Um novo amante

2137 Words
Acordei na manhã seguinte e pela primeira vez eu não sentia apenas dor, eu podia sentir completamente o meu corpo, isso quase me fez pensar que nada havia acontecido na noite apesar de todas as provas estarem ali, eu estava na casa de um estranho, minhas roupas estavam jogadas e ao meu lado estava o homem responsável por tudo aquilo, levantei o lençol que estava sobre mim, em meu corpo estavam suas marcas, inclusive dentro de mim, tomei um susto com o grunhido ao meu lado, ele estava pestes a acordar, me deitei rapidamente e fingi dormir, pude sentir ele se levantando e ficando sentado na cama, talvez ele estivesse pensando no que será que ele havia feito ontem? Senti novamente o seu peso saindo de sua cama e seus passos andarem pela casa e entrar no banheiro que ficava ao lado, pude respirar novamente. Agora eu teria outro problema, eu o convenci a me levar para a sua casa mas ficar já era algo demais, no máximo ele me deixaria tomar café da manhã com ele isso se ele fosse gentil... Eu não estava encontrando maneira alguma para que ele me deixasse ficar, quando ele saiu do banheiro eu quase dei um pulo de susto. — Você está bem? — ele perguntou tão assustado quanto eu. Eu afirmei com a cabeça. Seus passos foram até uma porta que ficou entreaberta, ao olhar a pequena brecha vi que era um closet, ele volta e joga uma toalha para mim e logo se retira, pego a toalha macia e com um cheiro bastante agradável, entrei no banheiro da suite, Dylan tinha bastante dinheiro mas sua casa era simples comparada com o lugar onde eu estava, não era extremamente rico mas algo exalava elegância em cada cômodo, parei de prestar atenção nos detalhes e liguei o chuveiro, a água quente deslizando pelo meu corpo acendeu as minhas memórias que revelaram o prazer da noite anterior. Um barulho veio da porta, eu não havia trancado ela caso ele quisesse algo mas eu não imaginei que ele realmente iria aparecer, ele abriu e entrou com algo em suas mãos. — Pode usar depois que sair — ele parecia completamente natural ao entrar e deixar as roupas, pensei em quantas vezes ele já havia feito aquilo e pensei também que talvez ele não fosse tão inocente quanto eu pensava, sua aparência jovial não condizia com suas atitudes. Desliguei o chuveiro e seu olhar que estava baixo se voltou para mim, completamente nua eu caminhei sensualmente com meus olhos firmes e minha cabeça levantada, meus cabelos e meu corpo ainda estavam completamente molhados estão não cheguei muito perto mas perto o suficiente para que as nossas bocas se encontrassem, seu hálito estava refrescante e sua pele gelada em comparação com a minha, logo senti suas mãos em minhas nádegas acariciando levemente mas logo em seguida se tornando uma pegada violenta, ao separar nossos rostos ele tirou a sua roupa e em todos os locais nós fizemos, desde o chuveiro até a banheiro, mas a minha parte preferida foi de frente para o espelho onde pude observar bem o seu rosto e******o, quando nossos olhos se encontravam ele encarava por alguns segundos mas logo desviava, eu sorria e me lembrava que ele ainda era jovem e apesar de ter seu lado maduro ele ainda era novo. Eu não sabia se ele trabalha ou estudava e isso pouco me importava, quanto mais tempo eu deixasse ele hipnotizado por mim então seria mais tempo para que Dylan não conseguisse me achar, fizemos novamente até que escurecesse mas dessa vez com algumas pausas para comer. Na casa por trás da boate: Os sedativos já não estavam mais funcionando, meu sangue fervia mais a cada minuto que se passava e eu não tinha notícias dela, peguei um casaco de couro e saí, Hector veio logo atrás de mim sem questionar, entramos no carro e fomos até onde eu havia visto ela pela última vez, chegando lá escutei os mesmos burburinhos de sempre, olhei friamente e todas se calaram e foram embora, me deixando sozinho, fui até minha sala e para