Capítulo 04

1647 Words
Dois dias depois Késia estava na minha casa, ou melhor, no meu minúsculo apartamento alugado em um prédio nada luxuoso e me olhava com cara de quem não aceitaria qualquer desculpa. - Não estou entendendo Késia, porque essa paranoia de achar que eu estou estranha. - Porque você está estranha. Respirei fundo. - O que quer saber? Késia apoiou o mão no queixo pensativa. - Você já conhecia o Sr. Ruan, antes? - Claro que não Késia! - Hum... então porque ele agora te escolheu como a queridinha dele na empresa? - Não sou a queridinha dele! - É claro que é Melina! O homem fala com você o dia todo e agora não sai daquela redação! - Eu... ora, sei lá Késia. Ela pareceu meio triste e chateada. - Poxa Mel, pensei que fossemos amigas. Aquilo me deixou m*l. Realmente eu estava mentindo para minha melhor amiga por causa de uma transa sem importância. Me aproximei dela e abracei. - Desculpa Kel, mas é que... é uma situação inusitada. - Como assim? Abaixei a cabeça e mordi os lábios. - Eu... transei com o Sr Ruan.... Késia deixou-se  cair no sofá de olhos arregalados. - Transou!?... transou.. de t*****r mesmo!? Sentei no chão na frente dela. - Sim... passei a semana toda transando com ele. - Jesus! Como foi isso Melina? Contei para ela o episódio do elevador e todo o resto. - Minha nossa! Você é louca! - Pois é. Késia estava recomposta do susto e agora ria feito louca. - Transando com aquele Deus de ébano! Como você tá viva mulher? Eu deitei no chão mais descontraída e ri com ela. - Estou tentando, mas meu corpo parece que foi atropelado por um caminhão. - Por isso que a Daniele está implicando com você, ela sacou logo. Sentei olhando curiosa para Késia. - Eles namoram? - Namoravam. A Daniele o traiu com o advogado dele. - Nossa! - Eles estavam noivos e iam casar, mas daí ele pegou a noiva transando dentro do escritório do advogado dele e terminou com ela. - É, mas parece que ela não acha que terminaram não. - Lógico! Perdeu um homem lindo e rico. Eu olhei bem para Késia. - Você nunca quis pegar ele não? Ela soltou uma gargalhada. - Eu? Deus me livre, já cansei de te dizer que não gosto de homem. - Ah é? Esqueci que você queria me conquistar no início. - No início, mas já que você não me deu bola. - Não é que não dei bola, você é linda, mas eu gosto de homem, e agora então que peguei aquela coisa gostosa, amiga você não tem chances. - Aproveita amiga, não é todo dia que um homem daqueles cai de para quedas na sua cama. - Menina, e eu que era quase uma virgem encarar um negócio daquele, tá sendo difícil. Késia jogou a almofada em mim rindo. - Difícil o que sua safada! Você tá é gostando.                                   ***                                Viajei o fim de semana para a casa dos meus pais e apenas mandei uma mensagem para Ruan. Não queria ser m*l educada, afinal tínhamos ficado juntos todos os dias daquela semana, mas ao mesmo tempo não tinha intenção de dar satisfações da minha vida para ele. Assim na segunda feira cheguei ao trabalho calmamente e sentei em minha mesa. Mal tinha ligado o computador quando meu telefone interno tocou. Eu já conhecia aquele número. Atendi no décimo toque. - Bom dia Ruan. - Venha agora na minha sala! - Estou um pouco ocupada no momento - Pois eu ordeno que desocupe e venha aqui. Késia me olhava com a cara mais cínica do mundo. - Está bem... estou indo. Passei pela mesa de Késia tentando segurar o riso, mas ela não deixou barato. - Corre, vai lá tirar o atraso do homem. - Pára, Késia! - Sua sorte é que sou sua amiga e vou achar um jeito de cobrir essa fodeção toda. Soltei um beijo para ela. Encontrei-o sentado em sua mesa concentrado em alguns papeis e falando ao celular. Ele levantou e começou a andar pela sala esbravejando com alguém do outro lado da linha. Estava mais lindo do que nunca metido numa calça jeans e uma camisa amarela que fazia um lindo constaste com a pele n***a dele. Usava uma gravata preta e parecia meio nervoso. Desligou o telefone e voltou para trás da mesa me olhando de forma dura e fria. - Bom dia Melina. Onde estava o ruivinha? - Bom dia... Ruan... Ele arqueou uma sobrancelha. - Achei que fosse me chamar de Sr. Ruan Porque ele estava sério daquele jeito? - Porque me chamou? - Como foi seu fim de semana? Me remexi desconfortável na cadeira. - Foi ótimo. -Porque fugiu de mim? - Eu não fugir de você. - Ah não? me manda uma mensagem “estou indo viajar” e mais nada. Tirei os óculos e o encarei. - Queria que eu dissesse o que? - Poderia ter me ligado. - Porque eu ligaria para meu chefe para dizer que estou indo ver meus pais? Ele deu um sorriso sarcástico. - Porque não sou só seu chefe, sou o homem que passou a semana toda fodendo você. Levantei irritada - Dar pra parar de falar essa linguagem comigo? não quero que fale que estava fodendo comigo Ele levantou e chegou perto de mim segurando meu braço. - Deixe de ser criança, a gente estava fazendo o que se não foi trepando? A palavra é o que menos importa. Você foi no mínimo m*l educada. Puxei o braço da mão dele. - Afinal de contas, por que você tá desse jeito? não temos nenhum compromisso um com o outro. Ele me encarou por alguns minutos e então voltou a sentar. Pegou um papel e estendeu para mim. - Leia isso aqui e redija um texto de uma página. - Mas... - E quero para daqui a uma hora - Não terminamos de conversar.... Ele me olhou tão friamente que me calei. - Desculpe Ele olhou para o relógio e fez sinal para que eu saísse - O tempo está passando! Levantei e sai pisando firme sem olhar para trás. Késia estranhou que eu tivesse voltado tão rápido e se acercou da minha mesa. - E ai? - E ai o que? - Por que voltou com essa cara? - Você acredita que ele está zangado porque viajei sem ligar para ele? Késia soltou um gritinho chamando a atenção do colegas das mesas aos lado. - Pára, fala baixo! - O cara tá apaixonado por você. - Claro que não Késia - Claro que sim. - Sai daqui me deixa trabalhar, por que tenho que entregar um texto em uma hora. Enviei o texto via e-mail para ele e meia hora depois recebi de volta todo marcado em vermelho e a expressão “péssimo” em baixo. Engolindo minha raiva reescrevi com as anotações que ele tinha feito e de propósito imprimir a folha e fui eu mesma entregar a ele. Entrei calada e coloquei a folha na mesa bem em frente a ele e esperei. Ele leu em silêncio em seguida levantou os olhos para mim. Eu estava no meu limite com ele. - E agora? Está do seu agrado meu chefe? Falei irônica. Ele rasgou lentamente a folha ao meio me deixando boquiaberta. - Não, está horrível! Perdi a paciência. - Então faça você mesmo seu texto, estou farta da sua ignorância. Ele levantou e ficou em minha frente. - Não devia falar desse jeito com seu chefe. Arqueei uma sobrancelha rindo cinicamente. - Você não é apenas meu chefe, é o homem que passou a semana toda fodendo comigo. Aquilo fez ele soltar uma risadinha seca. - Melina, que inferno você está fazendo comigo? Cruzei os braços fazendo birra. - Eu? Que eu saiba é você que está todo zangadinho só porque viajei no fim de semana. Ele parecia um pouco mais descontraído. - Também não precisa se sentir tão importante assim, só queria ter passado o fim de semana com você. - E como eu ia adivinhar? Ele chegou mais perto e tocou meu rosto com a palma da mão aberta. - Vamos esquecer esse maldito fim de semana pode ser? O toque dele provocou ondas de calor em meu corpo inteiro. - Por favor, vamos focar no trabalho. Ele riu enquanto abaixava a cabeça roçando os lábios em meu pescoço, fazendo minhas pernas se tornarem moles como gelatina e eu me apoiar nele com as mãos em seu peito. - O texto estava ótimo, pode enviar de novo para meu e-mail? - Sim... Ele passou as mãos pela minha barriga e desceu segurando minha b***a e apertando de encontro a seu p*u duro e saliente através da calça jeans. - Depois do almoço temos uma reunião muito importante. - Onde? Ele lambeu meus lábios devagar e mordeu o lábio inferior chupando devagarinho. - Na minha casa. Fechei os olhos e respirei fundo, sentindo meu corpo inteiro  clamar  pelo contato com o dele. - Por que tem que ser na sua casa? Ele me olhou descaradamente. - Pode ser na sua também, contando que eu possa saciar minha fome de você. Ajeitei minha saia que ele tinha levantado e tossi nervosa. - E vamos dizer o que para sairmos assim no meio da tarde? - Eu não preciso dizer nada, eu sou o dono dessa empresa.  - Mas eu não. - Você vai trepar com o dono, então não diga nada. - Meu Deus! O que eu faço com você hein? Ele sentou na ponta da mesa sorrindo. - Você eu não sei, mas eu tenho um monte de coisas pra fazer com você. - Tchau, fiquei de almoçar com Késia. - Me encontre aqui às 15:00 em ponto e diga lá na redação que você não volta mais hoje.
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