Vincenzo A noite empenou como uma lâmina m*l forjada. No cais, o vento trazia sal e ferrugem; na boca, o gosto de cobre que anuncia guerra. Eu não devia estar aqui — havia uma mesa me esperando, capos alinhados, contratos frios. Mas a ficha 27 ardia no bolso como febre, e a fotografia deixada para Elena tinha um círculo vermelho na janela da minha infância. Alguém brincava com memórias que não eram suas. Alguém próximo demais. — Ele está na pensão — informou Luca pelo rádio, a voz cortada pelo chiado. — Quarto 203. Boné, casaco longo. Entrou faz uma hora. Pediu um uísque r**m e silêncio. — Sem sirene — respondi, subindo a viela estreita que recendia a gordura velha. — Porta dos fundos. Dois na escada, um no corredor. Ninguém dispara sem meu olho. Marcos caminhava ao meu lado, paletó fe

