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Dilemma

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intro-logo
Blurb

Charlotte e Louise são melhores amigas desde o cursinho preparatório, que fizeram para ingressar na universidade em Paris. Elas compartilhavam de muitas coisas, até mesmo o crush em Pierre Renaud, o aluno mais inteligente e bonito da sala.

Agora, com cada uma estudando o seu curso dos sonhos, Lou, inesperadamente, esbarrou com a oportunidade perfeita, ao vê-lo no bloco A, o mais longe do campus inteiro. Bastou uma ideia maluca de Lottie para que ambas ingressassem na aventura de conquistá-lo.

Porém, não desconfiavam dos reais sentimentos que sentiam uma pela outra.

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That's your wish?
O dia amanheceu ensolarado naquela manhã de quarta-feira de junho em Paris. Perfeito para aproveitar uma boa caminhada e, quem sabe, uma deliciosa bomba de chocolate que vendia na maravilhosa padaria em frente ao parque. No entanto, infelizmente, Charlotte tinha que terminar o pior artigo sobre como montar um bom trabalho até meia noite. Sua mania de deixar tudo para o último segundo continuava firme e forte. — Argh! Como odeio essa professora que insiste em dar esses trabalhos que ninguém gosta de fazer. — Não tem um mês que ela passou isso? — Tais-toi, Louise! — resmungou a morena, revirando os olhos para a amiga. — Você devia estar do meu lado. — E eu ‘tô, Lottie — disse a ruiva, rindo antes de ser acertada por uma almofada. — A culpa não é minha se a espertinha aqui decidi- Ai! Uma foi o suficiente, okay? — reclamou ao recepcionar o travesseiro com o rosto. — Teria sido se a bonitinha tivesse se calado na primeira vez. A amiga deu de ombros, voltando a procurar uma roupa aceitável para buscar algo para comer. Elas tinham combinado de ir ao mercado há dois e, ainda assim, não foram. Agora, com a morena presa em sua tortura particular, a Fontaine iria para a sua. — Quer alguma coisa? — O de sempre! — gritou, com um nível dramático altíssimo em seu tom de voz ao que via a ruiva fechando a porta com cara de tédio. — Eu quem deveria estar com esse mau humor todo, não é, biche? Charlotte Roux tocou gentilmente o nariz do do abacate de pelúcia que ficava no cantinho da sua mesa de estudos, sorrindo docemente para ele. Ela sabia que não fazia o menor sentido chamá-lo de veado, mas era algo que a morena e Lou se chamavam desde que se conheceram, além de ser comum onde viviam, tinha uma conotação carinhosa. Lottie nunca entenderia os franceses e sua linguagem como conhecia o inglês, já que era americana, vindo morar em Paris quando adolescente. No entanto, não odiava onde estava, porque foi muito bem recebida — jamais admitiria que amava a França mais do que qualquer outro lugar. — Argh, que trabalho inútil! — reclamou, bagunçando o cabelo antes de meter a cara no computador, digitando sem parar. A aventura de fazer compras foi muito mais prazerosa do que Louise imaginou que seria. Claro que era apenas a janta de hoje, mas a ruiva aproveitou para pegar o essencial que não podia esperar mais nenhum dia e o que encontrou a fez mudar de ideia rapidinho — o estabelecimento vazio. Seria sorte? Nada melhor do que não ter filas enormes para perder tempo e paciência. Então quando chegou no dormitório, uma hora e meia depois, com as mãos marcadas das inúmeras sacolas, pedindo ajuda para Lottie, que cochilava em cima da sua mesa, percebeu que tinha passado dos limites. Era de conhecimento de ambas que Lou era impulsiva ao sair para comprar — o que quer que fosse. — Me ajuda, dorminhoca! — pediu novamente, tentando se desenrolar. Demorou uns cinco segundos para assimilar o que acontecia, levantando aos tropeços até a porta de entrada. A morena segurou as palavras de repreensão para a amiga para quando terminassem de arrumar tudo. Tinha muito mais do que realmente precisavam ali naquela bagunça de comida e Lottie sabia que a ruiva não tinha feito por m*l. — Pode guardar a bronca para você, sei muito bem o qu- — Nós combinamos de ir juntas — rebateu, um pouco chateada. — Estava vazio — sussurrou, os olhinhos brilhando. Elas se encararam fixamente, Lou se aproximando aos poucos de uma sacola específica para pegar um pequeno pote de sorvete de torta de limão, com pedaços de biscoito — o favorito dela. Assim que o ergueu, Lottie tentou manter ao máximo o ar bravo