Ethan Greenwood
A raiva me consumiu quando eu vi aquele babaca se aproximar da humana; Ele a olhava como se ela fosse dele.
E ela era minha propriedade.
Após Mia sair da sala da delegacia perguntei ao chefe de polícia sobre o cara.
"Quem é aquele cara que estava conversando com a Mia?"
"Collin." o delegado falou." Um dos policiais que trabalha na parte administrativa."
"Não quero que ele se meta em nada sobre o sequestro do meu filho. E muito menos que ele saiba, você é bem pago para isso." disse sério."
"Pode deixar senhor."
Saí da sala fervendo de raiva.
Era fácil ter a polícia nas minhas mãos. Eles trabalhavam muito, e ganhavam pouco. O que fazia a ganância crescer demasiadamente.
Precisamos esconder nossos segredos. As lendas sobre criaturas sobrenaturais no Colorado, ainda eram contadas por anciãos mais velhos, mas mesmo assim a geração atual não acreditava, já que nunca houve indícios. Mas m*l sabem eles, que existíamos, não na mesma quantidade de antes, mas ainda éramos uma família. Uma alcateia.
Tinha as famílias de lobos inimigas, sempre haveria rivalidade, não importa se você era humano, vampiro ou lobisomem.
Por isso eu tinha medo de algum deles ter feito m*l a Lorenzo.
Ao chegar lá fora, Mia estava com os olhos brilhando à espera de uma notícia.
"Descobriu alguma coisa?", ela perguntou, sua voz cheia de expectativa e medo.
Olhei diretamente nos olhos dela, tentando ler o que estava por trás daquela expressão tão cheia de emoção. "Tenha paciência. Estou fazendo tudo que posso."
Ela pareceu desmoronar um pouco ao ouvir isso, mas rapidamente recuperou a compostura, erguendo o queixo com uma determinação que eu não esperava ver. Era como se, mesmo em sua fragilidade, ela estivesse se forçando a ser forte, a não deixar a situação vencê-la.
Eu não podia contar a ela sobre minha verdadeira natureza, sobre o mundo que estava além da compreensão dela. Não ainda. Eu não confiava nela o suficiente, e havia muitos riscos. A fragilidade dela era apenas superficial; havia algo mais profundo, algo que me fazia questionar tudo o que eu acreditava.
Talvez fosse a humanidade dela, algo tão diferente da minha realidade brutal.
Mas, ao mesmo tempo, não conseguia me livrar da desconfiança. E se ela fosse um perigo para mim, para minha alcateia? Não podia permitir que minhas emoções nublassem meu julgamento. A segurança de minha família sempre vinha em primeiro lugar.
"Vamos voltar", disse, quebrando o silêncio tenso entre nós. "Não há nada mais que possamos fazer aqui agora."
Mia assentiu, e a tristeza em seu olhar era nítida. Mas eu não podia deixar isso me enfraquecer. Precisava manter o controle, não só por mim, mas por todos ao meu redor.
Conforme dirigíamos de volta, o silêncio entre nós era quase insuportável,cheio de perguntas não ditas e respostas que eu não podia dar. Minhas mãos apertavam o volante com força, e cada vez que olhava para Mia, sentia aquela mesma confusão surgir dentro de mim.
Ela era humana, frágil, e ainda assim, eu não conseguia tirá-la da minha cabeça. Mas até que eu tivesse certeza de quem ela realmente era e quais eram suas intenções, manteria meu segredo guardado, e ela ficaria sob minha proteção, quer ela quisesse ou não.
Quando chegamos de volta à mansão, estacionei o carro e desliguei o motor, mas não me movi imediatamente.
"Por que você foi até mim?" Sua pergunta flutuou no ar entre nós, carregada de incerteza.
Olhei para ela, arqueando a sobrancelha esquerda, tentando entender o que ela realmente queria saber. "Do que está falando?"
Mia desviou o olhar por um instante, como se estivesse reunindo coragem para continuar. "Naquela noite no bar... você é um homem que claramente não se mistura com os outros, que não faz nada sem um motivo. Então, por que se interessou por mim?"
A pergunta dela me atingiu com força. Ela estava certa, eu nunca fazia nada sem um propósito. Eu era um Alfa, frio e calculista, alguém que não se deixava levar por impulsos ou desejos triviais. Mas naquela noite, algo em Mia havia chamado minha atenção, algo que eu ainda não conseguia explicar completamente.
"Eu não sei," respondi, minha voz mais dura do que eu pretendia. "Havia algo em você, algo que me intrigou. E quando vi você ali sentada naquele bar, eu sabia que precisava descobrir o que era."
Ela me olhou com uma mistura de surpresa e desconfiança. "Isso não faz sentido. Você nem me conhece Ethan."
"Talvez não," admiti, mantendo meus olhos fixos nos dela, tentando ler suas emoções. "E talvez seja exatamente por isso que não consigo te ignorar."
O silêncio voltou a cair entre nós, mas dessa vez, era carregado de uma tensão diferente. Havia algo entre nós que não podia ser negado, algo que ia além do racional, algo primordial que eu não conseguia ignorar, mesmo que quisesse.
Ela abriu a boca para dizer algo, mas eu a interrompi, sem conseguir me conter. "Mia, eu não sou um homem que se deixa levar por sentimentos. Eu sou quem sou por um motivo. E eu faço o que é necessário,apenas isso. Não ache que você é especial."
Ela pareceu absorver essas palavras, e por um momento, achei que ela fosse recuar. Mas então, ela me surpreendeu mais uma vez, segurando meu olhar com uma determinação que eu não esperava.
"Eu não sou uma peça no seu jogo, Ethan. E não vou ser controlada por você."
Eu sorri, um sorriso frio e calculado. "Veremos, Mia. Veremos."
"Você trata todos como se fossem seus súditos. E eu não sei por qual motivo te obedecem."
"Você não sabe quem eu sou ainda, Mia."
"E eu não farei questão de saber."
Ela saiu do carro, deixando-me sozinho com meus pensamentos.
Enquanto a observava caminhar de volta para a mansão, a confusão dentro de mim só aumentava. Mia Miller era mais do que eu esperava, e isso a tornava ainda mais perigosa. Mas também a tornava impossível de ignorar.
Maldita Humana.