minha surpresa alguém tinha entrado. — Você está assustador hoje sabia? — Eu não disse que não queria ver a sua cara Sara? — peguei o maço de cigarro do bolso. — Você sabe de como eu gosto de brincar com o perigo... — ela pega o isqueiro na mesa e acende o cigarro que eu segurava na minha mão. Dei um trago forte, senti toda a nicotina passar pelo meu corpo, não era o suficiente para me acalmar, era algo mais como um vício. — Está preocupado com ela? — continuei observando e ouvindo — Me diga o que tanto vê nela? Fiquei um pouco pensativo e lembrei da sua vontade de viver quando eu tinha a visto pela primeira vez. — Eu sabia... Você gosta dela — levantei lentamente da cadeira e andei poucos passos, apenas o suficiente para que eu pudesse chegar perto da mesa, olhei seu corpo e segurei firmemente seu pescoço na minha mão, eu poderia quebrar facilmente ali mesmo com apenas um pouco de força, a expressão no rosto de Sara não era nem um pouco de medo, pelo contrário, ela tinha um sorriso sadomasoquista em sua face, e era por isso que ela estava ao meu lado mesmo que eu estivesse no meu pior humor, ela era a melhor alternativa para mim, uma mulher que não tivesse medo de mim, que fosse racional e sobretudo me obedecesse, Carla era totalmente o contrário, era impulsiva, deixava sua emoção sobressair o seu racional, ele tinha medo de mim e se recusava me obedecer e era exatamente aquilo que me fazia sentir atraído por ela e por isso que ela fugiu de mim, eu sou tudo que ela não quer mas enquanto eu estiver vivo ela irá me pertencer completamente e ninguém será capaz de encostar nela, aquele que se atrever a tentar pegar o que é meu será morto da maneira mais c***l possível em sua frente para que assim sirva de exemplo. Repentinamente sinto mãos que subiam nas minhas coxas, dou mais um trago enquanto Sara abria a fivela do meu cinto e em seguida abaixava as minhas calças, deixei que ela aproveitasse o momento, eu não sabia onde Carla estava mas era apenas questão de tempo para que voltasse. Na casa de Taylor: Acordei novamente mas desta vez estava tudo de escuro e ao contrário de antes não havia ninguém em casa, ele havia deixado uma estranha entrar em sua casa e ficar sozinha nela? Não consigo saber se ele é inocente ou apenas i****a. Não tive tempo de terminar meus pensamentos, a porta da frente se abriu repentinamente e de lá Taylor entrou com algumas sacolas. — Eu precisei sair para comprar algumas coisas... Eu não queria acordar você... — Tudo bem — andei até ele e entrelacei meus braços em seu pescoço e nos beijamos. Ele colocou suas mão na região do meu abdômen e me empurrou um pouco para que eu me afastasse. — Nós precisamos comer... — ele claramente não queria se separar de mim, tenho certeza que ele reuniu todas as suas forças para que conseguisse falar isso. Dei um sorriso e me sentei na bancada da cozinha, ele começou então a cozinhar e em seguida eu fui ajudar, conversamos bastante sobre a sua vida, descobri que ele não estudava e trabalhava apenas algumas vezes e seu trabalho era bem pago, ele só não me contou com o que trabalhava mesmo que eu insistisse, desisti — pela primeira vez — e puxei outra conversa. E não esperava que pudéssemos nos dar tão bem assim, nossa conversa fluía naturalmente enquanto cozinhávamos juntos, era como se nós dois já tivéssemos alguma convivência, quando nos sentamos para comer ele começou a fazer algumas perguntas desconfortáveis. — E você? — tirei o olhar da minha comida e olhei para ele — Você só trabalha naquele lugar? — Bom — falei enquanto terminava de engolir a comida — Eu não tenho mais família já que eles me traíram e eu devo a vida ao meu chefe que me deu um trabalho e um lugar para morar então eu não tenho muita opção... — Mas você está aqui agora... — É só uma questão de tempo até me encontrarem. — Eu posso salvar você... — eu quase dei uma gargalhada na frente mas