para não parecer tão vendida com aquele pedido de desculpas. — Tem mais três — cantarolou, fazendo uma dancinha boba. — Você não pode me comprar com as minhas comidas preferidas sempre que faz algo errado. — Pensei em te ajudar no artigo também, mas sei que você recusaria, certo? — Monstro — declarou, pegando o pote da mão da ruiva e saindo da pequena cozinha. Louise gargalhou, apoiando-se na bancada da pia antes de pegar seu cookie, seguindo a amiga para ajudá-la. Era sábado. O dia de descanso que nem todos os franceses tinham para aproveitar como queriam. Louise Fontaine estava nesse grupo naquele momento. Ela sabia que escolher ser a representante de turma lhe traria desvantagens no futuro, contudo, não imaginou que fosse ser tão cedo. A professora de estrutura capilar pediu que buscasse a lista dos produtos da próxima aula com o coordenador geral do curso de estética e cosmética logo cedo, para a entregar meio-dia, quase cinco horas dali. Se ela iria passar na universidade para buscar, porque já não fazia tudo sozinha? Sua resposta era que o senhor Félix iria embora antes que ela chegasse. Sem ter outra alternativa, acordou com o sol, saindo como uma zumbi pelo campus até o último bloco, o mais longe, onde ficava o escritório do coordenador. Tinha poucas almas circulando por ali, provavelmente estariam em aula — nem todo mundo era abençoado com o sábado livre. No entanto, Louise achou que era o destino lhe dando a oportunidade de ouro que precisava — seu crush do cursinho estava bem ali, na sua frente. Ele era o mais inteligente da turma, óbvio que passaria de primeira, mas vê-lo novamente depois de meses sem contato foi recompensador por todo o estresse que teria até voltar para casa. Pierre Renaud parecia mais bonito do que se lembrava. Observá-lo andando tranquilamente com dois livros embaixo do braço devia ser gravado para o mundo inteiro apreciar toda sua elegância. Por meio segundo a ruiva cogitou pegar o celular para tirar ao menos uma foto, no entanto, o bom senso chegou bem a tempo de impedi-la. E antes que parecesse uma sonsa parada no meio do corredor, voltou a caminhar para o seu destino ou o coordenador iria embora sem que pegasse o que precisava. — Louise? — ele perguntou quando passou ao seu lado. — Sim? — Ela levantou a cabeça, perdendo-se nas palavras. — Pierre? — Quanto tempo — disse o moreno, sorrindo para a antiga colega de turma. — Que bom te ver aqui! A Fontaine não emitiu som algum, corando pelo o que ouviu. Contudo, assentiu desajeitadamente. — É bom saber que passou. — Você também, seria estranho se não tivesse. — Ele riu, negando com a cabeça. — E Charlotte? — Sim, moramos no mesmo dormitório, inclusive. — Divertido — ele disse, ambos sabiam que a morena era um tanto bagunceira e cheia de piadas para tudo. — Olha, não tenho do que reclamar. Lottie tem sido bem comportada até — confessou. — Acho que minha mania por organização a assustou. Eles riram, sabendo que a ruiva podia ser bem rígida com suas coisas e um tanto mandona. Pierre teve um pouco de rotina com elas, conhecendo-as mais do que qualquer outra pessoa do cursinho, arriscando a nomear uma amizade entres os três. O moreno nunca foi de fazer amigos com facilidade, era mais introvertido e, sendo sincero, sem paciência de conhecer os outros. No entanto, com as duas, aconteceu naturalmente. — Tenho certeza que é tranquilo — afirmou, pensando se contava o problema que teve com o seu próprio colega de quarto. — Acabei de perder o meu, acho que o assustei. — Claro que não! Quem não gostaria de dividir o dormitório contigo? Bom, ele que perde! — Lou se atrapalhou nas frases, querendo consolá-lo, mas sem saber como. — Prefiro assim, ter o espaço só para mim é muito melhor que ter que lidar com alguém que não conheço. — Tem isso também. Eles se encararam, sem ter o que dizer. O moreno deu de ombros, mostrando que não se importava tanto com isso. Ser sozinho era algo que ele conseguia lidar muito bem, o que contrário que o assustava. — Preciso ir agora ou chegarei atrasado — desculpou-se com o olhar, apontando para o final do corredor. — Vamos combinar de tomar um café depois, nós três. — Oh, claro! — Manda um oi para a Charlotte. Até depois. Louise ainda ficou ali parada, acenando como uma boba — mesmo depois dele ter entrado na sala de aula. Ao contrário da melhor amiga, Lottie aproveitou o sagrado sábado para dormir até