Traumas

2061 Words
Ela era uma mulher muito corajosa, fazia o que queria apenas para me irritar e fazia questão de deixar bem claro para mim que estava se encontrando com outro homem pelas minhas costas, suas atitudes implicam que ela precisava se lembrar que ela pertencia a mim, ela me devia sua vida e aquilo nunca poderia ser mudado, ela poderia com qualquer homem que fosse, nada iria mudar esse fato, no dia que me encontrei com seu amante eu quase o matei, eu queria que ele implorasse pela sua vida ou ao menos se ajoelhar dizendo que nunca mais iria vê-la, mas quando eu me encontrei com ele eu não vi em nenhum momento ele sentir e isso me divertiu por um segundo, era como um cachorro que sabia que estava fazendo algo errado mas sem nenhuma vergonha ele olha para o dono como se não soubesse o que estava fazendo. Eu tentei ser alguém melhor para Carla, tentei ser o amante carinhoso mas foi assim que ela me retribui, eu tranquei ela para que não arriscasse sua vida e era assim que ela resolvia agir, não importa quantos anos se passem ela vai continuar a mesma e não importava o quanto eu mudasse, nada a faria mudar de ideia, a ideia que ela já tinha de mim, eu preferia ser a pessoa que ela pensava que eu era do que tentar fazer algo frustrante. Seu rosto de choro e ódio ao mesmo tempo para mim era o que me dava satisfação, a dor estampada em seu rosto me deixava cada vez mais e******o porque isso me lembrava antes de tudo isso, quando éramos só nós dois e ela havia se aproximado por livre e espontânea vontade, seu olhos pareciam cientes do que estavam fazendo mas o seu corpo não, ele se recusava a dormir comigo porque ela tinha medo de mim, eu rejeitei a sua investida porque eu não queria quebrar a única parede que nos separava mas surpreendentemente ela queria, e quando ela investiu pela segunda vez ela não hesitou por nenhum segundo, naquela menina que estava entrando para sua fase adulta eu vi a mulher que seria, de cabeça erguida e confiante que não sentia medo, naquela noite nós fomos como dois amantes apaixonados. Mas isso não durou por muito tempo, com o tempo ela começou a ver a pessoa que eu era e começou a me odiar com todas as suas forças num ponto em que quando estava por baixo de mim eu conseguisse ver sua expressão confusa, ela foi se transformando em alguém que eu não conhecia, mas eu gostava dessa sua nova personalidade, ela era impulsiva e… extremamente excitando. Torturá-la era um caminho sem volta que seria proveitoso apenas para mim. Na manhã seguinte: Acordei extremamente furiosa, se ele queria me controlar então sua decisão foi a mais errada possível, eu queria desaparecer por uma semana com o Taylor apenas para dá-lo um gostinho do que era me ver escapando das suas mãos, ele achava que estava no controle de mim mas ele estava apenas muito enganado, eu não deixaria ele me controlar dessa forma. Levantei da cama e fui em busca de Dylan mas ele já havia saído, ao perguntar para as pessoas da casa ninguém sabia dizer para onde ele tinha ido. Fui até o seu quarto e comecei a revirar tudo, eu queria algo, algo que pudesse deixar ele sobre uma saia justa mas eu sabia que eu não encontraria nada, ele era cauteloso demais para deixar algo assim, me arrumei e fui até o seu escritório, no caminho me encontrei com a Sara. — O que aconteceu? Perdeu seu marido? — Cala a boca p**a — falei enquanto segurava sua mandíbula, em seguida joguei ela no chão, as pessoas ao redor começaram a ficar assustadas. Fui até o escritório e fiz a mesma coisa que estava fazendo em seu quarto, mas assim como eu havia pensado, não havia nada, eu precisava de algo que pudesse me defender. Senti uma presença atrás de mim e rapidamente peguei a faca que guardava a apontei para o pescoço do indivíduo. — Você