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O Garoto Da Casa Da Frente

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Blurb

Nicolá é um jovem garoto de 17 anos que vive com os pais e os irmãos. O garoto possui ao todo sete irmãos, sendo que os dois mais velhos não mora com eles, e o jovem junto de sua irmã, Ketlyn, um ano mais velha que ele, ajuda a cuidar de seus irmãos mais novos, o que o fez amadurecer muito rápido.

Porém, certo dia, um garoto, Connor, se mudou com a família para a casa da frente de onde morava Nicolá, e aos poucos os dois garotos vão se aproximando, e por mais que Nicolá tente relutar de todas formas possíveis, os dois vão ficando cada vez mais amigos, até descobrirem novos sentimentos, mas será que Nicolá se entregará a esses sentimentos?

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A Grande Família
Oito meses. Esse era o tempo que faltava pra eu completar 18 anos e poder sair de casa. Sério, eu só queria ter um pouco de paz por pelo menos 5 minutos. E ainda tem gente que diz que queria ter família grande, algumas pessoas já me disseram ''cara, que sorte a sua, eu queria ter uma família assim'', e eu respondo ''que legal, onde eu assino para te doar a minha?'' Sério, como alguém pode gostar de família grande? É todo mundo brigando e se matando, a única parte que eu acho legal é as festas de fim de ano, geralmente fazemos amigos secreto no natal, e isso até que é bacana. Meus pais estão juntos há 25 anos, eles se conheceram na escola, primeiro amor um do outro, essa babaquice que a gente só vê em filmes, sabem? Aí, eles começaram a namorar ainda muito jovem, quase crianças, com apenas 14 anos, e com 15 a minha mãe engravidou do meu irmão mais velho, o Spike (sim, eu sei que parece nome de cachorro e acreditem, preferia mil vezes que ele fosse um), e com a gravidez da mamãe, os pais dela a obrigaram que ela fosse morar com meu pai, tipo ''ah, você já é grande pra ser mãe, então também é grande pra ser dona de casa'', e sem escolha, eles começaram a dividir a mesma casa, ah, e é por isso que a regra número 1 da minha casa para nós mais velhos é ''s**o apenas com c*******a'', mas apesar disso, eles se dão muito bem, e dá pra ver que se amam muito, quase não os vejo brigando, é bem raro. Quando meu irmão estava com 2 anos, o que aconteceu? Mamãe teve mais uma gestação. Dessa vez foi uma menina, a chata da Fanny, ou melhor, da Stefhany. Aí, mamãe gostou tanto dessa coisa de maternidade que três anos depois ela ganhou a Ketlyn, ah, até é normal ter uns três filhos, mas com certeza meus pais não sabem o que é ser normal, pois quando minha irmã estava com um ano eu nasci. Bom, com 4 filhos pequenos (nessa época Spike tinha por volta de uns 6 ou 7 anos), acho que os dois resolveram dar um time, mas se engana quem pensa que eles pararam por aí. Eu estava com uns 7 anos mais ou menos quando mamãe ganhou a pentelha da Anabel. É, acho que ela estava pensando seriamente em abrir uma escolinha, e metade dos alunos seriam seus filhos, isso explicaria tanta coisa. E p***a, meus pais não são velhos (embora as vezes eu os chame assim para provocá-los), acho que naquela época já existia p**********o. Ah, e ai, Nicolá? Eles pararam de fazer filhos depois da Anabel, né? Claro, ela foi a última. Mentira, não foi, não, mas poderiam ter parado nela, sério, eles definitivamente deveriam ter parado, pois já não bastando terem 5 filhos antes dos 30 anos, depois ainda vieram em dobro, um casal, a Lindsay e o Thomas, na moral, acho que foi Deus falando ''dá pra vocês pararem aí? Deixem um pouco para outras pessoas'', e eles escutaram? Claro que não. POR QUE RAIOS PAPAI NÃO