tarde, acordando apenas meia hora antes da ruiva chegar toda eufórica no dormitório. Aquele artigo tinha lhe tirado a paz e a professora, não satisfeita, pediu outro para entregar em quinze dias. Com a promessa de que não deixaria para o último dia, ela se programou para começar na segunda, assim faria um pouco a cada dia, já que tinha outras matérias para estudar, com outros trabalhos também — porém, focado no curso. No final de semana, se daria o luxo de não fazer nada. Depois de curtir a preguiça na cama, decidiu tomar um café — ainda que fosse horário de almoço, não podia perder a refeição mais importante do dia. Lottie comia tranquilamente seu pão doce quando Louise chegou esbaforida. — Adivinha quem encontrei hoje lá no bloco A. — Uau, Charlotte, bom dia — ironizou a morena, mordendo pacificamente a massa que segurava com uma mão, o celular na outra. — Dormiu bem? Claro e você? A gente se sente tão querida. — Só tenta, ma biche. A morena terminou seu café lentamente, testando a paciência da amiga, que revirou os olhos, sentando-se ao seu lado no pequeno que tinham na sala. — O que eu ganho se acertar? — Louise pensou, dando de ombros logo depois. — Você tem três chances e te concedo um desejo. — Uau, nem sei o que fazer com esse poder todo — Lottie riu malignamente. — Tenho certeza de que não vai acertar. — Credo, Lou, amo quando acredita em mim — dramatizou. — Anda logo. — Com você pedindo com tanto carinho assim... Bom, Chloé? — A ruiva riu e negou com a cabeça. — Okay, me deixa pensar. Philip? — Eu devia ter apostado dinheiro, ia ficar rica. — Dica, por favor — pediu, olhando-a seriamente. — É impossível assim do nada, a universidade é muito grande. — Estudou com a gente — disse, mordendo o lábio inferior com os dentes. — Se você errar vai ter fazer o que eu pedir. — Bom, só estudamos juntas no cursinho... — Louise conseguia ver as engrenagens do cérebro da amiga girando ao pensar, mais um pouco e sairia fumaça. — Não acredito! Os olhos azuis da Roux se arregalaram, uma mistura de sentimentos lutando para serem expressas de uma vez. Ela levantou em um pulo para se jogar no colo da ruiva, que gargalhava da reação da outra. Era mais ou menos assim que Lou teria feito se tivesse como. — Mon Dieu, Louise! Sério? — a Fontaine confirmou, abraçando a amiga. — Ele continua lindo e cheiroso? — Muito mais do que antes, Lottie. Quase morri no meio do corredor. — Não estou acreditando ainda — confessou, a expressão perdida no rosto. — Se você estiver brincando comigo eu juro que faço as suas noites insuportáveis com as músicas que você odeia. — Isso é uma ameaça? — A pior delas. — Charlotte colocou sua melhor careta de maníaca, querendo que a ruiva acreditasse. No entanto, ambas sabiam que nada disso aconteceria. A morena podia tentar ser má como dizia, mas, na verdade, era o ser mais doce e gentil que Louise conhecia. Seu lado irônico e divertido assustava a maioria das pessoas no início, contudo, bastava conhecer seu lado amoroso que todos caíam aos seus pés. — Tive uma ideia maluca, quer ouvir? — a Roux sussurrou. Elas estavam tão próximas que falar mais alto era desnecessário. — Vou me arrepender em algum momento? — questionou a ruiva, afrouxando o aperto ao redor da cintura fina da amiga, que, primeiro, negou, assentindo positivamente logo depois, mas negando novamente. — Isso já diz tudo. — Qual é, ma biche! Acha que te proporia algo que te fizesse m*l? — O olhar que recebeu como resposta a fez bufar. — Você é muito rancorosa, credo. Quantas vezes tenho que te dizer que eu não sabia que aquela bicicleta tinha dono? — Ela era totalmente diferente das do aplicat- Quer saber? Diz logo antes que eu desista! — Dessa vez é diferente, juro! — Desembucha. — Olha quem está sendo mandona — apontou Lottie. Desde que conseguiram dividir o dormitório, alguns combinados foram feitos. Entre eles estava o controle que a ruiva tentava impor e o lado bagunceiro que a morena tinha. Tudo para ter uma rotina pacífica. — Você está pesada, ma biche e isso não foi uma ordem. — Okay, okay. — Com toda a maturidade que a Roux não tinha, ela deu língua para a melhor amiga, respirando fundo antes de contar. — O que acha se fizermos um desafio para conquistar o crush supremo? — Tem razão, é uma ideia maluca. — Qual é? Uma de nós pode ser a namorada daquele deus francês. Vai dizer que não quer isso? Ele tem que se interessar por alguém e prefiro que seja você. No tempo de cursinho ao se conhecerem, admirar Pierre foi apenas mais uma coisa em comum que descobriram ter. A amizade que cultivavam era tão saudável ao ponto de se apoiarem a ter um relacionamento mais que somente amigos por aquele que gostavam. — Como funcionaria? Não estou confirmando minha presença na sua proposta ainda, só quero saber se é uma enrascada. — Seria bom ter um pouco de confiança em mim — reclamou a morena, apertando as bochechas da outra. — Você não pensou em tudo, né? — Claro que n- Só sei que teríamos que conquistá-lo com desafios e quem ele escolher no final, vence. Elas se fitaram, Louise pesando os prós e contras sobre tudo aquilo. Estavam tão focadas nos olhos que os corpos tão colados, as peles em contato emanavam um certo calor, se espalhando até chegar em seus corações. Caso tivessem um segundo para analisar essa reação, diriam que era o efeito do moreno, a ansiedade e esperança de terem algo a mais com ele. — Sinto que não tenho muita escolha, certo? — Lottie sorriu sapeca, brincando com o cabelo da ruiva. — Vai mesmo desperdiçar seu desejo com isso? — Chamo de investimento. — Quem é o monstro agora? Charlotte gargalhou, terminando de fazer um penteado bobo nos fios naturais da amiga e presenteando-a com um beijinho carinhoso na testa dela, que a abraçou apertado mais uma vez. Era impossível que Louise ficasse brava ou ressentida com a morena quando ela mostrava tanta afeição por si. O assunto do desafio não mais mencionado naquele dia, no entanto, no domingo cedo, a Roux trouxe uma pontos importantes do que realmente seria. Era uma ideia inocente e saudável, elas jamais brigariam por um homem ao ponto de acabar com a amizade que tinham entre elas ou com Pierre. A dupla então sentou à mesa de centro da sala para decidirem o que fariam, regras e tudo mais após o almoço. Como não tinham nada urgente para entregar, o dia foi exclusivo para isso. Colocaram  um filme meloso qualquer — que não prestariam atenção e que fosse como uma trilha sonora que não atrapalhasse. As regras eram básicas: uma semana para completar cada desafio, caso não dê, perdeu; contar para Pierre sobre o desafio, perguntando se ele aceita participar; ninguém além dos três deve saber sobre; não pode ficar sem falar com a outra, independente de quem ganhar. Amizade acima de tudo! Combinaram que o crush devia estar ciente do que queriam, cabendo a ele decidir continuar com a proposta ou não, afinal, ele precisaria ficar confortável para ter um encontro e até namorar. Havia tantos filmes mostrando como fazer esse tipo de coisa, sem a outra parte saber que estava sendo usada, dava muito r**m — geralmente mostram o final feliz, mas nem sempre era a realidade. Os desafios foram mais difíceis de entrar em consenso, não querendo que fosse algo muito extremo ou infantil. Eram jovens adultos, podendo ter uma liberdade maior no que fariam. Ficou decidido então: conversar com ele; tirar uma foto juntos; fazer um lanche para entregar; jogar videogame ou um esporte; dar um presente diy; ir ao cinema; convidar para o bar perto da universidade; ir ao karaokê; dançar juntos e chamar para um encontro. Essa parte ele não ficaria sabendo de antemão, sendo surpresa. Acordaram também, que falariam no dia em que saíssem com Pierre, que sugeriu no sábado quando se encontrou com Louise, no corredor do bloco mais distante do campus, em sua maratona de entregar a bendita lista para sua professora. Agora era só esperar, guardando a ansiedade bem no fundo de suas mentes para o primeiro grande desafio de todos: propor a ideia maluca. Para a sorte das amigas, não demorou tanto quanto temiam. A Fontaine, muito animada e sem reação, quando o reencontrou, esqueceu de pegar o número dele, todavia, o destino estava mesmo a favor delas, juntando os caminhos mais uma vez. Na quarta-feira chuvosa daquela semana, o trio se esbarrou na gráfica da universidade acidentalmente. Charlotte precisa xerocar algumas páginas de dois livros que o professor passou para estudar para um pequeno teste que teriam na semana que vem, alegando ser um aquecimento para as finais. Louise apenas a acompanhava, pois iriam almoçar em seguida e o moreno precisava imprimir um trabalho para entregar. — Eles acham que somos o que? Qual a dificuldade de fazer somente a prova que precisamos de nota? — Lottie choramingava para a ruiva, que concordava