Capítulo 1

815 Words
Neg@o Ouço um barulho? p***a, quem tá me ligando? Vai continuar tocando. Vou terminar o meu banho. Sai da minha hidro, vestir o meu roupão. Caminhei até a minha cama, peguei o celular e vi que a última chamada era do meu braço direito. Retorno a ligação. — E aí, Vitinho? Qual é do bagulho? — Pergunto, me sentei. — Caraca que demora para atender, ein? Tô ligando a horas p***a! — Resmunga no outro lado da linha. — Fica na disciplina! Não atendi porque estava no banho. — Aviso, sacudir o cabelo que estava molhado. — Fala logo que tu quer? Espero que seja da encomenda que estou esperando? — Ok. É sobre essa parada mesmo. Deu tudo certo como o senhor disse. — p***a, claro que ia dar certo, rapa! Aqui não é só boniteza. — Levantei da minha cama, vou até o espelho lá no banheiro, me admirando. — Já que ocorreu tudo bem no bagulho, traz para eu ver. Ah, não esquece de trazer a minha grana e o caderno. Quero ver como anda as vendas. — O Vitinho ficou quieto. Não estou gostando disso. — Você me ouviu? — Sim… Vou fazer isso… — Pragueja,desliguei em seguida. Sai do banheiro, passo pela minha cama king size e fui até o meu closet. Quando estava terminando de me vestir alguém está batendo na porta, sai dali e fui até a porta, abri e era Juliana. — O que foi Juliana? — Estava de calça jeans, sem camisa. Ela olha para mim por um tempo, olhando o meu peitoral. Dou um leve sorriso de canto de boca. — Juliana? — Sim? — Fita o meu rosto e levanto a sobrancelha esperando ela me dizer algo. — Ah, sim… Senhor Vitor e outros rapazes chegaram e trouxeram umas caixas… — Aponta para sala de estar. — Obrigado. Vai lá e diz que já estou descendo e prepara um café, depois levá la. na sala. — Ordenei, ela sacudiu a cabeça em sinal que sim. Depois desceu as escadas, fechei a porta e fui para o meu closet para terminar de me vestir. *** Já na sala falo com os caras e vou até o Vitinho o cumprimento. — E aí cara. Cadê as belezinhas? — Pergunto, me afastando. Ele vai até a pilha de caixas que estavam no meio da minha sala estar, tira a tampa de uma delas. — Aqui está, chefia. — Disse, vou até sua direção. — p**a que pariu. — Pego um dos fuzil e começo a sorrir. Depois me virei com o fuzil, destravei e mirei no j**a. É dos moleques que trabalha pra mim. — Imagina o estrago que essa coisa linda pode fazer? — Para com isso chefia. Abaixa esse negócio aí? — Ergue o braço fazendo o gesto para baixar a arma. — Você é cagão mesmo. — Zombo ele. Jogo o fuzil pro Vitinho que põe de volta na caixa. — A arma está descarregada, seu babaca! — Rir, fui até o meu trono de ouro e com pedras de diamantes, com estofado vermelho. E me sentei, em seguida entra a Juliana, com a bandeja com o café e um bolo de cenoura com chocolate. Assim que ela coloca sobre a mesa de centro. Na mesma hora a molecada vai pra cima da mesa e pega as fatias do bolo. — EI? QUE p***a É ESSA? NÃO TEM MAIS EDUCAÇÃO, NÃO? — Grito e todos se afastam, com a boca cheia. — Foi m*l chefia… Mas a Ju faz uns bolos tão, tão gostosos que ficamos doidos. — Disse o Vitinho. Depois olho para minha empregada que sorri pelo elogio do Vitinho. Peço para Juliana sair, que volta para cozinha. Logo os moleques acabaram de comer. — Já alimentados, vamos para os negócios. Vitinho, passa pra cá a minha grana? — Ordenei, fazendo gesto com a mão para ele se aproximar. Ele afasta a bandeja e põe dinheiro ali na minha frente. Dou aquele sorriso largo, pego um dos bolos do dinheiro e começo a contar. Fico uns dez minutos contando, depois de pegar a minha parte, separo dos rapazes por partes iguais, porém, o do Vitinho dou mais. Ele é o meu braço direito. — Agora que todos estão com que me faz rir, não é mesmo? Vitinho, me passa o caderno? — Certo. Aqui está. — Coloca na mesa. Mas seu rosto está diferente. Parece preocupado? Dei de ombros, dou uma olhada no caderno. Hmm, parece que tivemos ótimas vendas. A cocaína e crack saíram bastante. Logo vejo o numero de dinheiro que está na minha frente e o que está anotado aqui, tem algo de errado. — QUE p***a É ESSA AQUI? — Dou um salto do meu trono, vou até o Vitinho com sangue nos olhos e com o caderno na mão. — PORQUE ESTÁ FALTANDO CINCO MIL AQUI, VITINHO?
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