felizmente eu consegui transformar em apenas uma pequena risada. — Eu não sou como uma prostitua que você tira do cabaré. Ele ficou calado, ele podia até achar que eu estava tirando sarro dele mas aquela era apenas a verdade, ele nunca poderia me tirar daquele lugar, eu estou presa a Dylan até que a morte nos separe — ri no meu pensamento com esta frase, parece ridícula mas era a verdade. Ele levantou sua mão acariciando meu rosto mas na minha mente eu só me lembrava do Dylan, ele nunca sequer havia me tocado de forma tão gentil como Taylor fazia mesmo me conhecendo a tão pouco tempo. — Deve ser difícil — pela primeira vez em anos eu senti que iria chorar. Bati em sua mão e virei o rosto segurando ao máximo a vontade de deixar as lágrimas rolarem pelo meu rosto, faziam tantos anos que eu não sabia o quer era chorar, mas ele apenas com uma frase conseguiu fazer isso, como ele podia quebrar tão facilmente as minhas barreiras? Como tão facilmente ele se aprofundava nos meus sentimentos daquela forma? — Eu preciso ir — falei gaguejando um pouco, me levantei da mesa e peguei o meu casaco para ir embora mas ele me impediu. — Eu sou o filho do homem da máfia que você tem fornecido informações... Deixei o meu casaco cair e levei minhas mãos para o meu rosto, eu realmente estava surpreso, então ele já sabia quem eu era, por isso se aproximou daquela forma... Mas continuava sendo muito corajoso, Dylan não ligava para quem fosse, se ele souber as coisas que fizemos ele na mesma hora iria tentar mata-lo. — Você sabe que fez algo muito arriscado... Ele não se importa de quem seja filho. — Eu sei, ele vai sentir prazer em me matar porque esse é o tipo de homem que ele é. — O quê? — eu sabia que Dylan era um homem podre de sangue frio mas matar? — Você não sabia? — Taylor aparentemente conhecia um lado do homem que dormia todos os dias do meu lado que nem mesmo eu sabia. O silêncio ficou por alguns segundos. — Eu só estou te contando isso porque eu sei que o que você mais deseja é a sua liberdade, ninguém sabe quem eu sou, ninguém tem a minha localização, você está segura comigo... — Não, ele vai me procurar debaixo de cada pedra dessa cidade, mesmo que eu pegasse um avião e fosse embora para o outro lado do mundo ele iria atrás de mim, é como um jogo de esconde esconde, uma hora ele vai me achar, se você é alguém tão importante não posso deixar que ele saiba quem você é. — Eu tenho uma proposta... Sentei novamente na cadeira e deixei que ele completasse a sua fala. — Como você a máfia está tentando eliminar ele — me tremi completamente ao ouvir esta frase — e você cooperou muito conosco, eu sou a carta na manga para que tudo dê certo, eu não queria que você voltasse porque eu... — ele não terminou sua frase — Enfim, se você for voltar então eu tenho um plano. Ele me contou detalhadamente o seu plano, não era alo impossível mas era algo bem arriscado e ele parecia disposto a se arriscar daquela forma. — Tudo bem, mas esse plano é somente seu ou sua família pensou nisso? — Eu sempre os deixo informados dos meus passos, falo diretamente com o meu pai então se algo der errado tudo não vai ser jogado por água abaixo. — Entendo — me levantei novamente — Façamos como você disse. Andei até a porta, Taylor foi atrás de mim e antes que eu pudesse abrir a porta para sair ele me encara, ele desejava algo, fiquei na ponta dos pés e puxei seu corpo para mim lhe dando um beijo apaixonado como se fôssemos dois amantes, suas mãos maliciosas tentaram algo mas eu precisava ir, antes de fechar a porta sorri para ele e seu olhar expressava o quanto ele me desejava, tudo nele me fascinava, era algo que eu nunca tinha visto o Dylan fazer antes e eu sempre estava curiosa com as suas reações, caminhei até a casa de Dylan que estava um pouco longe dali mas não muito já que estávamos no centro da cidade.
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