JÚLIA FERNANDES
Acordo com o coração acelerado.
Hoje é o dia.
O dia em que vou descobrir se carrego dentro de mim um menininho ou uma menininha.
Levanto com calma, vou ao banheiro e faço minha higiene matinal, tentando me concentrar no agora e não no que poderia ser… se ele estivesse aqui.
— Jade, vamos! Tá quase na hora da clínica! — chamo da porta do quarto.
— Oiê… hum... — ela resmunga, enterrada no travesseiro.
— Acorda, mulher, ou vamos nos atrasar.
— Tá, tá, jujuba... — resmunga mais uma vez, mas se levanta meio zumbi e segue pro banho.
Não demora muito e já estamos prontas. Saímos da pousada e damos de cara com Heitor na recepção. Confesso que esperava encontrar a dona Luzia.
— Bom dia, meninas. — diz ele, sorrindo daquele jeito simpático.
— Bom dia, Heitor. — respondemos
