Eu não tinha nenhum lugar para ir, todas as pessoas que eu conhecia estavam naquela casa, todas estavam ligada ao Dylan e isso só me deixava mais claro em como eu era sua propriedade, era como se eu fosse seu objeto para os outros, eu estava completamente dependente dele, nenhuma das outras meninas se atreveria a fugir já que a vida delas eram dele, eu não era diferente mas ele sabe que em algum momento eu irei voltar porque não me havia lugar para ir.
— Carla? - levantei minha cabeça que olhava para o chão.
Quem poderia me reconhecer na rua? Poderia ser um de seus homens?
Não era nada do que eu esperava era o homem que eu conheci mais cedo, Taylor.
— O que você está fazendo aqui?
Ver ele ali na minha frente por pura coincidência me fez pensar que aquilo era o destino, ele era a única pessoa que não era ligada ao Dylan e havia aparecido bem no momento em que eu precisava de alguém assim, neste momento eu jogaria um jogo sujo mas não é como se eu nunca tivesse feito isso antes.
Passei o meu braço no seu e empurrei meu b***o contra si como uma v***a — como se eu já não fosse — e olhei para ele.
— Tem alguém na sua casa?
Ele tremeu um pouco antes de responder e isso queria dizer que estava tudo indo como eu queria.
— Não, eu moro sozinho...
— Eu quero estar em um lugar mais privado com você...
Pude ver seus olhos me encarando um pouco, certamente estava procurando um pouco de razão mas eu não o deixaria fazer isto, estragaria toda a minha tática, eu precisava fazer com que ele esquecesse toda a sua razão.
Soltei o seu braço e fiquei de frente, minhas mãos tocaram suavemente seu peitoral e subiram até o seu pescoço onde cheguei perto com meus lábios, apenas deixei que ele sentisse minha respiração, consegui ver seu corpo todo arrepiado, me aproximei lentamente da sua boca e parei quando falou poucos centímetros para um beijo, deixei que ele desse o último passo e ele fez assim como eu imaginei.
Era a primeira vez que eu beijava alguém além do Dylan e foi incrivelmente bom, era totalmente diferente de tudo que ele já fez, era mais delicado mas não muito, era envolvente e doce, depois de alguns minutos ele pegou uma chave e segurou a minha mão, ele estava me levando até a sua moto e de lá fomos até a sua casa.
Dylan não iria atrás de mim porque ele não achava que eu não teria lugar para ir mas agora é diferente, passarei dias foras e ele irá perceber que eu estou com alguém, ficará louco procurando quem será este afinal, eu não tinha família e amigos.
Entramos no seu apartamento já nos amassos, nossas bocas não se separavam, elas estavam com sede uma da outra, ao fechar a porta atrás de nós ele tira a sua camisa revelando seu corpo incrivelmente trabalhado, ele não era tão alto ou tão forte quanto o Dylan mas seu corpo era muito gostoso.
— Seja no que estiver pensando, pare - ele falou entre beijos.
Ele conseguiu ler a minha mente claramente e ele tinha razão mas não tinha como eu evitar, eu só conhecia o Dylan, não havia como eu não conseguir o comparar.
Meus pensamentos se desfizeram no momento que ele me pegou no colo, fiquei um pouco surpresa, continuamos a nos beijar até que ele me jogou em sua cama, ela era de casal mas era pequena, ele estava por cima de mim o que o deixou livre para que fizesse o que quisesse, ele deslizou suavemente sua mão pelo meu corpo em seguida deixou a sensação do seu beijo por cada lugar que anteriormente ele havia passado até que ele chegou no meu ponto de prazer e o sugou com força, eu nunca havia sentido tamanho prazer, ele trabalhava sua boca e seus dedos ao mesmo tempo, era uma sensação totalmente diferente do que eu havia experimentado e isso estava me deixando fora de controle, apesar de eu estar amando o que eu estava sentido eu não gostava muito de ser a pessoa fora de controle então troquei de posição com ele, fiquei por cima e movimentei meus quadris provocando enquanto observava bem as expressões de êxtase do seu rosto, desci para o canto da cama ficando de joelhos usando a minha boca para fazer o que eu sabia de melhor.
— Ahh, eu vou... — ele queria ter conseguido terminar a sua frase.
Quando terminei fiz questão de encarar seu rosto, de satisfazer o seu fetiche masculino, tirei os saltos e a blusa que eu vestia me deixando apenas com o meu conjunto de renda cor de vinho, não deixei que seus olhos se desviaram de mim, subi novamente nele e deixei que realizasse suas fantasia em mim, as mesmas que ele imaginava quando me olhava dançar, passamos o dia inteiro naquela casa e não importava o lugar da casa, conheci a casa dele sem nem mesmo ele me apresentar, quando paramos já era a manhã seguinte, Dylan ainda não iria me procurar, ele acha que apenas achei algum lugar para dormir, ou foi o que eu pensava.
Casa de Dylan
Eu estava a ponto de matar alguém, deixei rapidamente todo o trabalho e fui atrás da Carla, eu nunca havia feito isso antes mas no momento eu só conseguia me preocupar com ela, abri a porta quase que a destruindo por completo, quando entrei os funcionários olharam assustados, Hector então perguntou a eles onde ela estava mas ninguém tinha a visto, quebrei a mesa de centro da sala com a mão com a raiva que fluía em meu corpo, joguei um olhar para Hector que facilmente entendeu a mensagem, eu precisava encontrar ela onde quer que estivesse.
Fui até a minha sala em busca dos meus sedativos, meu coração bombeava sangue cada vez mais rápido e se ele não se acalmasse quem sabe quantas pessoas eu mataria naquela noite, fui assim desde que me lembro, incapaz de me controlar, minhas emoções facilmente explodiam e nada conseguia me acalmar, durante a a adolescência eu usava todas estas emoções para me meter em problemas, eu não podia dormir como nenhuma mulher, a mulher que me tentasse em uma crise dessa provavelmente não sobreviveria para contar a história.
— Carla, Carla, Carla... — dei um trago fundo no sedativo, logo o quarto inteiro se encheu daquele odor forte e eu senti minha mente voltando, como se eu estivesse recuperando a minha consciência.
Sempre que eu me sento nesta sala eu me lembro dela, me lembro de quando havia acabado de chegar... Me lembro de como de repente ela deixou de ser aquela garotinha e se tornou uma mulher e logo fiquei fascinado por ela desejar possuí-la, se eu soubesse que estaria tão envolvido desta forma eu nunca teria tomado a sua liberdade, ela sempre me odiou e tem todos os motivos para isso afinal ela tinha razão quando meu falou que eu me vestia em pele de salvador sendo que na verdade eu era a pessoa que aprisionava, Carla tem o espírito livre e forte, ela é como uma fênix mas que está sendo tratada como uma arara. Logo ela vai se libertar, eu pressinto isso, desde que eu vi seus olhos determinados pela primeira vez eu sempre soube que um dia ela voaria para longe de mim.
Pisquei os olhos lentamente, o céu que antes estava claro de repente havia se tornado escuro, já estava anoitecendo, me levantei da cadeira e saí do quarto, agora eu conseguia raciocinar claramente, Hector foi o primeiro a me cumprimentar quando eu saí.
— Senhor, estamos fazendo o melhor para procurá-la, mas ninguém a viu saindo ou em algum lugar por perto.
— Não se preocupe, uma hora ou outra ela vai aparecer, ela não tem para onde ir.
Ele se retirou me deixando sozinho.