silenciosamente. Tirando a loucura da professora de estrutura capilar, não tinha o que reclamar. — Acho que vai ser bom pra treinar e não errar f**o na final. — Você nunca fica do meu lado. Que tipo de amiga é você? — A que coloca juízo nessa cabecinha oca — disse a ruiva, batendo de leve na testa dela. — Pode não parecer, mas tenho mais a senhorita. Louise riu, empurrando o ombro da morena com o próprio. A Roux iria lamentar um pouco mais quando sua expressão mudou, os olhos arregalados e o dedo apontando timidamente para trás. A ruiva se virou, querendo saber o que tinha acontecido, a pressão quase caindo. — Olá, meninas — saudou o Renaud, o sorriso iluminando seus olhos. — Quanto tempo! — Pierre! — ambas disseram juntas, Lottie corando pela aproximação. — Queria aproveitar que estamos aqui e convidá-las para almoçar. O que acham? — Seria ótimo, eu só tive tempo de comer uma banana hoje — confessou a morena e para confirmar o que dizia, sua barriga se pronunciou também. — Pardon. Ela só não ficou mais vermelha porque não tinha como, no entanto, sentiu seu rosto aquecer até as orelhas. Já Louise confirmou com a cabeça, morrendo de medo do seu órgão começar a interagir com o que fosse falar. — Perfeito! — comemorou, o sorriso sempre ali. — Iremos assim que terminarmos aqui. Mais tarde fica impossível de ser atendido. Estar na presença do Pierre foi mais tranquilo do que imaginaram. Com elas, suas amigas, ele se soltava bastante — conseguindo ser quem era de verdade. Conversaram desde a espera na pequena fila da gráfica até seus pratos chegarem. Decidiram por comer em uma lanchonete ali perto, teriam aula em seguida e se distanciar do campus estava fora de cogitação. Cada um pediu um milkshake e uma baguete recheada. Charlotte e Louise, através de olhares, acordaram em abordá-lo um pouco antes de voltarem, para não estragarem o almoço. A esperança era que ele concordasse com o desafio, mas tinha a possibilidade disso não acontecer, então, aproveitariam ao máximo. — Estou muito feliz de reencontrá-las, ter dois rostos conhecidos deixa a experiência de estudante universitário menos assustadora — ele disse, terminando a sua bebida de baunilha. — Com certeza, seria ótimo estarmos no mesmo curso — Lou murmurou, desejando que fosse verdade. A nostalgia de quando se viam de segunda à sábado. — Concordo, ainda não me enturmei com meus colegas de turma. — Conte com a gente, Pierre — Lottie disse, lutando com a vontade de segurar a mão dele para passar um pouco de conforto. — Obrigado! Isso ajuda bastante O silêncio reinou pela primeira vez, cada um preso em seus pensamentos. As meninas trocaram um olhar, decidindo que aquele era o momento certo. Como se tivessem treinado antes, ambas respiraram fundo e o fitaram ao mesmo tempo. — Temos uma proposta a te fazer — Charlotte anunciou, seriamente. — Pedimos que nos escute primeiro e depois pode dizer o que achou. Pierre trocou sua atenção de uma para a outra, apreensivo, esperando que começassem. Não tinha certeza que era algo r**m, contudo, sentia-se tranquilo. — Não sei se notou, mas nós temos um crush bem grande você desde o cursinho — Louise continuou enquanto o moreno corou de leve. — E como somos todos amigos aqui, pensamos em um desafio saudável onde iremos realizar algumas atividades juntos para conquistá-lo e no final, um encontro de verdade. — Quem ganhar, terá a chance de tentar ter algo a mais contigo. — Mas tudo isso se você concordar em participar — Lottie finalizou, coçando a nuca. — Claro que se não quiser, está tudo bem também. O silêncio voltou e, dessa vez, um pouco constrangedor para as meninas. A ansiedade e medo as corroíam por dentro, já que a expectativa era ele aceitar e poderem fazer todos os desafios planejados. Um filme de romance brega rodava sem parar em suas mentes. O Pierre ficou sem palavras. Ele não sabia que elas gostavam dele, não prestava atenção nessas coisas — sentimentos. Era esperado que com vinte e seis anos tivesse experiências com relacionamentos e tinha, poucas, mas o suficiente para lidar com essa situação. Se dissesse que não estava tentado a tentar todas essas atividades com as amigas, estaria mentindo — ainda mais porque gostava de cada uma. Sem contar que não queria desapontá-las, o máximo que poderia acontecer era conhecê-las um pouco mais do que antes. — Eu topo.

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