“Um pouquinho de consideração, de empatia pelos outros, faz toda a diferença”.
— (Ió – Pooh)
Juanes Hernandez
A noite a Nina demorou a dormir, mas ela não falou da mãe, ela só estava muito empolgada, ela me ajudou a tirar os panos dos móveis e arrumar o quartinho dela, quando deitamos já era de manhã e ela nem queria dormir, queria falar com a nossa vizinha, eu não sei o que está mulher tem de tão mágico, mas tem algo nela que eu não sei explicar.
Acabei dormindo com a Nina as cinco e meia da manhã e nós acordamos dez horas, já sabia que séria uma briga para tirar a Nina de casa.
— Papito, não quero ir para o hospital — ela falou cruzando os braços e fazendo bico, enquanto eu escolhia a roupa que ela ia vestir.
— Meu amorzinho, nós não vamos para o hospital hoje, vamos conhecer sua nova escola e depois ir no mercado, pode ser? — perguntei a ela.
— O senhor promete que não vamos para o hospital hoje — ela pediu fazendo aquela carinha de anjo que tanto amo.
— Verdade verdadeira, nós vamos conhecer sua escola nova para saber se você vai gosta. — falei e ela sorriu.
— Está bem, então o senhor pode se vestir — ela falou me olhando dos pés a cabeça.
— Eu já estou pronto mocinha — falei e ela foi correndo para o meu quarto. — Nina nós vamos nos atrasar.
— Papito, está roupa está f**a demais — ela falou e eu sorrir respirando fundo para ir até o meu quarto, vejo ela encima de um banquinho olhando o meu closet.
— Então qual é a roupa que a senhorita acha que eu tenho que vestir? — perguntei para ela.
— Só um minuto, eu estou escolhendo, mas está bermuda com está camisa polo não dá.
— Nina você só tem cinco anos — falei sorrindo.
Acho que ela faz eu trocar de roupa desde que apreendeu a falar.
Ela escolheu uma calça social e uma camisa social azul marinho e um sapatênis ela fez eu dobra as mangas e escolheu até o relógio que eu ia usar.
— E agora? — perguntei para ela que sorriu.
— Está um gatão, o homem mais lindo do mundo — ela falou com aquele sorriso fofo.
— Obrigado, agora que tal você se arrumar?
— Certo, eu gostei deste vestido combina com o do biju — ela falou sorrindo e me deixou arrumar ela. — Eu estou linda, vou pegar o biju certo — ela falou e saiu correndo, peguei os documentos e a minha carteira para colocar na bolsa dela.
Ao sair do apartamento fiquei olhando para a porta da frente, notei que a Nina também estava fazendo isso, não sei bem o porquê mas eu queria muito vê-la.
Fomos andando até uma padaria próximo a casa, comemos e só então fomos pegar um táxi, assim que entro vejo alguém entrar pela outra porta, não vou mentir, eu gostei de ver que era a minha vizinha.
— Pelo visto você vai ficar tentando tomar meu táxi — falei sorrindo tentado brincar, já era a segunda vez desde que chegamos a Buenos Aires.
— Me desculpa, eu estou quase atrasada, por favor não vamos começar com esta de eu cheguei primeiro, você chegou primeiro, aí nós ficamos uns 8 minutos nesta e depois vamos dividir o táxi do mesmo jeito— ela falou e parecia está bem nervosa, mas ela não está errada, não falo nada, fico apenas olhando-a da o endereço para o taxista, logo entreguei o meu a ele.
Eu sei que não era muito longe de acordo com o Google mapa, as palavras dela me fez pensar que ela estaria chateada e achei melhor não fala nada, só não conseguir parar de olhar para ela, foi neste minuto que o silêncio se rompeu.
— Pega o biju ele sempre me ajuda — vejo a Nina oferecendo o biju para ela.
Como assim ela não o soltava por nada, eu nunca vi ela da ele para ninguém, como está estranha pode ser tão especial assim então pouco tempo.
— Muito obrigado Nina, mas não posso aceitar ele é muito importante para você — a Nina com certeza queria ajuda ela por isso continuou oferendo.
— Tudo bem — ela pegou o biju com carinho e o abraçou como minha filha pediu.
Eu acho bonito o jeitinho que ela olha para a Nina, as duas conversaram e ela me pediu desculpas pela maneira que falou, mas notei que ela está muito nervosa.
— Relaxe vai dar tudo certo — por impulso peguei a mão dela, e novamente sentir uma onda de choque, no mesmo instante ela olhou para os meus olhos, pude ver que ela sentiu o mesmo que eu.
O seus olhos são tão lindos, mas tem algo neles como uma tristeza muito grande, mas ao mesmo tempo o olhar dela é tão doce e meigo.
O táxi parou em frente a escola, desta vez antes deu pegar a carteira a Rosa pagou, só ai noto que ela também iria parar na escola, a Nina pegou na mão dela assim que ela desceu, fiquei olhando para elas duas juntas, peguei a outra mão da minha filha para entrarmos na escola.
Assim que entramos fomos atendidos pela recepcionista.
— Sejam bem-vindos, vocês devem ser a família Hernández — ela fala sorrindo.
— Sim — responde sorrindo, neste mesmo tempo a Rosa devolveu o biju para Nina.
— Meu anjinho...— Rosa falou provavelmente ia se despedir, porém invés da minha filha soltar a mão dela, ela soltou a minha e a abraçou.
— Então os senhores gostariam de conhecer o Colégio? — ela perguntou olhando para Nina e para Rosa que no momento estão abraçadas, pela cara da Rosa ela está uma pilha de nervos. — Venham por aqui, vamos começar pelas salas.
— Perdão senhora, eu sou a Rosa Fernández, vim fazer a entrevista para vaga de professora.
— Me desculpe é que vocês vieram juntos, mas é só a senhora seguir até o final do corredor e chegara a diretoria, as demais candidatas já estão esperando — antes dela ir, ela se abaixou e deu um beijo na testa da Nina.
— Meu anjinho, eu vou fazer uma entrevista de emprego, você vai conhecer a escola certo. — ela falou e fez careta, eu acho que a perna direita machucada, porque não é a primeira vez que ela tem dificuldade com ela.
Mas a Nina invés de se despedir, agarrou o pescoço dela fazendo o que eu queria fazer, ficar do lado dela, não sei o motivo, mas sentir que elas estavam precisando uma da outra, quando a Rosa olhou para mim já sabia que ela não queria soltar a Nina.
— Pode ir com ela, daqui a pouco eu passo lá, não vai se livrar de mim tão fácil — falei e elas sorriam .
Eu só posso está louco em deixar a minha filha com uma estranha, mas eu não sei o porquê, só sei que confio na Rosa. Seguindo para o corredor, a Rosa estava com a Nina nos braços, ela ajeitou a Nina no seu lado esquerdo do corpo, fico observando ela levar a minha filha, a Nina está rindo contando alguma coisa para ela.
— Vamos? — a funcionária do colégio me chamou, comecei a andar com ela.
A escola era exatamente como no site, mesmo eu estando super interessado em conhecer a escola, a cabeça ficou na Rosa, parece até as história que a Nina gosta de ouvir dos tais contos de fadas, não sei nada dela além dela ter se mudado para cá, ser minha vizinha e agora sei que ela é professora, espero muito que ela consiga está vaga para este emprego.
Eu vou ficar muito mais seguro sabendo que ela está com a Nina, eu acredito que as coisas seriam mais tranquilas para a Nina com ela por perto.
— Senhor Hernández, está é a sala de aula — entro e vejo uma sala com tudo adaptado para a idade dela, sair da sala, fui até a sala de música, o pátio, a escola é realmente aquilo que esperava. — A diretora está fazendo entrevista para a nova professora do 1 ano, mas se o senhor quiser esperar para falar com ela.
— Claro, posso esperar — falei e ela me levou para onde as professoras que vão fazer a entrevista estava.
Vejo a Nina no colo da Rosa, a rosa parecia bem melhor, estava sorrindo muito e a Nina também.
— Papito — a Nina falou quando me viu, logo veio me abraçar.
— Oi meu amorzinho — abraço ela apertado, me aproximo da Rosa. — E você Rosa, está mais calma? — pergunto olhando para ela.
— Estou sim, a Nina e o biju me ajudaram — ela falou mostrando o elefantinho que estava com ela, eu sorrir.
— Rosa Fernández — a secretária a chamou.
— Boa sorte — falei ao ver ela levantar.
— Boa sorte — a Nina falou e a Rosa sorriu para nós dois.
— Muito obrigada — ela falou se aproximando de mim, deu um beijo na bochecha da Nina que sorriu antes dela entrar.
— Papito eu gosto dela, ela é muito legal, ela disse que podemos ser amigas — ela falou sorrindo. — Ela também gosta das princesas e dos desenhos como eu.
— Que bom filha, eu disse que você ia gosta da Argentina, e o que achou da escola? — perguntei a ela.
— É legal papito.
Já passaram uns 20 minutos e nada dela sair, quando saiu ela estava com a aparência mais relaxada, a diretora saiu junto com ela
— Bom dia senhor Hernández, sou a diretora senhora López — ela era bem simpática, espero que não seja Carranca.
— Bom dia, gostei muito da estrutura senhora López, gostaria de matricular a minha filha.
— Que bom, vou te dar a lista de tudo que você vai precisar — ela falou com a secretária que me entregou um papel com tudo necessário, com o valor da mensalidade que não era nada barato por sinal, agradece e saímos os três.
— Desculpe não perguntar antes, mas como foi?
— Fui bem, pelo menos acho — ela sorriu. — Ela vai dar a resposta amanhã.
— Com certeza você vai conseguir...
— Papito e o meu sorvete?, o senhor prometeu para mim.
— É vamos, mas você não pode interromper os adultos conversando — falei para ela.
— Desculpe, a tia Rosa pode ir com a gente? — ela pediu toda fofa.
— Se ela quiser não vejo nenhum problema — olhei para a Rosa que ficou vermelha, parecia
um tomate.
— Por favor, por favor, vamos? — a Nina pediu, ela olhou com uma afeição tão doce para Nina.
— Eu vou com vocês — ela falou e a Nina pulou de alegria. — Eu conheço uma sorveteria que tenho certeza que vocês vão amar, eu já iria lá — ela disse isso e a Nina na mesma hora deu a mão para ela, elas foram andando na frente.
Não demorou muito e já estávamos em uma sorveteria muito bonita, toda decorada, tudo muito colorido e com certeza antiga.
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Continua......