescoço algumas vezes. Assim que termino de me arrumar eu desço, já está na hora do almoço e Elena fica uma fera quando eu me atraso. Hoje meus irmãos vem almoçar comigo, temos uma reunião depois do almoço para discutir alguns assuntos importantes, e como são os meus irmãos, não perdem a chance de fila uma bóia grátis rsrsss. Chego a sala de jantar e antes de me sentar dou um beijo na bochecha de Elena, isso é meio que um ritual que repetimos sempre que viemos da rua, mesmo que o faça vinte vezes por dia, e é um jeito de demonstrar o carinho e a gratidão que temos por ela. - Fiquei sabendo que você se divertiu hoje de manhã baixinha, tem garoto que ainda não se recuperou do que viu - fala Andy se divertindo, ele realmente gosta disso. - são todos uns molengas, não se fazem mais soldados como antigamente. - meninos, o que eu disse sobre falar disso durante a refeição, será mesmo que vou ter que pegar vocês pelas orelhas e ensinar um pouco de educação? Nós três caímos na gargalhada, mas paramos de falar sobre esse assunto. Apesar de tudo sabemos que ela é bem capaz de cumprir a promessa. Quando íamos começar a almoçar a porta da frente se abre e tio Iuri chega entrando sem nem bater. Ele é nosso tio por parte de pai, foi braço direito do meu avô e hoje é um dos meus também. Ele é um homem de 42 anos de idade, e acho que nossa genética é realmente muito boa pois ele jamais aparenta ter essa idade. Amo esse tio como se fosse meu pai, devo minha vida a ela e boa parte do pouco carinho que recebi na infância veio dele, é umas das melhores pessoas que conheci na minha vida. Iuri quem me ensinou tudo o que sei, ele quem me treinou mesmo a contra gosto no início, ele foi muito relutante em ensinar tudo o que precisava, mas quando percebeu que eu era boa e mais teimosa que ele, acabou dando o braço a torcer, eu não desistiria disso, jamais entregaria minha vida nas mãos de um homem por obrigação e muito menos seria uma esposa troféu e submissa. E além de tudo ele teve medo de que outro me pegasse para treinar e acabasse por abusar de mim de alguma forma, e como sempre fui miudinha, não teria como me defender. De qualquer forma hoje ele concorda que foi uma decisão acertada. - Tio, que saudades - corro até ele e pulo no seu colo como se fosse uma criança de 5 anos, ele cairia se não fosse tão forte e estivesse bem apoiado sob os pés. Esse é o tipo de atitude que me faria perder muito prestígio caso alguém de fora visse, mas aqui em casa e entre a família eu me permito ser eu mesma. - Também estava com saudades malen'kiy ( significa pequena em russo) - ele diz me abraçando forte. Iuri esteva na Itália investigando algumas coisas a mais ou menos um mês. - Se já voltou é porque tem novidadades, não? - Tenho sim, mas hoje eu só quero relaxar e tomar um bom whisky, e amanhã de manhã conversamos sobre tudo, não estou afim de ficar sem orelhas. - ele fala olhando pra Elena, que apesar de terem pouca diferença de idade respeita ela da mesma forma que nós. - Ainda bem que sabe, não teria problema nenhum em colocar mais uma orelha nessa coleção - ela fala sorrindo. Terminamos de almoçar e vamos para o escritório, precisamos conversar sobre algumas entregas que devem chegar hoje no nosso aeroporto. Além da máfia temos vários negócios, e alguns deles são lícitos e nos ajudam a lavar o dinheiro sujo sem levantar suspeita dos federais que estão sempre de olho, alguns deles pelo menos, por que a maioria está na minha folha de pagamento, o que faz com que sempre estejamos a frente em qualquer investigação. Assim que terminamos nos despedimos e vou para o meu quarto, hoje eu preciso relaxar, faz dias que não visito o Igor e sei que estou precisando. Depois de um banho eu me visto na minha roupa de mulher fatal, uma calça de couro muito justa, e um corset também de couro, coloco uma bota de cano baixo e salto agulha, como sempre tudo é de cor preta, faço uma maquiagem bem marcante nos olhos e um batom vermelho sangue nos lábios, coloco meu punhal no tornozelo e saio. Chego na boate que já está cheia e movimentada, com pessoas se movimentando ao sons das músicas eletrônicas. Subo as escadas em direção ao escritório e passo por um casal que está se pegando de uma forma bem quente. Entro no escritório e Igor está sentado na cadeira atrás da mesa analisando alguns documentos. A boate é minha mas o deixo a frente de tudo, ele é de confiança, cuida de tudo e nunca tive motivos pra desconfiança. Igor é um moreno de quase dois metros de altura, ele tem o corpo todo definido, várias tatuagens pelo corpo ( tenho t***o por homens tatuados) e está vestido com uma calça jeans justa e camisa social preta com uns três botões abertos mostrando parte do p***o malhado e pra arrematar uma correntinha de ouro com um crucifixo. Fui hoje até a boate pra me divertir um pouco, mas antes do prazer vem o dever como sempre. Assim que ele houve o barulho da porta se abrir ele levanta os olhos e da um sorriso que com certeza já deve ter feito muita c*****a cair sem ao menos tocar. - Olha quem apareceu! O que devo a honra dessa ilustre visita? - ele diz com um olhar de predador. - Vim fazer uma visita a um grande amigo, estava com saudades - falo me aproximando da mesa e sentando na cadeira que fica de frente pra ele cruzando as pernas da forma mais sedutora. Ele olha o movimento como se estivesse hipnotizado e engole em seco. - Podia ter avisado que viria, teria preparado alguma coisa pra você. - desde quando preciso avisar que vou visitar um dos meus estabelecimentos? - falo com a sobrancelha arqueada. - Acho que tem alguém precisando relaxar um pouco - ele fala enquanto se levanta e vem na minha direção, se acomoda nas minhas costas e começa uma massagem nos ombros que me fazem gemer de satisfação. - Auwn, você é incrível Igor, estava realmente precisando disso. - Você podia me visitar mais vezes, e receberia uma dessas sempre. - Sabe que tenho muito trabalho, é tudo muito corrido pra mim, vivo tensa com tanta coisa que preciso cuidar. - Sei sim querida, mas deixe estar, vou te fazer relaxar como nunca hoje.- ele diz e em seguida deposita um beijo molhado e cheio de desejo no meu pescoço me fazendo arrepiar. - Estou realmente precisando, mas antes vamos as obrigações, quero saber como está a contabilidade. Ele sai com as mãos erguidas em sinal de rendição e volta a sentar na sua cadeira. Passamos ao menos uma hora conversando sobre os negócios até que eu esteja satisfeita com o bom trabalho que ele me apresta sempre.
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