Lari apanhava sol, nas espreguiçadeiras perto da piscina, há
imenso tempo que não sabia o que era estar assim, ferias,
nada que fazer, sem qualquer obrigação, era estranho para
ela. Não ia a praia fazia tanto tempo que se esquecia o tom
lindíssimo achocolatado, depois de um pouco de sol. Sentia-
se num sítio muito extravagante. Ela não entendia como
Jason teria dinheiro para toda a vida de luxo que al começava
a ver que ele tinha, muitíssimo acima da media, ele não era
exibicionista, nele só se via que ele tinha mais capacidade
financeira, pelos fatos feitos a medida, os carros e claro os
relógio caríssimos que ele amava. Quem soubesse das
casas, iria desconfiar, tal como ela. Ela desviava os
pensamentos, sabia que o queria, ele fazia sentir-se a melhor
pessoa do mundo, só isso lhe importava naquele momento.
Para ela o problema seria Kora, ela não queria ser amante
dele, queria ser a única, sendo mesmo o que ele desejasse.
Lari senta-se sozinha, lembrava-se de Joanna, a sua melhor
amiga, Anthony tinha lutado muito para afastá-las, e não que
tivesse conseguido totalmente, passou a ser raro se verem,
porque ele ameaçava Lari, ou apenas não a deixava ir, muitas
vezes trancando a em casa. Ela ligou a Jason, queria saber se ele concordava com a sua amiga la passar uns dias consigo.
O telemóvel tocou duas vezes a terceira m*l tocava e fora
rejeitada. Alguém ali poderia ajudá-la com certeza.
Ela foi até a cozinha, procurar Emile, ia lhe questionar como
fazer para puder ir buscar a sua amiga. Ela entrou na cozinha,
nunca tinha visto um sitio tao limpo, tao claro, moveis
brancos estendiam se ma ampla parede ao fundo da divisão,
pedra marmorizada de preto e branco, os puxadores das
portas e gavetas todos eles imitavam o padrão marmorizado,
tal como a ilha no centro da cozinha, ema mesa enorme
branca e cadeiras decoradas com aquele mesmo mármore,
faziam uma sintonia calmante a vista. O candeeiro acima da
ilha era algo realmente único, talheres grandes e pequenos,
tachos panelas e ate frigideiras pintados de dourado caiam
do teto, onde se viam sai lâmpadas de alguns dos objetos
pendentes. Emile que estava de volta do enorme fogão, não
deu pela sua entrada, a apreciar a sua cozinha lindíssima. O
cheiro da refeição a ser confecionada fê-la sentir-se
aconchegada.
-Menina Bellagio! Que susto minha filha! - Emile nas sua
bochechas rosadas sorriu-lhe.
-Perdão Emile. não queria assustar a senhora. - ela
desculpou-se.
- Precisa de alguma coisa querida?
-Preciso… eu precisava de saber se existia algum problema,
se eu quisesse ir buscar a minha amiga, para puder ter uma
companhia por alguns dias, eu faço anos amanhã e ainda
queria menos estar sozinha, temo que Jason não se recorde,
que não possa estar comigo…
minha filha as ordens de Dom Jason são que façamos toda e
qualquer coisa que a menina necessite, logo não vejo
qualquer problema em trazer a sua amiga para não se sentir
sozinha. Principalmente sendo o seu aniversario amanhã.
Fale com Enzo, ele esta na portaria, ele é chefe da segurança,
ele trata de tudo o que necessita para trazer a moça.
-Obrigada, Emile! Sabe… a senhora faz-me lembrar bastante
da mãe do meu pai… ela era uma senhora incrível,
memorável, cozinhava maravilhosamente bem.
- deveria ser com certeza uma boa avo, as memorias são a
melhor coisa, para alimentar a saudade. E os seus pais minha
filha?
- pais… sinceramente só tive uma mãe meio presente ate aos
meus dezassete anos… o meu pai era a pior pessoa que eu
tinha conhecido, ate conhecer o meu ex-marido…
- a serio querida? Não tem sido fácil então…
-Não Emile… não foi fácil até agora, até Jason me tirar das
garras do demónio…
-Ele é a pessoa mais maravilhosa que conheci, sabe eu
também fui salva por ele, tao novo, e cheio de autoridade e
poder, um dos tios dele mantinha me fechada numa casa,
explorava-me, tratava-me m*l, até que o menino, fez nos uma
visita, quando ele percebeu o que estava a acontecer, ele
tirou-me daquele inferno. Ninguém o impediu, ele nasceu
para ser m líder, dos melhores! Desde esse dia, acompanho-
o, onde ele precisar de mim, estarei. – Os olhos de Emile
mostravam a sua gratidão a Jason e as suas atitudes. Lari
sentiu apreço por ele, sentiu-se agradecida por ter aquele
homem na sua vida. – Bem minha filha, va la falar com Enzo, antes que fique mais tarde, eu farei um bolinho para amanha
celebramos o seu dia.
-Oh… Emile, não precisa de se dar a esse trabalho, não
celebro o meu aniversario á vários anos.
-Nem pense numa coisa dessas! Na casa dos Positano
sempre temos de ter um bolo de aniversario, somos bons
italianos minha filha, habitue-se.- ela segurou o seu queixo,-
vale apena se habituar… ele é puro, vai trata-la sempre bem.-
Lari beijou a sua bochecha, saiu em direção ao anexo da
portaria, na parte da frente da casa, so ai ela reparou na
quantidade de seguranças que haviam naquele espaço.
Seriam a volta de sete espalhados, mais Enzo. “Para que é
que Jason precisa de tantos seguranças? Numa casa onde
supostamente, não vem ninguém, não e sequer do
conhecimento de Kora… um escape? Mas um escape lá
precisa de seguranças?” era confuso para ela, de facto.
Tentou-se abstrair. Na portaria estava um rapaz, sentado à
secretaria, a sua frente, o ecrã do computador estava repleto
de imagens das camaras de segurança de dentro e fora da
casa. Ele era muito bonito, olhos azuis, loiro cabelo comprido
feito num coque, barba farta, muito bem tratada, excelente
físico.
-Boa tarde, menina Bellagio. Precisa de alguma coisa? - ele
alarmou-se quando a viu.
-Boa tarde, Enzo, sim, preciso, preciso de ir a Lisboa, buscar
uma amiga para passar aqui uns dias comigo… queria saber
se haveria algum problema?
Não há qualquer problema Menina, eu mesmo irei consigo
buscá-la. - Enzo era simpático, ela percebeu que na ausência
de Jason, ele com certeza seria o que mandava.
-Ok, agradeço imenso, vou ao quarto rapidamente e saímos
num instante. - Lari correu, queria só apanhar a sua bolsa.
Quando chegavam a Lisboa, Jason ligava para ela.
-Jason!
“ola minha pequena! Perdoa-me, não conseguia atender a
chamada, como estas?”
-Estou bem, a chegar a Lisboa.
“Lisboa???”
-Sim, liguei-te porque queria saber se não te incomodava eu ir
buscar a minha amiga Joanna, para não me sentir sozinha,
por uns dias… como não atendeste falei com Emile e depois
com Enzo, ninguém colocou objeções. Não ficas chateado
Jay? - ela perguntou a receio, foram demasiados anos
coagida por alguém que não a deixava, simplesmente estar
com uma amiga.
“Claro que não minha pequena! Estranhei estares a vir a
Lisboa, então e quem é essa amiga? “
-É uma doida, louca completa, mas ama-me e eu a ela,
conhecemo-nos desde meninas, fomos companheiras da
vida, até Anthony começar a isolar-me de tudo e todos…
Jason, preciso da tua ajuda por favor…
“então pequena?”
- Preciso que me ajudes a vender a minha loja.
“claro que sim, Lari! Ajudo te em tudo o que precisares
pequena mia… e fizeste muito bem em ires buscar a tua
amiga, pelo menos não ficas sozinha, enquanto não chego.”
Jason era um sonho, compreensivo, seu amigo, ele era tudo
do melhor…
-Jay, cheguei agora, vou falar com ela, ainda me ligas hoje?
“ligo! Claro que ligo, quero ouvir a tua voz… quando saíres
daí, envia-me mensagem por favor. Até já piccollina mia…” - a
voz rouca de Jason seduzia cada pedaço dela, sentiu se
quente, o desejo por ele acendeu, provocou-lhe um arrepio
intenso, fazendo-a sacudir. Saiu do carro, fugiu aso
pensamentos sobre Jason, bateu a porta de JO, Enzo saiu do
carro, ficando a espera à porta da casa. Não demorou muito
até ela abrir.
-LARI!!! Minha c***a!!!- saltou para o pescoço da sua amiga,
Lari retribuiu, com carinho. – Que estás aqui a fazer??? Anda!
Entra! Mas quem é o bonzão? - Lari riu.
-É segurança…
-Segurança? Meu deus… - JO não queria acreditar, já era
estranho Lari estar ali, e ainda mais com segurança.
- Já vi que a ocasião pede álcool, então vamos beber! – JO
adorava um motivo para beber, Lari sentou-se o sofá azul-
marinho de JO, que se sentou logo a seguir com o champanhe
e dois copos, serviu as duas. Olhou nos olhos de Lari:
-Vamos lá, c***a, conta-me tudo!