deveria abaixar isso ou vai machucar alguém — Dylan falou. Suspirei e me movimentei para guardar a faca, mas no momento em que eu iria fazer isso ele segurou minha mão bem forte contra o seu pescoço. — O que você está fazendo? — Não pensa que essa seria uma ótima oportunidade? — ele cada vez mais colocava mais força na faca contra o seu pescoço. — Você está louco? Me solte! — O quê? Não me diga que não está preparada para isso? — ele falou caçoando de mim. Por estar ainda enfurecida eu fiz algo que eu não tinha coragem suficiente para fazer, sendo impulsionada apenas pela raiva que havia em mim naquele momento. — Você acha que eu não tenho coragem suficiente pra isso? Não me subestime demais. Falei segurando a faca com as duas mãos, ele não estava nem um pouco surpreso com a minha atitude, pelo contrário, parecia que ele esperava isso de mim, sua mão então soltou e nos encaramos, seu olhar parecia completamente relaxado, ele realmente queria que eu o matasse ali? Eu não podia entendê-lo. — Saia daqui — eu falei abaixando a faca e me virando de costas para ele, eu não queria olhar em seu rosto, eu não queria ver aquela sua expressão que eu não conhecia porque ela me deixava confusa. Ele continuou parado na frente da porta, peguei meu sobretudo que estava jogado na mesa e fui embora batendo em seu ombro e pela primeira vez em muito tempo eu estava prestes a chorar. Eu não entendia aquele sentimento r**m e pesado no meu peito, eu só queria que ele acabasse, enquanto eu ia embora eu peguei o celular e liguei para Taylor que rapidamente atendeu. — Oi? — ele falou. — Me encontre em frente ao hotel do centro em 10 minutos, se não me achar pergunte na recepção do meu quarto — falei rapidamente e desliguei. Eu precisava dele rapidamente na minha frente para me fazer esquecer do ocorrido e precisava rápido porque a qualquer momento eu sentia que eu poderia chegar a desmoronar. Cheguei rapidamente ao local e esperei um pouco mas 10 minutos era pouco tempo demais para chegar, fui na recepção e peguei uma chave, quando entrei eu no quarto eu imediatamente tirei todas as minhas roupas e vesti apenas um roupão, não muito tempo depois eu escuto alguém bater na porta, abri apenas um pouco e Taylor me observava por aquele pequena fresta, abri e logo puxei ele para dentro fechando a porta novamente, já dentro ele estava contra a porta e seu corpo estava quase grudado no meu, comecei a beijá-lo loucamente como se no segundo em que eu soltasse ele desaparecesse de mim, ele não recusou e retribuiu o beijo, quando finalmente eu soltei dele ele me segurou forte e encarou o meu rosto. No momento em que nossos olhos se encontraram eu desviei o olhar como uma adolescente tímida. — Não, olhe para mim — ele falou segurando meu queixo e me forçando a encarar seu rosto. Naquele momento tudo que eu estava sentindo começou a voltar como uma avalanche. — Eu não chamei você aqui para isso — falei firmemente com os olhos quase lacrimejando. — Por acaso eu sou o seu garoto de programa? Que você só me chama quando está com problemas e precisa de uma distração. Que i****a. — Não quer? — me soltei dele e fui pegando as minhas roupas. — Carla, pare — eu não dei ouvidos — Carla, você não vê que só está se machucando fazendo isso? Parei imediatamente no meio do quarto e virei para ele. — Eu não me importo. — Mas eu me importo. — Eu não pedi para que você se importasse — ele andou até mim e parou com apenas um centímetro de distância. — Porque você continua construindo essa barreiras entre nós? Ficamos em silêncio até que eu finalmente respondesse. — Você é só um meio de eu conseguir minha liberdade. Apenas isso. Seu olhar e sua expressão não mudaram, ele não estava surpreso e nem com raiva, ele não deixa transparecer o que ele estivesse