Capítulo 2

3920 Words
 No café da manhã o assunto é o anel que Elena ganhou.   —  Filha é maravilhoso, tome muito cuidado para não se perder. — mamãe alertou séria.   — Claro, mãe. Não vou tirar do meu dedo por nada, não fique preocupada, sei cuidar bem das minhas coisas. —garantiu feliz.   Olhando para o anel.   Minha avó despejou iogurte no meu copo.   — Meu filho fez uma bela surpresa. O capo é o noivo de Elena, isso é ótimo para todos. — vovó comentou sorrindo.   — O nome da família está em destaque, sempre fomos faladas. Casar com o capo é algo difícil, há várias moças na disputa. — mamãe sorriu deslumbrada.   — O casamento vai acontecer em dois meses.  — comentei ganhando atenção delas.  — Elena, tem que começar com a prova do vestido.   — Não tem pressa. — Elena respondeu não gostando muito. — Mamãe, queria passar um tempo com Emily. Podemos sair com Eric e Megan? — pediu com uma cara fofa.   — Sair hoje? É uma má ideia para uma noiva, querida. —vovó argumentou preocupada.   Tomara que ela não vá comigo.   Quero ir sozinha! — Avó, faz tempo que não saio. Estou focada em aprender tudo o que vocês ensinam com toda dedicação e carinho! — relembrou dramática. — Posso mãe?   Revirei os olhos.   Meu pai surgiu ao lado da minha vó.   — O que? — meu pai perguntou.    Ele apareceu bem arrumado e pronto para sair de casa.      Com um terno azul, combinando com sua gravata, os cabelos brancos para trás, os olhos azuis fixos em Elena.     — Elena quer sair com Emily hoje.  — mamãe comentou.     — Pai, por favor! — insistiu com uma voz doce. — Tomo conta da Emily.      Ela o que?     Apertei o copo que estou tomando iogurte com um pouco de força.     — Pode filha, é bom que você esteja perto da Emily. —ele aprovou olhando para mim. — Siga o exemplo da sua irmã para não manchar o nome da família! — exigiu nervoso.     — Edward! —  vovó repreendeu.     — Ela não tem limites! Não se meta quando chamo atenção dela mãe! Sei o que estou fazendo.      Ele beijou minha mãe.   Logo sumiu do meu campo de visão.     Ganhei um beijo na testa da minha avó.     — Estou acostumada vovó. — a tranquilizei.     —  Espero que considere os conselhos do seu pai, Emily. — mamãe aconselhou. — Para o seu bem.     — Vou ajudá-la em tudo, mãe, Emily só precisa passar um tempo comigo. — Elena garantiu sorrindo.      — É uma filha prestativa e maravilhosa meu amor. — a beijou na testa. — Sei que vai ajudar sua irmã e explicar que não devemos ser rebeldes, afinal tudo tem um preço nessa vida.      — Realmente Giovanna, tudo tem um preço e  não esqueça que para estar casada e bem com meu filho você passou por poucas e boas. — vovó a lembrou.     Vi minha mãe pálida, mas sustentando um sorriso.   — Tem razão. — concordou.     Interessante.     Nada é perfeito.     Como sempre suspeitei.         Elena não deveria estar comigo.   Ela deveria se preocupar com seu noivo e os preparativos do casamento.   —  Pronto!    Ela desceu as escadas com um vestido vermelho, batom rosa, os cabelos escuros soltos.   Um saltinho preto   — Ótimo, vamos logo. — apressei ela.   — Quer chegar logo por que? Tem alguém que você está de olho? — perguntou curiosa.   — Não! —  a encarei sem paciência.   Decidi ir na frente e ela veio atrás de mim.   Não parando de falar um minuto!        Encontrar os rostos do Eric e da Megan foi um alívio para mim.   Não iria aguentar aturar Elena sozinha.   — Elena, não sabia que viria. — Megan me encarou confusa.   — A noiva do capo, parabéns ou devo dizer boa sorte. —Eric riu divertido.   Veio abraçar ela.   — Sua piada não vai estragar meu sorriso. — garantiu sorrindo. — Saudades de vocês, hoje vim acompanhar minha irmã.   Olhei para Megan.   — Meu pai aceitou isso. — avisei forçando um sorriso.   — Eric, quero cumprimentar seus amigos.   Ele ofereceu o braço e os dois foram falar com os amigos do Eric.   — Isso é um maldito pesadelo! — suspirei pesadamente.   Megan riu.     — Calma amiga, pelo menos ela está ocupada agora. Vai cumprimentar todo mundo com seu belo carisma, enquanto você espera ver uma pessoa. — se aproximou com a mão no meu ombro.   — Damon, não chegou ainda? — perguntei olhando em volta.   Damon é um dos amigos de Eric.   Troco beijos com ele, curtimos um ao outro sem nada sério.   —  Damon ainda não, mas Alexandre acabou de chegar. — sussurrou em meu ouvido. Meus olhos encontraram os dele.   Ele chama  atenção.   Sinto uma atração por ele.   Alexandre passou por mim indo em direção da minha irmã, sua  futura cunhada.   — Pelo visto ele veio vigiar Elena. — sorri forçada. — Nossa diversão acabou agora.   — Não pode ser tão r**m assim Emily. — tentou me animar.   A noite para mim já acabou.           Bebi um gole  de whisky para tentar aguentar essa noite.   Me sentei em uma pedra ao lado da Megan.   — Vai ficar de cara fechada? — ela perguntou rindo. —Não deixa sua irmã estragar nossa diversão.   — Ela já estragou Megan. Meu pai sempre faz questão de rasgar elogios para ela, ganho apenas humilhações, obrigações! — rosnei irritada.  — Estou cansada!   — Pelo menos não é você quem vai se casar por obrigação. Ainda mais com uma pessoa perigosa como o capo, Elena não vai ter um casamento perfeito. —  avisou séria. — Você está livre, ela não.   —  Meu pai não vai conseguir um noivo para mim! — sorri divertida.   Pulei para o chão, olhando para ela.   — Por que não? — perguntou divertida.   — Sou muito bocuda, quebradora de regras. Nunca vou ser uma boa moça para um matrimônio, nem faço questão de ser! — garanti rindo.   Megan bateu palmas.   — Desculpem por atrapalhar o momento feminino de vocês.   Eric se aproximou da gente pegando a garrafa de whisky para ele.   — Que foi? Estava bebendo! — cruzei os braços esperando uma resposta.     — Sua irmã está bêbada!   Olhei para a direção que ele veio vendo  Elena rindo do nada.   Mas Alexandre está ao lado dela, segurando em seus braços para ela não cair.   — Ela não está acostumada. Emily melhor irem embora, seu pai não vai gostar e vai te culpar! — Megan alertou preocupada.   Fui em direção de Alexandre e Elena.   A mesma me olhou rindo.   — Irmãzinha! Você poderia parar de ser chata, né?— sugeriu querendo me abraçar.   Olhei para Alexandre.   — Você deixou sua irmã sozinha. — acusou.   Ri debochada.   — Ela não ficou comigo por opção! — respondi irritada. — Ela não é mais um bebê.   — Ela é noiva do meu irmão! Você deveria olhar ela em qualquer situação e  pelo menos estou aqui hoje para evitar uma situação. — pegou Elena nos braços.   Ela ri para o nada.   — Não tenho culpa nenhuma! Alexandre não se meta entre ela e eu. — avisei e ele riu.   — A filha do conselheiro quer dizer o que devo ou não fazer?         Alexandre ordenou voltar para minha casa.   Nem tive tempo de falar com meus primos, tive que seguir ele. O cavalheiro levando Elena com ele, a santa que todos têm devoção está completamente bêbada.   Quando chegamos na mansão sabia que iria ser punida,por algo que não fiz.   Deveria ter deixado ela bêbada para pelo menos fazer ela dizer se usa uma máscara de boa moça!    — Alexandre?   Meu pai saiu do escritório dando de cara com sua filha nos braços do sub chefe.   —  Ela bebeu demais, trouxe ela e Emily em segurança.   Meu pai olhou para mim.   — Você deixou isso acontecer?   — Ela bebeu sozinha! Não mandei! — me alterei.   Meu pai veio até mim pegando em meu braço com força.   — Vamos para o seu quarto agora!   — Elena! — mamãe veio até Alexandre para ver o que aconteceu com ela.   Meu pai me levou para meu quarto.   Me levando pelo braço.   — Não fiz nada! Pergunte para quem você quiser que estava presente! — tentei convencê-lo.   Ele riu sombrio.   — Você é uma vagabunda!   Ganhei um tapa.   Ele me empurrou para dentro do quarto.   Coloquei minha mão em minha bochecha o encarando sem acreditar que ele me bateu por causa da Elena!   — Vai ficar trancada nesse quarto sem nada até minha ordem!   Ele fechou a porta, ouvi o barulho da chave.   — NÃO FIZ NADA! — gritei histérica. —  Ela não é a santinha que vocês acham!    Lágrimas de raiva e ódio rolaram dos meus olhos.   Isso não vai ficar assim.         Estou trancada nesse quarto.   Já amanheceu.   Ninguém veio me ver.   Elena me paga!   Com certeza ela bebeu de propósito para causar problemas para mim.   Aquela imagem dela ao lado do Alexandre não consegue sair da minha cabeça.   Ainda com meu robe preto fui para a varanda.   Um carro está vindo para cá.   É o carro do capo seguido por seus homens.   Deve ter vindo falar com meu pai sobre negócios. Espero que não demore muito por aqui, não quero esbarrar com ele, não sei explicar.   Quando ele saiu do carro, com uma calça jeans, camiseta preta marcando seus  músculos.   Seu olhar encontrou o meu.   Fiquei paralisada por alguns minutos encarando seus olhos.   Sai da varanda arrepiada com seu olhar.   Seus olhos escuros pareciam analisar todas as minhas reações.   Esse homem é um pesadelo.   Um pesadelo da minha irmã.   Não meu. Peguei meu celular para saber do Damon.   Ele não respondeu às minhas mensagens.   — Espero que não esteja brincando comigo i****a.   Joguei o celular com raiva na minha cama.   Minha barriga está roncando.   Olhei para aquela porta sem esperanças de alguém aparecer.   Foi quando meus pedidos foram ouvidos.   Minha porta foi aberta pela minha avó.   — Vovó o que faz aqui? Meu pai pode brigar! — a encarei confusa.   Ela sorriu.   — Falei com ele que o capo iria achar estranho você presa. Como seu pai odeia constrangimento ele autorizou tirar você desse quarto! — explicou sorrindo.   — Você é a melhor! — a abracei fortemente.   — Tome um banho, aproveite o dia de sol para ficar na piscina.      Escolhi aproveitar o sol.   Minha avó não errou.   O dia está lindo!   Peguei meu celular vendo se havia alguma mensagem do Damon. Ele não me respondeu, estranhei ele não responder, fiquei com raiva!   Odeio ficar sem respostas!   Mandei mensagem para Megan.   Convidei ela para vir.     Olhei para a piscina analisando se devo entrar ou não. Quando uma voz na minha orelha fez com que meu celular caísse ao meu lado.   Ia cair de cara com a piscina.   Mas tem um braço em torno da minha barriga.    — Devendo? — Derick perguntou rindo.  Me afastei dele rapidamente.   — Não! Apenas nunca imaginei ser pega de surpresa. — expliquei o encarando desconfiada.   Por que ele veio até mim?   — Deveria estar na sala para receber o capo. Parece que queria se esconder de mim e pelo menos foi o que deu a entender... — analisou intrigado.   — Prefiro ficar sozinha nessa casa. Não tenho motivos para se esconder de você, capo, perdão. — sorri forçada. — Odeio sorrisos falsos. — respondeu me pegando de surpresa.   Ele se aproximou de mim.   — Você acha que é falso.   — Não, ele é. — afirmou. — Conheço quando uma pessoa está mentindo, falando a verdade, nada passa despercebido por mim. — garantiu se divertindo com a situação.   Engoli em seco.   — Qual é a punição por estar mentindo para você? —ousei perguntar.   Ele riu.   Sua risada arrepiou todos os meus pelos.   — Tortura e morte. Mas você será  minha cunhada então tenho outra opção.   — Qual?  — perguntei curiosa.     O coração batendo acelerado.   Ele sabe como deixar alguém nervoso.   — Não brinque comigo para o seu próprio bem, Emily. —avisou sério. — Tenho o controle sobre sua família, cada um de vocês na palma da minha mão.   Senti uma ameaça presente em cada palavra.     Observei ele sair do meu campo de visão.     Odeio seu olhar intenso!     Respirei fundo.     Quero distância do meu  futuro cunhado.     Fui na cozinha pegar suco para Megan e para mim. Minha mãe está conversando com uma das empregadas, quando seu olhar caiu em mim.   — Pode ir. —  autorizou a funcionária.   A mesma deixou a cozinha para uma conversa que não quero ter com minha mãe.   — Não quero conversar. — avisei logo.   — Você não tem querer! Vai virar a cara para sua própria mãe? — questionou nervosa.   Ela se aproximou de mim.   Ficando na minha frente.   — Mãe, o que você quer falar comigo? — perguntei então. — Vai brigar comigo por ter levado a Elena? Não esqueça que vocês deixaram ela ir! — relembrei sem paciência.   — Fica quieta e ouça sua mãe! — exigiu nervosa.   — Claro.   — Elena estava dizendo coisas estranhas pela madrugada. — olhou para mim tensa. — Dizendo para alguém não deixá-la! Um tal de D...   Agora entendi tudo. O medo nos olhos da minha mãe imaginando mil coisas sobre Elena.   — Ela ficou o tempo todo com Eric e os amigos dele. Pergunte para Megan se quiser confirmar meu lado, mas não menti. — afirmei séria. — Não sei de quem ela está falando, ela estava dormindo? — perguntei intrigada.   — Não, ela estava acordada. Fiquei com medo do seu pai ouvir! Você deveria saber quem é essa pessoa! — exigiu séria. —  Para evitar derramamento de sangue.   Sorri debochada.   — Elena tendo uma paixão escondida não é problema meu! Isso mostra que ela não é perfeita mãe para ter ousadia em brincar com todo mundo, incluindo o capo.   — Fale baixo! Emily, exijo que você guarde isso muito bem e me ajude.   Despejei o suco nos copos.   A encarei.   — Vou pensar um pouco. Agora estou com visita, não é educado deixar Megan esperando. — avisei sorrindo.   — Vou com você, acabei esquecendo de cumprimentar minha sobrinha.   Nunca vi a Giovanna tão nervosa como agora.   Esse jogo apenas começou.     Esperei minha mãe sair de perto para falar com Megan.   — Sua mãe parece nervosa. Aconteceu alguma coisa? —perguntou confusa.   — Primeiro, recebi uma bronca do capo para ter cuidado com meus passos. — contei e ela arregalou os olhos.   — Como assim? — piscou confusa.   — E a segunda coisa é Elena ter um envolvimento com uma pessoa pelas costas. — contei baixinho.   Megan ficou boquiaberta.   — Você está brincando! Não é? Emily, isso não é verdade...   — Por isso minha mãe está nervosa. Ela quer minha ajuda para saber mais, parece que beber deixou Elena como um livro aberto! — dei risada.   — Elena é louca e se isso chega nos ouvidos do capo é muito perigoso para todos! — me encarou nervosa. — O que mais Elena disse?   — D, ela chama o homem assim.   — Tem milhares de nomes com iniciais com D! Não tem como saber! — negou preocupada.   — Depois de ver o desespero da minha mãe. Estou me sentindo melhor, sempre fui invisível, bocuda, uma  vergonha como sempre dizem!    — Estou feliz por ver você sorrindo novamente. Elena errando não atinge apenas ela, querendo ou não acaba atingindo toda nossa família e você sabe. — alertou séria.   Respirei fundo.   — Tem razão, preciso falar com Elena para descobrir e colocar um fim em uma paixão proibida.       Encontrar Elena quieta em seu quarto é algo raro de se encontrar.   Ela tirou os olhos do celular para mim.   — O que você quer?   — Você entra em meu quarto sem bater, apenas estou demonstrando que é irritante. — sorri divertida.   