FEZ UMA VASECTOMIA OU MAMÃE NÃO FEZ UMA LAQUEADURA? Sério, acho que vou pensar bastante antes de ter filhos, talvez um até vai, mas mais que isso, não, muito obrigado. Mas enfim… Depois veio a Kimberly, e finalmente foi a última, quer dizer… Por enquanto, né? Porque eu não duvido nada que daqui algum tempo meus pais não nos reúnam como sempre para dizerem ''parabéns, vocês terão mais um irmãozinho'', sério, tô achando que terei que ter uma conversa muito séria com eles sobre como evitar uma gravidez, se bem que uma vez eu escutei mamãe dizer para meu pai, que como adora criança queria ter sempre uma por casa, até hoje não sei se ela estava brincando ou não, mas eu realmente acredito que ela estava falando sério. Spike tem 23 anos e é o mais velho, o mais chato, o mais rabugento, o mais m*l humorado, o mais insuportável… Graças a Deus ele não mora com a gente, pois faz um ano e meio que ele começou a namorar uma garota e foi morar com ela. Lembro que no dia em que eles disseram que morariam juntos, eu agradeci tanto a ela por ter tirado a peste do meu irmão de casa, hoje em dia ele vem só pra nos irritar mesmo. Já Stephany tem 21 anos, ela não é tão insuportável, é um pouco mais tolerável, mas quando ela quer me irritar é campeã no assunto, temos uma diferença de 4 anos, costumávamos nos dar bem e brincar bastante, até ela entrar na puberdade e passar a me ver como ''pirralho''. Ah, ela também não mora com a gente, pois ganhou uma bolsa de estudos para uma universidade de outro estado, aí quando ela consegue vem nos visitar. Ketlyn tem 18 anos, dos meus irmãos mais velhos, é a única com quem eu tenho uma relação um pouco amigável, às vezes ela me enche o saco, mas geralmente convivemos numa boa. Em seguida vem eu, Nicolá, o mais bonito e legal da família. Bom, eu não sou o que se pode chamar de bom aluno, minhas notas não são nenhuma maravilha, mas eu tento. Ah, a escola é o lugar mais chato do mundo para mim, professores chatos, aulas chatas, colegas chatos, um verdadeiro saco. E em casa… Bom, eu como o irmão mais velho (depois da Ketlyn) sou praticamente o faz tudo, já que minha irmã quase nunca para em casa, por conta do vestibular, é eu que tenho que cuidar dos meus irmãos menores quando meus pais estão trabalhando, sou eu que tenho que fazer as compras da casa e ajudar nos serviços domésticos, e eu não reclamo, mas sei lá, gostaria que tivéssemos uma babá ou uma secretária do lar que pudesse nos ajudar, só que com tanta despesas que damos, infelizmente meus pais não tem como pagar uma empregada, e por enquanto, eu sigo sonhando com isso. Depois veio a Anabel, hoje ela está com 10 anos, é uma chatinha, mas eu amo essa pirralha, temos uma ótima relação, ela foi a minha primeira irmã depois de mim, então eu adorava poder ajudar meus pais a cuidar dela, até que era legal fazer isso sem ser obrigação. Quatros anos depois, vieram Lindsay e Thomas, hoje eles estão com 6 anos, e enquanto ela é um amor (exceto quando está com o gêmeo), ele já toca o terror, são quase opostos, a garota é mais calma e comportada, já ele é bem mais agitado e teimoso, as vezes me dá nos nervos. E a Kim, que é a caçulinha de 2 anos é um grude comigo, acho que ela me vê como um segundo pai, se deixar ela fica na minha volta 24h por dia, e eu não acho r**m, porque eu gosto disso, acho fofo. Volta e meia meus pais pedem pra eu cuidar dos menores, tenho que levar e às vezes também buscá-los da escola, dou banho (exceto em Anabel, que já é maior), arrumo eles e ainda troco a fralda da Kim, eu praticamente sou pai sem nem ter engravidado uma mina. (...) Era férias de verão, a temperatura beirava os 35°C, um calor imenso, ar condicionado ligado e eu suando. Eu estava mexendo em meu celular enquanto escutava música nos fones de ouvido, mesmo com a música alta conseguia escutar meus irmãos brigando, eram os gêmeos, que viviam entre tapas e beijos, apenas os ignorei e segui escutando música. - Filho, estou no banho e teu pai saiu, pode atender os teus irmãos, por favor? - Gritou mamãe, que estava no banheiro de sua suíte, que ficava ao lado do meu quarto. - Tá. - Gritei de volta. Dei uma leve bufada, joguei o celular com os fones de ouvidos em cima da cama e me dirigi até a sala, de onde vinha a discussão. - Dá pra calar a boca, aí! - Os dois me olharam em silêncio. - Você não falou a palavrinha mágica. - Disse Lindsey. - Por favor. - Dei um sorriso forçado. - Agora sim. - A menina sorriu e saiu, sendo seguida por Thomas. Fiquei tipo ''???'', os dois viviam brigando, mas também não se desgrudavam, sério, acho que eles discutiam pelo simples prazer de discutir, uma vez eu até perguntei o motivo da briga, e nenhum dos dois soube me responder, já haviam até esquecido. Crianças, quem consegue entendê-las? Olhei para os dois, que já estavam brincando como se nada tivesse acontecido. Assim que Ketlyn surgiu falando no telefone sobre alguma festa chata, eu fugi para meu quarto antes que ela começasse a me pedir dicas de moda, será que tenho cara de estilista ou algo parecido? Eu m*l sei combinar uma bermuda com uma camisa, pego as primeiras peças limpas que eu vejo. Fui para meu quarto e me deitei novamente em minha cama, porém, de onde eu estava vi a casa que ficava na frente da minha, ela havia desocupado há cerca de três meses, quando a minha ex namorada (até então, atual) se mudou para a Bélgica, porque seu pai havia sido transferido de empresa e tal, ah, d***a, sentia tanta falta daquela garota, namoramos por um ano e meio, eu gostava tanto dela. - Filho, me faz um favor? - Perguntou mamãe ao entrar em meu quarto enquanto secava seus cabelos úmidos do banho. - Qual, é? Não bate mais? Eu podia estar pelado, sabia? - Como se eu nunca tivesse te visto pelado. - Revirou os olhos. - Quando eu era criança, acredite, ele cresceu bastante. - Cala boca, seu nojento. - Jogou a toalha em mim. - Manda, o que tenho que fazer agora? - Leva o lixo pra fora. - Olhei sério pra ela. - Por favor, eu acabei de sair do banho, e se eu for lá fora agora… - Pode pegar uma pontada e morrer. - A interrompi cortando seu drama diário. - Pode deixar. Me levantei da cama e ela logo veio me abraçar. - Você é o melhor! - Eu sei, sou teu filho preferido! - Brinquei. - Claro que é, depois da Kim, e dos gêmeos, e da Anabel, e… - MÃE! - Tô brincando, eu amo todos vocês iguais. Agora anda, vá logo. - Deu com a toalha na minha b***a. Peguei todo o lixo e levei até a lixeira da rua, que ficava na frente da minha casa. Notei quando um caminhão se aproximou, parando em frente à casa que antes morava a minha ex namorada. Torci para ser ela, mas não era. Se tratava de uma família, um casal com cerca de 40 anos, um garoto que não devia ter mais de nove ou dez anos e outro garoto, acho que ele tinha a minha idade. Fiquei parado vendo-os, mas ninguém me viu, até que o garoto mais velho olhou na minha direção, e então pude ver seu rosto nitidamente, ele tinha cabelo castanho claro e meio encaracolado, não era curto, mas também não era comprido, e tinha uma franja que ia até a sobrancelha, o que o tornava meio fofo, e seus olhos eram castanhos. Fiquei olhando-o totalmente imóvel, percebi quando uma mulher (acho que sua mãe) o chamou, e ele se retirou a seguindo, e eu continuei ali, sem conseguir me mexer.

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