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Sedução

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Blurb

Dakota Cameron venceu na vida. Charmosa e arrogante, ela fecha negócios milionários e seduz as mulheres mais lindas de Nova York apenas com seu sorriso. Seus amigos são leais e sua família a apoia.

Sofia Copper é uma mulher linda, inteligente e ambiciosa, que não deixa nada nem ninguém distraí- la de sua busca pelo sucesso. Ela foi contratada pela empresa de investimentos do pai de Dakota, virando de vez a vida da mulher de cabeça para baixo: a competição com ela a estressa, sua atração por ela a distrai e suas investidas fracassadas a frustram.

Logo quando Dakota achava estar próxima de ter tudo aquilo que queria, seu excesso de confiança põe tudo a perder. Será que ela conseguirá enfrentar os contratempos e vencer o verdadeiro desafio de sua vida: o amor?

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01
Dakota Cameron's Point of view. Nova York Está vendo aquele traste jogado no sofá? A mulher vestindo uma camiseta cinza imunda e uma calça de moletom rasgada? Aquela sou eu eu, Dakota Cameron. Não costumo ser desse jeito. Estou falando serio, aquela não sou eu de verdade. Na realidade, sou elegante, sempre bem arrumada, de um jeito que dizem me deixar com um ar ameaçador, mas profissional. As minhas roupas são feitas a mão. Uso sapatos que custam mais do que o seu aluguel. Meu apartamento? Sim, este que estou agora. As cortinas estão fechadas e os moveis brilham com uma tonalidade azulada, reflexo da televisão. As mesas e o chão estão cobertos de garrafas de cerveja, caixas de pizza, e potes vazios de sorvete. Este não é o meu verdadeiro apartamento. Onde eu vivo normalmente é impecável, tem uma moça que vem fazer a faxina duas vezes por semana. Tenho todas as conveniências modernas, todos os brinquedos que você possa imaginar: som surround, com caixas de som espalhadas, e uma TV plasma de tela grande que faria qualquer cair de joelhos e implorar por mais. Então, como disse, o que você está vendo agora não é o meu verdadeiro eu. Estou gripada. Influenza. Já reparou que algumas das piores doenças da história produzem um som lírico? Palavras como malária, diarreia, cólera. Você acha que isso é proposital? Que é um modo bonito de dizer que você se sente como algo que saiu da b***a do seu cachorro? Influenza. Soa interessante, depois que você se acostuma. Pelo menos é o que acho que tenho. É por isso que estou confinada em meu apartamento nos últimos sete dias. É por isso que desliguei meu telefone, para que eu me levante do sofá apenas para usar o banheiro ou para receber a comida que pedi com o entregador. De qualquer maneira por quanto tempo pode durar uma gripe? Dez dias? Um mês? A minha começou há uma semana. Meu alarme tocou às cinco horas da manhã, como de costume. Mas, em vez de me levantar da cama para ir ao escritório, onde sou uma estrela, joguei o relógio para o outro lado do quarto, destruindo-o totalmente. Era muito irritante mesmo. Relógio i*****l. Alarme i*****l. Eu me virei e voltei a dormir. Quando finalmente resolvi arrastar minha b***a da cama, me senti fraca e nauseada. Meu peito e minha cabeça doíam. Viu, é gripe, certo? Não conseguia mais dormir, então me instalei no meu fiel sofá. Estava tão confortável que decidi ficar aqui mesmo. Durante a semana inteira. Assistindo às melhores obras de Adam Sandler na minha TV de plasma. Zohan: Um Agente Bom de Corte, está passando neste exato momento. Já assisti três vezes hoje, mas ainda não dei uma risada. Nenhuma mesmo. Talvez na quarta vez a graça apareça, não é? Agora há uma pessoa batendo na minha porta. Maldito porteiro. O que diabos ele está fazendo aqui? Ele vai se arrepender disso quando receber minha gorjeta de Natal este ano, pode apostar. Eu ignoro as batidas, apesar de soarem de novo. E de novo. – Dakota! Dakota, eu sei que você está aí! Abra a maldita porta! Oh, não. É “A c****a”. Também conhecida como a minha irmã, Lili. Quando eu digo a palavra c****a, eu quero dizer isso da maneira mais carinhosa possível, eu juro. Mas é o que ela é. Exigente, teimosa, implacável. Eu vou matar o meu porteiro. – Se você não abrir a