Ela revirou os olhos.   — Fiquei trancada no meu quarto, sabia? Porque você bebeu muito e nem lembra o que aconteceu. — a encarei sem paciência.   Ela largou o celular.   — Você ficou como vilã?— gargalhou. — Adorei saber que até quando faço merda Emily é quem sofre! — jogou na minha cara.   — Acho que sua máscara de duas caras está caindo irmã. — comentei pensativa. — Quando bebemos muito falamos mais do que o essencial, sabe? Como nomes de pessoas, uma pessoa chamada D.   Ela arregalou os olhos.   Pela primeira vez vi Elena ficar sem voz.   — Vou falar com a minha mãe! — respondeu nervosa. —  Está fazendo uma calúnia contra sua própria irmã! Por pura INVEJA! Seu sonho é ser como sua irmã mais velha, porque tenho tudo, nunca vou ser largada. —  sorriu venenosa. — É lindo ver o desespero de alguém que não se lembra de nada. Mamãe sabe e pediu minha ajuda, por enquanto seu segredinho está seguro. — avisei ficando próxima. —  Mas não esqueça do seu noivo.   — Vocês podem ficar tranquilas, não sei porque acabei soltando nada disso! Estou contando os dias para meu casamento assim saio de perto de você e dessa casa.   Deixei ela resmungando consigo mesma.   Elena desesperada, tentando me atacar para tentar uma explicação que não existe.   É a melhor coisa.   Ela entregou sozinha que tem alguém.         — Por que Elena não desceu? — papai perguntou olhando o lugar vazio na mesa.   Lugar que ela costuma sentar, ao lado da minha mãe.   — Ela está com dor de cabeça e achei melhor mandarem um chá para ela. — mamãe explicou sorrindo.   —  É algo grave?   — Não, ela vai ficar bem Edward. Isso é nervoso pelo casamento, afinal ela pouco conhece o noivo e vai ficar longe de casa dos pais.   Parei de comer para ver minha mãe enrolando meu pai.   Ele não trocou uma palavra comigo desde que iniciamos o jantar.   Quando ele souber que sua filha mais velha, na verdade  uma paixão proibida, ele vai rever suas decisões.   Ou não.   Ele é tão frio.   — George proibiu Eric de sair hoje. Por isso Emily está calada, jantando quieta. Estou errado? — ele perguntou rindo debochado.   — Estou com dor de cabeça também, pai. E estou cumprindo o que te falei ontem sobre cumprir o que é ordenado. — respondi calma.   — Emily está aprendendo com os erros. Ela sabe que erros são imperdoáveis na máfia e não vai cometer os mesmos erros novamente. — mamãe disse confiante.   Penso que isso serve para Elena mais do que para mim.   — Espero ver isso, afinal ela está grandinha para ficar provocando. Sabe muito bem o quanto sou exigente , quero que o nome da nossa família esteja sempre longe de escândalos. — relembrou olhando para mim.   — Claro pai.   Limpei minha boca levantando da mesa.   Olhei para os dois dando meu melhor sorriso.   — Boa noite, vou ficar em meu quarto.       Depois de dois dias surgiu um convite de Alexandre. Ele convidou nossa família para comparecer na boate de seu irmão, para comemorar seu aniversário.   Uma oportunidade de sair é sempre bem vinda.   O caminho no carro foi um velório.   Quando chegamos na boate, Elena foi se sentar em uma mesa, olhando o celular.   Ela deveria estar participando da festa do futuro cunhado.   — Irmã, não quer comemorar o aniversário do Alexandre?   Ela me encarou.   — Você poderia se casar com ele, seus olhos brilham quando está perto dele. —sorriu debochada. —  Mas ele não liga para você Emily, apenas tem dezessete anos, uma menininha.   Bati na mesa com raiva.   — Não sou uma menina, sou uma mulher como você. Melhor tirar seu sorriso i****a do rosto porque posso abrir minha boca! — sorri maldosa.  — O que acha?   — Você é uma i****a, nossos pais me amam.   — Estou vendo uma briga de irmãs? — Eric perguntou com a não no meu ombro. — Boa noite, priminhas.   — Eric, saudades.   O abracei.   — Eric, tome cuidado com a Emily. Hoje ela está nervosa por nada, não sei o que está acontecendo. — fez cara de preocupada. — Emily está normal para mim. — Megan defendeu. —Ansiosa para o casamento Elena?   — Claro, vou ser esposa do capo. Não vou ver vocês, estarei muito ocupada vivendo com meu marido. — sorriu divertida.   Sua mão passou pelo anel que recebeu dele.   Olhei para Megan.   Minha vontade é desmascarar ela para todos verem.       Acabei ficando longe da minha irmã para evitar falar mais.     — Melhor você ficar longe dela Emily. — Megan aconselhou. — Precisa controlar mais sua raiva.   — Estou tentando Megan.   Acabei observando Alexandre perto do meu pai e de outros homens.   — Alexandre como seu cunhado vai ser fácil se aproximar dele.  — minha prima sugeriu sorrindo.   A encarei.   — Ele parece que não quer me ver. Penso que seria um negócio para o meu pai ter suas duas filhas com o capo e o irmão dele. — analisei engolindo em seco.   — Vai pensar nisso? Vai te deixar nervosa, relaxa. — me abraçou.   — Acho que tenho o gênio da vovó. Ela não quis vir, bateu o pé afirmando para meu pai que não viria e está em casa. — comentei rindo.   Ela gargalhou.   — Amo nossa vó, ela é tão sincera e não tem medo de falar o que pensa para os filhos.   — Emily.   Olhei para o dono dessa voz.   Damon. Megan se afastou deixando ele se aproximar de mim.   —  O que você quer?  — perguntei nervosa   —  Explicar.   — Não tem que explicar nada, estou melhor sozinha. — avisei sorrindo.   — Como assim? — perguntou confuso.  — Isso é um fora?   — Pense como quiser Damon, estou ocupada também.   Ele se aproximou interessado.   — Com o que? Melhor devo dizer com quem?   Não respondi.   Ele se afastou quando o capo se aproximou de mim.   — Algum problema?         — Estávamos conversando. E ela precisa me ouvir! — Damon respondeu nervoso.   — Não quero falar com você. Não sou obrigada, então não vou falar. — avisei sorrindo.   — Saia.  — Derick exigiu.   Damon o encarou.   — Por que?  — perguntou desafiando.   Ele ficou louco?  — Vai embora antes que você saiba! —empurrei ele. — Não quero saber de você, então me deixe em paz.     Damon saiu nervoso.     Ele pensa que sou o que?    — Um namoradinho mimado que quer conhecer minha arma. Seu pai sabe disso? — o capo perguntou me deixando nervosa — Obrigada por aparecer, mas sei cuidar dos meus problemas sozinha. Capo, com licença.   Ele não saiu da minha frente.   — Você vai ser um problema meu agora que vou casar com sua irmã.  Então não tente fugir de mim, sempre irei te achar, garanto. — avisou com a voz rouca.   — Não vou fugir. Mas  você tem que olhar Elena, ela é sua noiva e está sozinha agora. —  sugeri sorrindo.   Quero que ele se afaste.   Mas, ele não me obedece!   — Tentando achar uma brecha para me afastar? Te fiz uma pergunta! — exigiu sem paciência.   — Meu pai não sabe, apenas rolou uns beijos com ele. E se ele sabe é mais um motivo para ser v***a, mulher sem valor como ele diz, ok? — revelei irritada. — Agora você pode se afastar?   Ele sorriu.   Mas o sorriso não chegou aos olhos.   Sem dizer nada, ele se afastou de mim.   Derick foi até a Elena.   Megan me trouxe uma bebida.   — Obrigada, Megan.   — Emily, o que o capo queria?   —  Nada. — dei de ombros.   — Não foi o que pareceu. Parecia que iria rolar um beijo entre vocês, não estou cega.   Arregalei os olhos.   — Ficou louca? Nunca! Ele é um problema inteiro da Elena. — deixei claro. — Não estou no pacote.   — Cuidado, Derick Russo não brinca.        
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