pensando. — Você quer um amante agora? Pois eu serei seu amante — ele falou tirando a camisa. Violentamente ele tirou o meu roupão e me segurou com um braço só e me colocou na cama, eu dei uma leve risada, mesmo que ele quisesse naquele momento ser mais violento ele não conseguia, ainda havia cuidado nas suas ações e nas suas palavras. Ele tirou sua roupa de baixo e subiu por cima de mim, meu sorriso havia sumido rapidamente, minha boca estava completamente preenchida dele, seu movimento era rápido e intenso, meus olhos reviraram de prazer, eu podia senti-lo na minha garganta. Depois disso ele foi ao meio das minhas pernas onde sua língua começou a trabalhar, ele sempre foi muito bom em me chupar mas algo estava muito diferente, cada movimento dele era o suficiente para que o meu corpo respondesse de acordo. — Onde você aprendeu isso? — falei entre gemidos e a respiração ofegante. Seu olhar apenas me encarou mas logo ele voltou sua atenção para ali, quando eu finalmente estava quase lá ele parou, encarei frustrada e ele apenas sorria travessamente, eu queria ensiná-lo uma lição mas eu não tinha forças para isso, suas mãos seguraram minhas duas pernas e me puxaram para ele, eu havia sido penetrada profundamente, eu podia sentir ele completamente dentro de mim, ele nunca havia feito isso antes, com minhas pernas para o ar ele começou o seu movimento com suas estocadas mais profundas que antes, eu podia sentir ele chegando no meu ponto mais extremo e isso tremia o meu corpo profundamente. Quando mais forte ele metia mais forte a minha voz saía, sua mão então foi em direção a minha boca ofuscando a minha voz, meu gemido agora saia abafado pela sua mão, mordi ele que surpreso rapidamente puxou a sua mão, mas quando sua mão foi em meu pescoço eu imediatamente parei, ele continuou o movimento e eu virei o rosto, aquele foi máximo que eu consegui chegar, quando ele puxou meu rosto e viu as lágrimas nos meus olhos ele parou no mesmo momento, seu rosto estava confuso e surpreso, com certeza também muito assustado. — O que aconteceu? Eu fui longe demais com você? — ele falou enquanto seu olhar tremia e procurava alguma solução — Me desculpe — ele falou me abraçando — Eu nunca mais farei isso. Ficamos cerca de meia hora ali abraçados na cama, sua mão acariciava a minha cabeça enquanto eu me acalmava, ele não fez nenhuma pergunta, apenas ficou ali comigo, fui parando de chorar enquanto ele encarava o meu rosto. — Está melhor? — ele perguntou delicadamente. Eu apenas acenei com a cabeça. — Eu… — comecei a falar mas ele me impediu. — Se não quiser conversar agora eu vou entender. — Está tudo bem. Eu falei, eu quase havia me esquecido que Taylor tinha o seu lado doce. Contei a ele o que havia acontecido com o Dylan no escritório, ele ouviu atentamente a tudo que tinha a dizer. — Eu não sei porque mas aquilo me incomodou… Eu já pensei em matá-lo várias vezes, mas ver ele fazendo isso foi um choque para mim. — Foi a primeira vez? — afirmei — Você acha que seria capaz de matar ele mesmo? — Eu não sei, pela primeira vez senti dúvida mesmo sabendo das coisas que ele me submete e como ele me trata. — Então aquilo foi por causa disso? — eu respirei fundo, não seria fácil contar para ele. — No dia que eu fiquei com fora com você eu cheguei a noite na casa de Dylan, eu queria apenas dormir mas ele não, então mesmo que eu me implorasse ele apenas continuava, ele sempre foi do tipo mais violento então quando você fez aquilo. — Eu já entendi — ele falou. Eu nunca costumava temer algo mas eu tremia ao contar aquilo para Taylor. — Eu não farei mais isso com você e eu acho que a gente deve parar de nos vermos e trocar mensagens por um tempo. — O quê? — falei surpreendida.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD