CAPÍTULO 3

1994 Words
WILLIAM Seguro o copo de café nas minhas mão e fico parado na lanchonete do hospital,ainda estávamos por aqui, logo poderia pegar Nathan e o levar pra casa, um lugar mais tranquilo e suave. Papai parou na minha frente, retirando o óculos e me encarando, de um jeito sério. - O que foi? - Pergunto. - O seu carro, eu levei para um galpão, para você ver o que faz depois William, o carro que bateu com vocês não foi achado e nem o homem, mandei a polícia buscar pra podermos entrar com o seguro, tem que esperar um pouco, as câmeras do cruzamento foi puxada, dei uma olhada e foi tudo uma confusão – Meu pai faz uma pausa. - O carro da frente parou, mas o que bateu na frente de vocês que entrou, mesmo o sinal abrindo não era a mão dele, ou ele estava muito louco ou perdeu o controle. Balanço a cabeça pelo pensamento de alguém sendo imprudente, mesmo sabendo que eu também não era santo, vendo que poderia ter acontecido algo pior com uma criança envolvida. m***a! - Infeliz de m***a – Sussurro baixo. - Eu cuido disso depois, não quero pensar nesse acidente, só na recuperação de Ellen e cuidar do garoto até lá. - Você não pregou os olhos, não é? - Estou bem, não se preocupe – Me inclino para trás. - Vou levar Nathan para casa, até Rick resolver as coisas da revista ele fica comigo. - Vai levá-lo pra casa? Sua casa? - Balanço a cabeça. - Pode ficar comigo e sua mãe, ela se deu bem com o garoto, ela pode te ajudar. Vejam, papai não esperava isso de mim, mas aqui é onde eu espero que ele entenda meu lado e o meu gostar envolvido, da escolha que fiz e tenho feito desde que Ellen apareceu e colocou o garoto na reta também. - Acha que eu sou tão r**m assim? - Balanço a cabeça, um tanto frustrado, mas eu entendia o lado dele. William Keller sendo um bom rapaz ou fazendo algo fora do normal dele. Era uma perspectiva. - Não é isso William, você sabe. - Relaxa, não vou colocar fogo nele, nem ele em mim – Falo. - Ellen não acordou, talvez seja hoje ou amanhã – Sinto a frustração. - Seria muito r**m eu invadir o quarto dela e a chacoalhar para tentar acordar ela? - Por que não tenta o beijo de uma amor verdadeiro? – Dou um sorriso seco, me levantando, olhando o relógio e vendo que estava na hora. - Vamos, Nathan já deve estar me esperando. Quando me levanto e me viro, eu encaro um homem alto vindo na minha direção, eu o identifico e fico parado, até que ele pare a minha frente. Me olhando sério, até demais pro meu gosto. Meu estômago se embrulha, não sei se é pela falta de algo decente no estômago ou apenas o fato de ver aquele cara ali. Prego do c****e. Nathaniel. - William – Fico calado. - Eu soube do acidente, como ela está? - Bem, Nathaniel – Meu pai se levanta e se aproxima, parando ao meu lado, sabendo quem é o cara, sem eu precisar falar. - Eu estou com ela. - Eu sei, falei com Rick e ele me disse – Ele parece calmo e centrado, noto o casaco escuro e o jeito que ele me encara. - Onde está Nathan? - No quarto, arrumando as coisas, ele já foi liberado, só uma torção no braço esquerdo – Eu fico tenso. - Pode ir agora. Ele balança a cabeça. Aquilo me faz ficar pronto pra qualquer coisa. - Eu vi ficar com ele. Vejam, como eu fecho a cara com essas únicas palavras. - Ele vai para casa descansar, não precisa se preocupar. - Eu vou acompanhar Rick, eu ainda não vi ele e nem falei com ele, ele só me disse tudo por cima – Eu balanço a cabeça, analisando o que ele fala. Nathaniel acha que vai pegar Nathan, agora? De mim? - Ele vai pra casa – Repito, dando um sorrisinho que eu até admito ser pra ironizar. - Comigo, e você não vai, pode ver ele agora, mas ele vai ficar comigo, até Rick cuidar de algumas coisas pendentes e poder ficar com o garoto – Fico parado, olhando para ele, ele se estreita um pouco. - Ele não vai ficar com você – Solto uma risada agora, alta, tonalizada e grave. - Ele já está comigo Nathaniel, eu não vou discutir isso com você, ele vai ficar comigo, em linha de confiança eu estou no topo e você – Olho para o chão. - No chão. A risada dele me faz erguer o olhar e sinto a mão do meu pai no meu ombro e o aperto, como uma forma de me falar pra ficar tranquilo e não esquentar a cabeça, mas era eu. Se eu me lembrava bem Ellen estava em processo com o cara na minha frente e até o pai pela guarda de Nathan, então eu iria tentar não deixar a proximidade daquele cara com Nathan. Além de que meu anjo não havia dado certo com o dele, eu não gostava daquele cara, de forma nenhuma, não era nem ciúme por estar com Ellen, eu realmente não gostava porque ele não via nada de bom nele. Ah, para William, você não conhece ele? Não importa, pra mim ele não tem boa índole e não está aqui por nada. - Vai discutir hierarquia aqui? Comigo, William Keller? O pai dele? Ele quer impor. Viram, por que ele não estava aqui anos atrás pra impor isso? - Espero que você vai para o céu Nathaniel, porque eu não quero dividir o inferno com gente da sua laia - Falo calmo, até demais. Eu me mexo. - Eu vou levar Nathan comigo, se não for comigo vai com Rick, ele não vai ficar com você. Não é nada dele – Eu paro, dando um passo até ele, ficando cara a cara com ele. - Vai brigar como um homem das cavernas? Vai, William? - William – Respiro fundo. - Eu estou bem - Falo para o meu pai. - Ele é meu filho, não o seu – Nathaniel não se afasta e eu fico parado, esperando que ele explodia ou suma da minha frente. - Sai de perto de mim antes que eu termine de fazer o que eu não fiz aquele dia, me ouviu? Pode parecer uma ameaça, mas não é, isso é apenas um aviso. - E se eu não sair de perto de você? - Abro um sorriso, sentindo o sangue correr mais rápido, fazendo uma onda eletrizante passar pelo meu corpo, misturada com a agonia dentro de mim da situação toda que eu estava passando. - Vamos William, você não é o corajoso? - Não – Eu o empurro uma vez. - Eu sou o estourado – Minha mão se fecha no exato momento que acerta o rosto dele, que se ergue e fica parado, eu me mexo de novo. - Você tem coragem – Sem esperar ele me acerta. - Eu posso lidar com isso – Me aproximo de novo, sinto uma mão familiar no meu braço e puxo, indo de novo para cima dele, o empurrando sobre uma mesa, que se parte em duas. - Eu posso arrebentar a sua cabeça, que nem estando aqui vai dar tempo de ajudar você - Ele pula e tenta vir para cima e eu o empurro, acertando ele duas vezes e vendo ele tentar vir para cima, Nathaniel ergue a mão eu seguro o pulso dele, ele puxa de volta e eu vou junto, sentindo a mão dele acertar meu nariz e me estressar. - Você não vai colocar a mão em mim – Eu acerto minha testa bem no nariz dele, o impacto me deixa anestesiado e eu me mexo, chutando a perna dele e fazendo ele cair no chão, ficando de joelho. - Eu não sou estourado por nada, vai precisar aprender a brigar se quer me encarar desse jeito, Nathaniel! - Grito. - Levanta! - William – Eu balanço a cabeça. - Não pai, eu vou arrebentar ele, ele não é ninguém! - Grito, erguendo a mão e tocando meu nariz, vendo o sangue. - p***a! - Ralho e me aproximo. - William?! - Eu chuto ele, que se contorce no chão, vejo os seguranças e me afasto, erguendo as mãos em sinal de pare. - Olha o que você fez?! Eu me viro. - Eu fiz pouco com esse lixo pai, devia tomar cuidado seu verme, o camião de lixo passa daqui a pouco! Caminho dali, ignorando as pessoas, ignorando meu pai e ignorando a vontade de voltar lá e terminar com tudo, enfiar a cabeça dele no chã e o machucar mais, bem mais. Entro no banheiro e fico parado, encarando meu reflexo e o nariz vermelho. O sangue está quente e posso sentir uma frustração enorme. - William – Meu pai se aproxima, erguendo a mão e segurando minha mandíbula com força. - Não quebrou – Puxo o papel e coloco sobre o Nariz, apertando com força. - Vai devagar. - Eu quero m***r ele! - Não – O alerta é claro. - Não venha me falar o que eu devo fazer, Nathan vem comigo, apenas comigo – Encarei meu reflexo no espelho. - Ele acha que é mais forte, mas ele vai aprender que não é forte p***a nenhuma – Eu sinto a respiração pesada e por canto de olho vejo Rick entrar no banheiro e colocar seus olhos sobre mim. - O que foi que aconteceu? Nathaniel saiu daqui transtornado e com – Ele se aproxima e olha para o papel que eu pressiono sobre o nariz. - Sangue. - Ele não vai ficar perto de Nathan, ele pode ficar com ele, com você perto, mas não vai ser mas que isso, Ellen deixou isso claro e não é ela em uma cama que as coisas vão mudar, a decisão dela vai ser respeitada, o quanto eu puder eu vou ajudar isso acontecer– Minha voz sai alta. - Avise isso para ele, porque se ele bater de frente comigo Rick, eu vou o derrubar de novo e eu não ligo pra isso, não ligo mesmo, uma hora não vai ser só uma briga. - William... - Ele pode ser o pai do garoto, mas não significa que eu não sou nada, aquele garoto significa algo pra mim e não vou abrir mão dele, como não vou abrir mão dela e de nada. Fui claro, Rick? - Ele balança a cabeça de forma frenética. - Eu vou levar ele para casa, vou fazer a minha parte e você a sua, mas, acima de tudo, não vou desfazer nada do que Ellen já falou para mim, se ela acordar tudo bem, até lá, as coisas vão ser do jeito que ela falou e eu vou estar aqui para que isso aconteça. Filho da p**a nenhum vai passar por cima de mim e nem dela. Fico calado. - Se limpe, Nathan está no quarto com a sua mãe, está te esperando para ir para casa, cuida dele e me mantenha informado – Rick se aproxima. - Eu trouxe as coisas dele e deixei com sua mãe, vou cobrir ela na revista, quando resolver tudo vemos o que faremos, certo? - Tudo bem – Eu puxo mais um pouco de papel e coloco sobre o nariz, voltando a encarar meu reflexo no espelho. - Ellen vai acordar rápido, eu sei disso. Na verdade, eu não sabia. AVISO - Mais um capítulo fresquinho (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo. Att, Amanda Oliveira, amo-te.
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