porta, Dakota, vou chamar a polícia para arrombar, eu juro por Deus! Entende o que quero dizer? Então, agarro o travesseiro que está apoiado no meu colo desde o começo da gripe. Encosto meu rosto nele e inalo profundamente. Tem cheiro de baunilha e lavanda. Fresco, limpo e viciante. – Dakota! Você está me ouvindo? Puxo o travesseiro sobre minha cabeça. Não porque cheira a... ela... mas para bloquear o que continua batendo na minha porta. Estou pegando meu celular! Estou ligando! – a voz de Lili é uma advertência chorosa, eu sei que ela não está brincando Inspiro profundamente e sou obrigada a me levantar do sofá. A caminhada até a porta leva tempo, cada passo com as minhas pernas duras e doloridas é um esforço. Maldita gripe. Abro a porta e me preparo para a ira. Ela está com o seu mais novo iPhone encostado na orelha, mostrando a mão com as unhas feitas. Seu cabelo loiro está preso para trás em um coque simples, mas elegante, ela carrega em seu ombro uma bolsa verde escuro com o mesmo tom de suas roupas – A Lili gosta de combinar tudo. Atrás dela, parecendo devidamente arrependida em um vestido azul-marinho, está minha melhor amiga e colega de trabalho, Annabella Avery Thorm´s ou Bella Thorm´s, que é como ela prefere ser chamada. Eu te perdoo, porteiro. É Bella quem deve morrer. – Meu Deus! – gritou Lili, com espanto. – Que merda aconteceu com você? Eu disse que essa não é o meu verdadeiro eu. Não respondo. Não tenho energia suficiente. Só deixo a porta aberta e me jogo de cara no sofá. É macio e quente, mas firme. Eu te amo, sofá – já te falei isso antes? Bom, estou te dizendo a você agora. Apesar de meus olhos estarem escondidos no travesseiro, consigo perceber Lili e Bella caminhando lentamente para dentro do apartamento. Consigo imaginar a expressão de choque em seus rostos diante do estado dele. Dou uma espiadela, sem sair do meu refúgio, e vejo que minha intuição estava certa. – Dakota? – escuto Lili perguntar, mas desta vez há um tom de preocupação estampada nessa pequena sílaba. Então, ela fica nervosa de novamente. – Pelo amor de deus, Bella, por que você não me ligou antes? Como pôde deixouisso acontecer? – Eu não te vejo há um tempão, Lili! – disse Bella rapidamente. Viu? Ela também têmmedo da minha irmã. – Eu vim todos os dias, mas ela não queria abrir a porta pra mim. Sinto o sofá afundar conforme Lili se senta ao meu lado. – Dakota? – ela diz em voz baixa. E eu sinto sua mão correr suavemente pela partede trás do meu cabelo. – Querida? Sua voz tem um tom de preocupação tão doloroso que lembra minha mãe. Quando eu era criança, e estava doente em minha casa, mamãe trazia até meu quarto chocolate quente e sopa em uma bandeja. Ela beijava minha testa para sentir se eu ainda estava ardendo de febre. Sempre me sentia melhor com ela. Essa lembrança e os gestos semelhantes de Lili fizeram com que meus olhos fechados ficassem umedecidos. Estou desorientada ou o quê? – Estou bem, Lili – digo a ela, embora não tenha certeza se ela consegue me ouvir.Minha voz está abafada no travesseiro com cheiro doce. – Estou gripada. Ouço o barulho de uma caixa de pizza se abrindo, e um pequeno gemido quando o cheiro de queijo podre e calabresa sai do recipiente. – Essa não é a dieta de alguém que está com gripe, irmãzinha. Também ouço o barulho das garrafas de cerveja e do lixo, e eu sei que ela está começando a arrumar a bagunça. Eu não sou a única aberração da minha família. Oh, que horror! – ela suspira fortemente, e, julgando pelo fedor que se junta aoaroma de pizza podre, eu imagino que ela acabou de abrir um pote de sorvete que – estava lá há três dias, e não estava tão vazio quanto eu pensava. – Dakota? – ela sacode meu ombro gentilmente. Eu desisto, me endireito e sento no sofá, esfregando meus olhos para acordar. – Fale comigo – ela implora. – O que está acontecendo? O que aconteceu? Enquanto observo a expressão confusa da minha irmã, volto 22 anos no tempo. Tenho seis anos e meu hamster, o Senhor Wuzzles, acabou de morrer. E, assim como naquele dia, a dolorosa verdade é arrancada de meus pulmões. – Finalmente aconteceu. – O que aconteceu? – O que você desejou para mim durante todos esses anos – sussurro – eu me apaixonei. Eu olho para cima para ver seu sorriso se formando. É o que ela sempre desejou para mim. Ela está casada com Cole desde sempre, sempre foi apaixonada por ele. Então, ela nunca concordou com a maneira como em que vivo a minha vida, e m*l pode esperar para me acalmar. Para encontrar alguém para cuidar de mim, do jeito que ela cuida dele. Do jeito que a nossa mãe ainda toma conta de nosso pai. Mas disse para ela que isso nunca aconteceria – não era o que eu queria. Por que levar um livro para a biblioteca? Por que trazer areia à praia? Por que comprar a vaca se você consegue o leite de graça? Está conseguindo entender meu raciocínio? Quando vejo que ela está começando a sorrir, digo, em uma vozinha que nem eu reconheço: – Ela está casando com outra pessoa. Ela não... ela não me queria, Lili. Vejo solidariedade se espalhar pelo rosto da minha irmã, como geleia no pão. E então, determinação, pois Lili sempre resolve tudo. Ela pode desentupir ralos, remendar paredes e remover manchas de qualquer tapete. Já sei o que está passando pela sua cabeça neste momento: se o sua irmã mais velha está acabada, ela só tem que consertá- la. Gostaria que fosse tão fácil assim. Mas eu não acho que qualquer cola no mundo poderá consertar meu coração em um único pedaço novamente. Eu mencionei que sou um pouco poeta também? – Tudo bem, podemos corrigir isso, Dakota. Eu conheço minha irmã ou o que? – Vá tomar um banho quente e demorado. Vou arrumar esse desastre. Depois, vamos sair. Nós três. – Eu não posso sair – será que ela não estava me ouvindo? – Estou gripada. Ela sorri com compaixão. – Você precisa de uma boa refeição quente. Precisa de um banho. Só assim se sentirá melhor. Talvez ela esteja certa. Só Deus sabe o que fiz nos últimos sete dias, sem nenhum resultado. Encolho meus ombros e me levanto, fazendo tudo o que ela manda. Como uma criança de quatro anos que carrega seu ursinho de pelúcia para onde vai, levo comigo meu travesseiro premiado. Caminhando até o banheiro, não consigo parar de pensar como tudo isso aconteceu. Uma vez eu tive uma boa vida. Uma vida perfeita. E então tudo foi lançado à merda. Oh – você quer saber como? Você quer ouvir minha triste história? Então, está bem. Tudo começou há uns meses, em uma noite de sábado comum. Bem, comum para mim, de qualquer maneira. Quatro meses antes...  – p***a. Isso é bom. Isso, continue assim. Está vendo aquela mulher, de roupa social preta e diabolicamente bonita? Isso, a mulher recebendo sexo oral da ruiva exuberante na cabine do banheiro? Essa sou eu. A verdadeira eu. Eu antes da gripe. – Nossa, amor, eu vou gozar. Vamos congelar a cena aqui por um segundo. Para as moças que estão escutando, permitam-me lhes dar alguns conselhos de graça: se uma mulher que você conheceu num bar te chamar de amor, querida, anjinha ou qualquer outro apelido carinhoso, não ache que ela está tão a fim de você, que já está pensando em nomes para seus animais de estimação. Ela faz isso porque não consegue ou nem quer tentar lembrar seu nome. Além disso, nenhuma mulher quer ser chamada pelo nome errado quando está de joelhos chupando alguém no banheiro. Então, só por segurança, eu a chamei de amor. Seu nome verdadeiro? Isso realmente importa? – p***a, amor, estou quase lá. Ela remove a boca com um estalo e o captura com firmeza, enquanto eu g**o em sua mão. Em seguida vou em direção à pia para me limpar e fechar o zíper. A ruiva olha para mim com um sorriso, enquanto faz um bochecho com uma pequena garrafa de água que estava em sua bolsa. Encantador. – O que acha de tomarmos um drinque? – pergunta ela, com um tom de voz que acredita ser excitante. Mas aqui vai mais uma informação para você: uma vez que eu estou farta, estou farta. Eu não sou o tipo de mulher que sobe na mesma montanha-russa duas vezes. Uma vez é suficiente, e, em seguida, a emoção desaparece, e, portanto, o interesse. No entanto, minha mãe me educou para me comportar como uma dama. Sim, minha querida. Encontre uma mesa, vou pedir algo para nós no bar – afinal, a ruiva se esforçou bastante ao me chupar. – Ela merece um drinque. Após sairmos do banheiro, ela se dirige para a mesa, e eu vou em direção ao bar lotado. Mencionei que era uma