Sua decisão era algo que eu não esperava de jeito nenhum, como assim ele queria parar de me ver?
— O que você quer dizer com isso?
— Eu quero dizer que eu acho melhor para você se afastar de mim.
— Então era isso que você queria — levantei furiosa e comecei a jogar as coisas que haviam ao meu redor nele.
— Espera, Carla! — ele falou, mas eu continuei sem me importar.
–- Eu sabia, eu não posso confiar em você nem em ninguém, eu deveria me acostumar a ficar sozinha — eu resmungava.
Até que ele finalmente conseguiu chegar perto de mim e segurou os meus dois braços.
— Me solte — eu falei fitando seus olhos com as sobrancelhas totalmente cerradas.
— Carla, eu não quero que ele te machuque mais.
De repente toda a minha raiva se esvaiu de mim.
— O quê?
— Eu fui o motivo de ele lhe machucar, eu não quero que ele faça isso com você, se eu não posso matar ele agora então eu vou dar um jeito de que ele não toque mais em você.
Continuei escutando em silêncio.
— Esse tempo separados é apenas temporário, tudo bem?
— Está preocupado comigo?
— Desde que eu vi você pela primeira vez. Minha promessa não foi vazia Carla, eu prometi que iria tirar você de lá e eu vou fazer tudo que eu puder para conseguir isso. eu não fui até você apenas para firmar um contrato, eu fui pra libertar você.
— Você já me conhecia?
— Apenas por fotos.
— Como conseguiu fotos minhas? — ri um pouco.
— Na verdade eu já planejava derrubar Dylan, e eu estava investigando todas as pessoas que andavam com ele ou que colaboraram, então em um dos arquivos estava você.
— Então foi amor à primeira vista? — falei apenas provocando mas ele concordou e eu ri em resposta.
— Por que está rindo? É muito infantil para você? — ele falou um pouco emburrado, ele realmente estava parecendo um pouco infantil, mas no sentido bom, ele estava sendo tão fofo quanto uma criança.
— Não — falei e dei um beijo — É fofo.
— Isso não é algo para se dizer para um homem - me senti quase que obrigada a rir novamente.
Sua reação foi me pegar e me jogar novamente na cama.
— O que vai fazer? — perguntei.
— Vou te mostrar meu lado fofo — ele falou me puxando para si.
E novamente ali naquela cama nós fodemos até que perdemos nosso fôlego, até que nossas pernas não fossem mais capazes de encontrar o caminho de casa.
Não passamos muito tempo ali, assim como Taylor disse, ele não queria me ver sendo maltratada pelo Dylan.
— Como está indo o plano sem mim? — perguntei enquanto nós dois vestimos as nossas roupas.
Já fazia algum tempo que eu não estava mais participando de todo o plano, apenas algumas vezes eu tratava de informar o Taylor, eu não participava mais de nenhuma reunião nem nada relevante então minha base de informações se tornou quase nula.
— Estamos agindo — foi tudo que ele falou.
Talvez ele não queria que eu me envolvesse mais do que isso, ele estava certo em agir daquela maneira, se por ventura Dylan descobrisse o nosso caso e eu soubesse de algo então ele me torturaria para conseguir essas informações, era melhor que eu ficasse a par das informações.
Depois de me arrumar eu fui embora para a casa de Dylan, se fosse como antes eu poderia ir até a boate mas meu cargo tinha sido retirado, então me sobrava apenas voltar para casa todos os dias.
Com os dias se passando começou a se tornar torturador estar sempre em casa, eu não cooperava com o plano e nem ficava mais na boate, Dylan quase nunca estava em casa, de acordo com as pessoas da casa todos os dias algo dava errado para os negócios, muitos lugares que Dylan gerencia já foram invadidos e por isso ele sempre se revezava para estar nesses lugares, ele com certeza não me permitiria estar na boate mas nada me impedia de ir, eu sei que Taylor quer que eu não me envolva em mais nada mas eu preciso fazer algo.
Me arrumei e peguei minhas coisas e fui para a boate, as coisas lá estavam um caos sem Dylan, agora que ele precisava estar sempre fora e não tinha ninguém de confiança para liderar os seus negócios as coisas se tornaram caóticas.
— As pessoas estão exigindo o dinheiro de volta! — uma das meninas alertava no meio do corredor.
— O que está acontecendo aqui? — falei assim que cheguei.
As meninas me informaram que devido a fragilização da boate com a ausência do Dylan as meninas mais novas começaram então a fugir e isso fez com que tudo se tornasse ainda pior.
Eu precisava agir rápido, eu odiava o Dylan e tudo que ele me submetia mas eu havia crescido naquele lugar, havia pessoas muito mais antigas que eu que trabalhavam ali, durante alguns anos eu pude considerar elas como uma família para mim, quando Dylan cair elas estarão livres mas não terão para onde ir, me senti péssima por pensar nisso só agora, se eu fosse uma dessas meninas, se eu não fosse a favorita de Dylan eu já teria pensado nisso antes e já temeria o meu final, por isso muitas meninas devem ter fugido.
A ruína de Dylan poderia ser a minha também se eu não tivesse o Taylor, mas elas não tinham ninguém.
— Todas se arrumem agora, vamos fazer o maior show que essa cidade já viu naquela boate - falei, algumas ainda estavam com medo mas a maioria se sentiu encorajada com a minha fala.
Até mesmo Sara se juntou, dizem que No desespero até seus inimigos viram os seus amigos. Assim como as meninas eu também coloquei a minha roupa que não vestia a muito tempo, eu pensei ter aposentado a coelhinha mas naquele momento eu precisava trazer ela de volta. A roupa me serviu como uma luva e as lembranças começaram a surgir na minha mente, desde a primeira vez que havia vestindo aquela roupa até a última.
