Júlia Fernández Acordei com o coração pesado e os olhos inchados. O relógio já marcava mais de nove da manhã. O calmante que a Jade me deu foi potente. Me apagou. Mas não tirou o terror da minha alma. Levantei lentamente, sentindo o corpo cansado, como se tivesse lutado contra uma tempestade inteira. Fui direto para o banheiro, e quando tirei a camisa emprestada da Jade… Meu mundo parou. O hematoma roxo no meu braço me encarou como um lembrete c***l de que ele realmente esteve ali. Ricardo. O pesadelo que voltou para me assombrar. Meu corpo estremeceu com a lembrança do seu toque violento. Senti nojo. Nojo dele. Nojo do passado. Nojo de mim mesma por ainda estar com medo. Entrei debaixo do chuveiro e deixei a água quente escorrer pelo meu corpo, como se pudesse lavar tudo. Mas t

