Capítulo 03: Reencontro

1170 Words
Zoey Harper Já se passou um mês desde aquele ocorrido na boate, e nesse tempo todo, ainda penso naquele homem, em suas mãos apertando forte o meu corpo. Volto a realidade com a chaleira de café apitando, me levanto, preparo o café, coloco na minha caneca do Naruto e volto para a mesa, enquanto tomo meu café fico olhando as redes sociais, quando meu celular toca. Ligação on *Pai? *Oi, querida, como acordou hoje? *Bem, pai. *Ótimo, então será que dava para você me fazer um favor, é urgente? *Claro, pai, aconteceu alguma coisa, pode falar? *Querida, será que você pode me trazer uns documentos que esqueci em cima da mesa do meu escritório, o meu chefe está precisando, é uma reunião muito importante, por favor? *Claro, pai, não se preocupar, logo estarei aí. *Obrigado, querida. Ligação off. Deixo o meu café de lado, pego os documentos e subo para me trocar, em seguida pego as chaves do carro e até a garagem. Antes de ligar o carro, coloco o endereço da empresa onde meu pai trabalha, pois é a primeira vez que vou lá. Após meia hora chego no trabalho do meu pai, estaciono o meu carro, e sigo para o décimo terceiro anda, assim que o elevador abre, saio e não vejo ninguém na recepção, então resolvo procurar sozinha a sala de reuniões, onde o meu pai disse que estaria, ao encontrar a sala, abro a porta e congelo no mesmo instante, ao ver o cara da boate. Zoey- Pa… pai… os... Os documentos. (Falo gaguejando, devido o olhar predatório do estranho sobre mim) Miguel- Obrigado, querida... Mas devia ter batido antes? Zoey- Desculpa, pai... Como não tinha ninguém na recepção, resolvi te procurar. (Falo depois de um bom tempo, sem conseguir desviar o olhar do estranho da balada) *****- Miguel, o que está acontecendo aqui, se não percebeu, estamos em reunião. Miguel- Desculpa, senhor Wayne, é que esqueci uns documentos importante para a nossa reunião, então pedi a minha filha que os trouxessem. Zoey- Ele… ele é o seu...(Falo quase sem voz) Miguel- Meu chefe, querida, ele é o Aaron Wayne, CEO das Waynes construções. Zoey- Mas ele não é um velho? Aaron- Não, não sou velho, até porque acredito que um velho não seria surpreendido com um beijo. (Fala com um sorriso sínico) Miguel Beijo? (Questionar confuso) Aaron- Miguel não sabia que você tinha uma filha?(Pergunta se fazendo de desentendido) Miguel- Sim, senhor Aaron, tenho uma filha, essa é a Zoey. (Diz, mas o seu chefe não diz nada, apenas continua a me encarar o que me deixa incomodada) Zoey- Pai, está entregue, preciso ir. (Falo nervosa, saindo o mais rápido possível da sala de reuniões) Já fora, respiro fundo, soltando o ar, que estava prendendo, ao mesmo tempo que me recomponho, minha mente está a mil. Não acredito que beijei o chefe do meu pai, e para piorar ele é ainda mais lindo e assustador pessoalmente. Começo a andar, mas paro quando sinto alguém segurando o meu braço, me viro e vejo o Aaron, logo o meu sangue gelar, e um alvoroço no meu estômago aparece do nada. Aaron- Quem diria que a garota da boate, é a filha do meu engenheiro, que mundo pequeno, hein? (Diz, me encostando na parede) Zoey- Dá para me deixar ir? (Falo, empurrando-o, mas é inútil, ele nem sai do lugar, ao invés disso se aproximar ainda mais de mim) Aaron- Você sempre beija, estranhos em baladas? (Pergunta com sua voz grave, a poucos centímetros da minha boca, o que me deixa mais nervosa) Zoey- Não. (Tento falar com indiferença) Aaron- O que seu pai vai pensar, quando souber que a filhinha dele, anda beijando estranhos em boates? Zoey- Você não teria coragem de dizer a ele? Aaron- Você não me conhece. Zoey- Nem, você, agora dá para me deixar passar? Aaron- Ainda não... primeiro quero que me explique o motivo daquele beijo? Zoey- Não tenho nada, que explicar... Então, porque não volta para sua reunião, acredito que seja importante, não é nada legal ficar perdendo tempo aqui comigo? Aaron- Você está certa, não deveria está perdendo o meu tempo com uma louca. (Diz me largando) Zoey- Louca, é a mãe, seu cretino...(Falo um pouco alterada, fazendo ele para e voltar) Aaron- Cretino, eu? Zoey- Sim, um cretino que nem beija bem, aquele beijo foi o pior beijo de toda minha vida. (Falo, mas é mentira, porque esse i****a beija divinamente) Aaron- Não beijo bem, é isso mesmo? Zoey- Sim. (Falo bem séria) Aaron- Vamos tirar a prova, então? (Diz, invadindo a minha boca, sem me dá tempo nem de pensar, sua língua desesperada pela minha, ao mesmo tempo que a minha também anseia pela dele) Nos afastamos para recuperar o ar, estou desnorteada, minhas pernas estão bambas, minha respiração ofegante. Aaron- Espero que dessa vez tenha gostado. (Diz entrando de volta na sala de reuniões, me deixando sem saber onde estou.) Após volta a si, fico furiosa, pois quem ele pensa ser, para me beijar e sair, assim. Zoey- Babaca... i****a… uhrg… Saio furiosa, por permitir que esse babaca, tenha me beijado. Entro no carro, e dirijo até a casa da Clara, que imediatamente liga para as outras meninas, que imediatamente chega na casa da clara. Silvia- Aconteceu alguma coisa, Zoey? Clara- Sim. Vivian- Fala logo, não me mata de curiosidade. Zoey- Eu encontrei o cara da boate... Vivian/Clara/Silva- Ahhhhhh. (Gritam, todas ao mesmo tempo) Clara- Onde você encontrou, aquela delícia, vocês conversaram, descobriu o nome dele? Silvia- Calma, Clara, uma pergunta de cada vez... Você pegou o número dele? Vivian- Zoey, desembucha, mulher? Zoey- Sim e não. Vivian- O quê? Zoey- Eu não peguei o seu número, até porque, não tenho o menor interesse nele, e sim, a gente conversou, e vocês não vão acreditar no que descobri... Silvia- O que você descobriu, ele é casado, é isso? Zoey- Não, pior. Vivian- O que pode ser pior, do que aquele gostoso ser casado? Zoey- Ser o chefe do meu pai. Clara- Porra... Você, beijo o chefe do seu pai? Que doideira, amiga. Zoey- Doideira mesmo, foi ele me beijar de novo... Vivian/Clara/Silvia- O quêeee? (Falam, alto) Zoey- Meninas, não é para tanto… ele é um i****a. Clara- Um i****a gostoso, para c*****o, bem, queria ter essa sorte, amiga. Vivian- Eu também. Silvia- Já estou vendo, um romance surgindo. (Diz e bate palmas) Zoey- Tá doida, Silvia, esqueceu que não posso viver essas coisas... E mesmo que pudesse, ele seria o último homem que escolheria para viver um romance. Silvia- É por isso que se fosse eu, me acabaria, em cima desse homem, deixaria ele me fazer de gato e sapato. Zoey- Aí, aí, você não existe, hein, Silvia? Conversamos um pouco mais, depois volto para casa, me jogo no sofá e fico pensando no Aaron, e em nosso segundo beijo.
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