noite de sábado, certo? Este era o clube mais badalado da cidade de Nova York. Bem, pelo menos está noite. Na semana que vem já será algum outro clube. Mas a localização não importa. O roteiro é sempre o mesmo. Todo fim de semana eu e meus amigos saímos juntos para um lugar assim, mas vamos embora separados - e nunca sozinhos. Não me olhe desse jeito. Não sou uma mulher má. Eu não minto. Eu não atraio as mulheres com palavras poéticas sobre um futuro juntos e sobre amor à primeira vista. Sou uma jogadora em linha reta. Estou procurando por diversão – apenas por uma noite. Além disso, a maioria das mulheres está aqui querendo a mesma coisa. Está bem, talvez isso não seja exatamente verdade. Mas não é culpa minha que elas me vejam, transem comigo e, de repente, queiram ter filhos meus. Não é problema meu. Como disse, eu aviso como funciona, proporciono a elas um bom momento e pago o táxi para que voltem às suas casas. Obrigada, boa noite. Não me ligue, pois te garanto com toda certeza não ligarei para você. Após conseguir passar pela multidão e finalmente chegar até o bar, peço dois drinques. Aproveito para observar os corpos suando, mexendo-se e esfregando-se uns nos outros na pista de dança, com o barulho da música vibrando por todo o lugar. Então eu a vejo, há alguns metros de onde estou, esperando pacientemente, apesar de um pouco inquieta, entre as pessoas com braços levantados acenando dinheiro e desesperadas por álcool, que tentam chamar a atenção do barman. Lembra que eu disse que era poética? A verdade é que nem sempre fui. Não até este momento. Ela é magnífica - angelical - linda. Escolha uma palavra, qualquer maldita palavra. No final das contas, o resultado daquela visão é que, por um momento, eu me esqueci de como respirar. Seu cabelo é longo e escuro, e brilha até mesmo na meia-luz fraca do bar. Ela está usando um vestido frente única vermelho – sensual, mas clássico –, acentuando cada curva perfeitamente definida de seu corpo. Sua boca é cheia e exuberante, com os lábios implorando para serem tocados. Seus olhos. Pelo amor de Deus. Seus olhos são perfeitos, redondos e infinitamente escuros. Imagino-os me observando no momento em que eu à tocasse. Apenas em pensar nisso, eu imediatamente acordo para vida. Preciso tê-la. Rapidamente faço meu caminho em sua direção, já tendo decidido que ela é a mulher de sorte que terá o prazer de minha companhia pelo resto da noite. E que prazer ela terá. Cheguei na hora que ela estava abrindo a boca para pedir uma bebida, eu intervenho com: – A senhorita vai querer... – olho para ela, adivinhando o que ela estaria bebendo.Este é um talento meu. Algumas pessoas preferem beber cervejas; outras, uísque escocês com soda; outras, um vinho mais antigo; outras preferem conhaque ou champanhe doce. Eu sempre consigo adivinhar o que cada uma prefere. Sempre. – ... um Veramonte Merlot, de 2003. Ela se vira para mim com uma expressão de surpresa, e seus olhos me medem da cabeça aos pés. Após decidir que não sou uma perdedora, ela me diz: – Você é boa. Eu sorrio. – Vejo que minha reputação me faz jus. Sim, eu sou e você é linda. Ela cora. Na verdade, ela fica fodidamente rosa nas bochechas e olha para longe. Que mulher ainda cora? Isso é incrivelmente adorável. – Então, o que acha de irmos para um lugar mais confortável... e íntimo, para quepossamos nos conhecer melhor? Sem perder a chance, ela acrescenta: – Estou aqui com meus amigos. Estamos comemorando. Não costumo vir a lugarescomo este. – O que estamos comemorando? – Acabei de terminar o meu MBA e inicio um novo trabalho na segunda-feira. – Sério? Que coincidência. Eu também sou do mercado financeiro. Talvez você játenha ouvido falar da minha empresa? Cameron, Thorm´s e Sprooke – somos o banco de investimentos mais quente da cidade, então tenho certeza de que ela deve estar muito impressionada. Vamos fazer uma pausa de novo, ok? Perceberam o modo como a boca desta linda mulher se contorceu quando lhe disse onde eu trabalhava? Viram como seus olhos se arregalaram? Isso deveria ter indicado algo para mim. Mas não percebi nada disso naquele momento – estava muito ocupada observando seus s***s, que são perfeitos, a propósito. São menores