Zoey Harper
Já se passou um mês desde aquele ocorrido na boate, e nesse tempo todo, ainda penso naquele homem, em suas mãos apertando forte o meu corpo. Volto a realidade com a chaleira de café apitando, me levanto, preparo o café, coloco na minha caneca do Naruto e volto para a mesa, enquanto tomo meu café fico olhando as redes sociais, quando meu celular toca.
Ligação on
*Pai?
*Oi, querida, como acordou hoje?
*Bem, pai.
*Ótimo, então será que dava para você me fazer um favor, é urgente?
*Claro, pai, aconteceu alguma coisa, pode falar?
*Querida, será que você pode me trazer uns documentos que esqueci em cima da mesa do meu escritório, o meu chefe está precisando, é uma reunião muito importante, por favor?
*Claro, pai, não se preocupar, logo estarei aí.
*Obrigado, querida.
Ligação off.
Deixo o meu café de lado, pego os documentos e subo para me trocar, em seguida pego as chaves do carro e até a garagem. Antes de ligar o carro, coloco o endereço da empresa onde meu pai trabalha, pois é a primeira vez que vou lá.
Após meia hora chego no trabalho do meu pai, estaciono o meu carro, e sigo para o décimo terceiro anda, assim que o elevador abre, saio e não vejo ninguém na recepção, então resolvo procurar sozinha a sala de reuniões, onde o meu pai disse que estaria, ao encontrar a sala, abro a porta e congelo no mesmo instante, ao ver o cara da boate.
Zoey- Pa… pai… os... Os documentos. (Falo gaguejando, devido o olhar predatório do estranho sobre mim)
Miguel- Obrigado, querida... Mas devia ter batido antes?
Zoey- Desculpa, pai... Como não tinha ninguém na recepção, resolvi te procurar. (Falo depois de um bom tempo, sem conseguir desviar o olhar do estranho da balada)
*****- Miguel, o que está acontecendo aqui, se não percebeu, estamos em reunião.
Miguel- Desculpa, senhor Wayne, é que esqueci uns documentos importante para a nossa reunião, então pedi a minha filha que os trouxessem.
Zoey- Ele… ele é o seu...(Falo quase sem voz)
Miguel- Meu chefe, querida, ele é o Aaron Wayne, CEO das Waynes construções.
Zoey- Mas ele não é um velho?
Aaron- Não, não sou velho, até porque acredito que um velho não seria surpreendido com um beijo. (Fala com um sorriso sínico)
Miguel Beijo? (Questionar confuso)
Aaron- Miguel não sabia que você tinha uma filha?(Pergunta se fazendo de desentendido)
Miguel- Sim, senhor Aaron, tenho uma filha, essa é a Zoey. (Diz, mas o seu chefe não diz nada, apenas continua a me encarar o que me deixa incomodada)
Zoey- Pai, está entregue, preciso ir. (Falo nervosa, saindo o mais rápido possível da sala de reuniões)
Já fora, respiro fundo, soltando o ar, que estava prendendo, ao mesmo tempo que me recomponho, minha mente está a mil. Não acredito que beijei o chefe do meu pai, e para piorar ele é ainda mais lindo e assustador pessoalmente. Começo a andar, mas paro quando sinto alguém segurando o meu braço, me viro e vejo o Aaron, logo o meu sangue gelar, e um alvoroço no meu estômago aparece do nada.
Aaron- Quem diria que a garota da boate, é a filha do meu engenheiro, que mundo pequeno, hein? (Diz, me encostando na parede)
Zoey- Dá para me deixar ir? (Falo, empurrando-o, mas é inútil, ele nem sai do lugar, ao invés disso se aproximar ainda mais de mim)
Aaron- Você sempre beija, estranhos em baladas? (Pergunta com sua voz grave, a poucos centímetros da minha boca, o que me deixa mais nervosa)
Zoey- Não. (Tento falar com indiferença)
Aaron- O que seu pai vai pensar, quando souber que a filhinha dele, anda beijando estranhos em boates?
Zoey- Você não teria coragem de dizer a ele?
Aaron- Você não me conhece.
Zoey- Nem, você, agora dá para me deixar passar?
Aaron- Ainda não... primeiro quero que me explique o motivo daquele beijo?
Zoey- Não tenho nada, que explicar... Então, porque não volta para sua reunião, acredito que seja importante, não é nada legal ficar perdendo tempo aqui comigo?
Aaron- Você está certa, não deveria está perdendo o meu tempo com uma louca. (Diz me largando)
Zoey- Louca, é a mãe, seu cretino...(Falo um pouco alterada, fazendo ele para e voltar)
Aaron- Cretino, eu?
Zoey- Sim, um cretino que nem beija bem, aquele beijo foi o pior beijo de toda minha vida. (Falo, mas é mentira, porque esse i****a beija divinamente)
Aaron- Não beijo bem, é isso mesmo?
Zoey- Sim. (Falo bem séria)
Aaron- Vamos tirar a prova, então? (Diz, invadindo a minha boca, sem me dá tempo nem de pensar, sua língua desesperada pela minha, ao mesmo tempo que a minha também anseia pela dele)
Nos afastamos para recuperar o ar, estou desnorteada, minhas pernas estão bambas, minha respiração ofegante.
Aaron- Espero que dessa vez tenha gostado. (Diz entrando de volta na sala de reuniões, me deixando sem saber onde estou.)
Após volta a si, fico furiosa, pois quem ele pensa ser, para me beijar e sair, assim.
Zoey- Babaca... i****a… uhrg…
Saio furiosa, por permitir que esse babaca, tenha me beijado. Entro no carro, e dirijo até a casa da Clara, que imediatamente liga para as outras meninas, que imediatamente chega na casa da clara.
Silvia- Aconteceu alguma coisa, Zoey?
Clara- Sim.
Vivian- Fala logo, não me mata de curiosidade.
Zoey- Eu encontrei o cara da boate...
Vivian/Clara/Silva- Ahhhhhh. (Gritam, todas ao mesmo tempo)
Clara- Onde você encontrou, aquela delícia, vocês conversaram, descobriu o nome dele?
Silvia- Calma, Clara, uma pergunta de cada vez... Você pegou o número dele?
Vivian- Zoey, desembucha, mulher?
Zoey- Sim e não.
Vivian- O quê?
Zoey- Eu não peguei o seu número, até porque, não tenho o menor interesse nele, e sim, a gente conversou, e vocês não vão acreditar no que descobri...
Silvia- O que você descobriu, ele é casado, é isso?
Zoey- Não, pior.
Vivian- O que pode ser pior, do que aquele gostoso ser casado?
Zoey- Ser o chefe do meu pai.
Clara- Porra... Você, beijo o chefe do seu pai? Que doideira, amiga.
Zoey- Doideira mesmo, foi ele me beijar de novo...
Vivian/Clara/Silvia- O quêeee? (Falam, alto)
Zoey- Meninas, não é para tanto… ele é um i****a.
Clara- Um i****a gostoso, para c*****o, bem, queria ter essa sorte, amiga.
Vivian- Eu também.
Silvia- Já estou vendo, um romance surgindo. (Diz e bate palmas)
Zoey- Tá doida, Silvia, esqueceu que não posso viver essas coisas... E mesmo que pudesse, ele seria o último homem que escolheria para viver um romance.
Silvia- É por isso que se fosse eu, me acabaria, em cima desse homem, deixaria ele me fazer de gato e sapato.
Zoey- Aí, aí, você não existe, hein, Silvia?
Conversamos um pouco mais, depois volto para casa, me jogo no sofá e fico pensando no Aaron, e em nosso segundo beijo.