A boate inteira ficou escura e nesse momento nós entramos, o show agora seria entre o público, quando as luzes acenderam as meninas começaram passear entre a boate dançando e eu subi no palco.
— Estavam com saudades? –- eu falei e os homens que estavam ali gritaram.
Aquela noite foi um sucesso, nunca havíamos lucrado tanto, uma fila se formou do lado de fora da boate e as meninas também estavam muito animadas.
Eu dancei o meu número clássico no pole dance e entre a multidão de homens meus olhos se encontraram com o de Taylor. "O que ele estava fazendo aqui?" pensei. Continuei dançando mas eu não tirava os olhos deles, comecei a provocá-lo dali mesmo, meus olhos encaravam o seu e meus movimentos se mostravam sensuais, seus olhos sequer piscavam. Quando terminei desci do palco e fui até ele.
— O que você está fazendo aqui? — perguntei.
— Eu quem deveria estar te perguntando isso.
— Venha, eu vou te dar um show particular — falei puxando ele até uma mesa individual, subi em cima dela e comecei a dançar na sua frente.
A todo movimento ele prestava atenção e me acompanhava, sua expressão mostrava que ele estava se segurando ao máximo, dei um sorrisinho, era divertido provocar ele daquela forma, durante o resto da noite o meu show foi individual para ele, fiquei satisfeita ao ver uma ereção quando desci da mesa, eu queria levá-lo para a sala e usar ele, eu queria que ele me fizesse gemer enquanto as pessoa se divertiam do outro lado da porta, apenas pensar nisso já me excitava, mas a noite precisava continuar.
Até o final o lugar permaneceu cheio, foi um completo sucesso para quem estava beirando ao caos, Dylan deveria me agradecer por isso.
Voltei para casa quando estava amanhecendo, quando cheguei eu dormi imediatamente, Dylan não estava nem quando eu havia chegado nem quando eu acordei, nossos horários faziam com que nós nos desencontramos, continuei indo para a boate todas as noites, eu não planejava dançar junto com as meninas mas Taylor estava lá todos os dias e minha diversão era ver ele completamente apaixonado por mim enquanto eu dançava no palco.
— Você não deveria dançar naquele palco maior — ele falou firme.
–- Por quê? — falei baixinho no seu ouvido, pude ver ele se arrepiar completamente.
— Dance só para mim.
— Hum. Me convença a fazer isso — quando eu terminei de falar ele agarrou o meu cabelo e puxou para perto de si.
— Esses idiotas podem apenas imaginar você na cama, mas eu tenho o privilégio de vê-la.
— Você acha que merece mais do que os outros apenas porque me fode algumas vezes?
Apenas a minha fala foi o suficiente para que ele ficasse com ainda menos paciência, eu queria sim provocá-lo e levá-lo ao limite, mas eu não imaginava como era o seu limite.
— Quer ver como eu só te fodo algumas vezes? Acha que está no controle da situação?
Eu apenas sorria e cada vez mais isso provocava ele.
— Você gosta de me ver assim não é? Você gosta quando eu sou a pessoa que está no controle de você.
Eu estava pronta para dar uma resposta a altura para ele mas ele me impediu, atrás de mim eu conseguia sentir o seu volume, fomos até a sala de Dylan e assim que ele fechou a porta nós dois nos tornamos duas pessoas diferentes, completamente sedentos pelo desejo um do outro, assim era a nossa relação, Taylor não costumava ser alguém que era violento na hora do sexo mas eu adorava ver a sua mudança, ele costumava ser muito cuidadoso mas quando eu provocava ele do jeito certo então ele parecia virar outra pessoa, e quando ele agia assim eu me sentia a mulher mais sortuda do mundo. Dylan era alguém violento num nível extremo, ele não se importava em machucar alguém para o seu próprio prazer, ele não tinha limites e não sabia o que era se importar com alguém.
A sala de repente se tornou quente e pequena para nós dois, eu estava realizando o meu desejo, enquanto outras pessoas estavam do lado daquela porta.
— Está excitada? — ele perguntou — Você gosta de ser fodida enquanto tem outras pessoas por perto?
— Eu amo isso — falei.
Ele imediatamente me pegou e me jogou na porta, ele começou a me penetrar mais profundamente me fazendo gemer cada vez mais, felizmente o barulho da boate estava muito alta então apenas nós dois podíamos ouvir o barulho que estávamos fazendo naquela sala.
Alguns dias atrás nós havíamos prometido passar algum tempo separados e agora estávamos fodendo gostoso na sala de Dylan.
— Achei que você tinha pedido para a gente parar de se ver por algum tempo - falei com a voz ofegante ainda procurando a minha respiração enquanto falava.
— Não se preocupe, ele está ocupado demais para saber do que nós estamos fazendo.
Continuamos ali até que não aguentarmos mais até que eu ouvi a voz do Dylan do outro lado da porta, imediatamente eu congelei, Taylor olhou confuso para mim e eu apontei para a porta, ele estava conversando com alguém do lado de fora e repentinamente ele continuou metendo em mim.
— Você tá louco? — falei quase sussurrando.
Ele não me deu ouvidos e continuou se movimentando dentro de mim sem se importar, naquele momento eu dei o meu melhor para gemer baixo mas algumas vezes minha voz saía mais alto, Taylor colocou sua mão na minha boca até que ele finalmente terminou dentro de mim e eu acompanhei ele.
— Então você gosta do perigo? — ele falou rindo.
— Digo o mesmo para você — eu falei.
Aquela foi a maior loucura que eu já havia feito na minha vida.