do que aqueles que costumo admirar, não são maiores do que um punhado. Mas, no que me diz respeito, um punhado é tudo do que preciso. O que quero dizer é: lembre-se daquele olhar surpreso, que fará sentido mais pra frente. Agora, de volta à conversa. – Temos tantas coisas em comum – eu disse. – Nós duas trabalhamos no mesmonegócioa, nós duas gostamos de um bom vinho tinto... acho que devemos ver até onde isto pode chegar, hoje á noite. Ela ri. É um som mágico. Agora tenho que explicar uma coisa. Com qualquer outra mulher, em qualquer outra noite, eu estaria em um táxi nesse momento, com uma de minhas mãos sobre seu vestido à fazendo ela gemer em minha boca. Sem perguntas. Para mim, era chocante ainda estar trabalhando para isso. E por incrível que pareça, era um pouco excitante. – Á propósito, eu sou Dakota – eu estendo minha mão –, qual é o seu? Implacável, eu pego sua mão e beijo seus dedos, tocando-os de leve com minha língua. Noto essa beleza relutante tentando reprimir um arrepio, e sei que, apesar de suas palavras, estou conquistando-a. Veja, não sou o tipo de mulher que escuta o que as pessoas dizem. Eu observo como elas dizem algo. Você pode aprender muito sobre alguém se parar um pouco e observar como uma pessoa se mexe, como seus olhos se movimentam, como o tom de sua voz aumenta ou abaixa. Seus olhos inocentes podem estar me dizendo não... mas seu corpo? Seu corpo está gritando: sim, sim, transe comigo no bar. Em apenas três minutos, ela me disse a razão de estar aqui, qual seu trabalho e me permitiu acariciar sua mão. Essas não são atitudes de uma mulher que não está interessada – são atitudes de uma mulher que não quer estar interessada. Eu definitivamente consigo lidar com isso. Quase comento sobre seu anel de noivado, já que o diamante é tão pequeno que, mesmo de perto, é difícil de notar. Mas não quero ofendê-la. Ela disse que acabou de se formar. Tenho amigos que tiveram que pagar a faculdade de Administração, e sei que as mensalidades são muito altas. Então tento uma tática diferente: honestidade. – Melhor ainda. Você não frequenta lugares como este? Eu não me dou bem comrelacionamentos. Somos uma combinação perfeita. Devíamos explorar mais essa conexão, o que acha? Ela ri de novo, e nossas bebidas chegam. Ela pega a sua taça – Obrigada pela bebida. Tenho que voltar aos meus amigos agora. Foi um prazer. Dou-lhe um sorriso m*****o, sem conseguir me controlar. – Querida, se você me deixar levá-la para fora daqui, eu vou dar à palavra prazer umsignificado totalmente novo. Ela balança a cabeça com um sorriso, como se estivesse agradando uma criança atrevida. Em seguida, ela fala por cima do ombro enquanto se afasta: – Tenha uma boa noite, Srta.Cameron. Como eu disse, sou uma observadora. Eu e Sherlock Holmes poderíamos ser amigos. Mas estou tão encantado com a visão daquela linda b***a que inicialmente não presto atenção as suas palavras. Você percebeu? Você pegou o pequeno detalhe que deixei passar? Isso mesmo. Ela me chamou de “Srta. Cameron”, mas eu nunca disse a ela o meu sobrenome. Lembre-se disso também. No momento, deixo a misteriosa mulher de cabelos escuros se retirar. Pretendo pegar leve com ela e depois. fisgá-la – jogar a vara, fisgar, puxar e pronto. Planejo segui-la pelo resto da noite se precisar. Ela é apenas malditamente quente. Mas, então, a Ruiva – sim, aquela do banheiro – me encontra. – Aí está você! Pensei que tivesse te perdido. Ela se joga para cima de mim e acaricia meu braço com i********e. – O que acha de irmos para a minha casa? É aqui mesmo, apenas virando a esquina. Ah, muito obrigada, só que não. A ruiva logo se tornou uma memória passageira. Estou focada agora em pretendentes mais intrigantes. Estou quase dizendo isso a ela, quando outra ruiva aparece ao seu lado. – Esta é minha irmã, Mandy. Eu disse a ela tudo sobre você. Ela pensou que nós três poderíamos... você sabe... nos divertir um pouco. Olho para a irmã da ruiva, que, na verdade, é sua gêmea. Meus planos, então mudam na hora. Eu sei, eu sei... disse que não ando na mesma montanha-russa duas vezes. Mas gêmeas? Deixe-me dizer, ninguém iria recusar esse passeio.

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