CAPITULO TRÊS

1270 Words
SAMANTHA O meu telefone toca. Quem dia*bos seria a essa hora da manhã? Eu voltou para casa daquele trabalho de me*rda às seis e meia e eram apenas nove. Ninguém liga a essa hora em um sábado. Deixei de atender e esperei que parasse de tocar. Ele toca novamente. — Mer*da... mer*da... Bati minha mão no travesseiro — De quem é esse número? Eu não tinha o número do telefone na memória. Quando eu estava no quinto tom, decidi atender. — Sim? Minha voz estava rouca de tanto gritar na noite anterior. — Hum, Samantha Arias Rojas. Me sentei rapidamente. Quem dia*bos me chamaria pelo meu primeiro e último nome em um sábado de manhã? — Sim, algo aconteceu? Eu perguntei assustada. — Não… não, não tenha medo, não se preocupe. Eh... meu nome é Enzo. — Enzo? Eu não sei quem é. Eu estava totalmente perdida. — Você estava na minha casa, ontem. Tentei me lembrar de tudo que havia feito no dia anterior e lembrei do loiro de olhos azuis. —Ahh… sim… o forte. Eu ouvi uma risadinha do outro lado do telefone. — O forte? ele perguntou, rindo, surpreso. — Bem... sim, o forte. — Gostaria de fazer o teste? — A sério? Não me diga... todas voaram? Eu disse segurando o riso. — Ehh… sim, com seus guarda-chuvas. Nós dois começamos a rir. — Se bem me lembro, eu não era o que você estava procurando. Eu tive que jogar duro. — Além disso, já estou trabalhando, comecei ontem. Ele ficou em silêncio e eu pensei que ele tinha desligado, um sentimento de arrependimento tomou conta de mim. — Olá você ainda está aí? Tá passei dos limites. — Se não tiver interesse, bem... não se preocupe, continuarei procurando, obrigado. Sua voz ficou fria. — Espere espere. Eu não disse não, talvez eu esteja interessado, não sei. Caí um pouco porque não queria perder essa oportunidade. — Ah, bom... não sei, se quiser pode vir que te explico um pouco, aí você decide se te convém ou não, mas preciso achar alguém, então não posso esperar muito. — Posso ir hoje. Está bom para você? Teria que ser muito r**m esse trabalho para não trocar pelo PUB, mas eu não queria que ele soubesse que eu também sabia jogar as minhas cartas. — Perfeito, venha quando quiser. Estarei aqui. — OK te vejo mais tarde. A despedida foi muito seca, mas eu estava ansiosa para ouvir as condições. Não era o emprego dos meus sonhos, mas muito menos o PUB. Só de pensar em todos aqueles homens se aproximando de mim, meu estômago revirou. Se havia uma coisa que estava clara para mim. Era que não voltaria a trabalhar naquele lugar. Enviei uma mensagem de texto para Hugo e expliquei que tinha encontrado um emprego melhor, que ele deveria me perdoar, mas eu não voltaria. No segundo em que ele me ligou, ele apenas me pediu um favor. Para que eu fosse trabalhar aquela noite, ia ser muito em cima da hora para ele procurar alguém que pudesse trabalhar naquela noite. Então ele precisava pelo menos de uma semana para encontrar alguém. Eu entendi perfeitamente o que ele queria me dizer e concordei com relutância. Enzo A minha campainha tocou. Tentei achar uns sapatos sem sucesso, tinha o hábito de andar descalço pela casa o tempo todo, então resolvi abrir assim. Olhei o vídeo no celular e não acreditei, era aquela menina atrevida e para meu espanto ela estava vestindo roupa esportiva de novo. Eu tive que parar de rir antes de abrir. Há muito tempo não via ninguém tão provocadora. O portão externo se abriu e ela entrou pelo gramado da frente. Esperei dentro de casa tentando ficar sério antes de abrir a porta de casa. Pelo olho mágico observei ela olhar em volta um pouco nervosa, era difícil para mim reconhecer, mas gostei de como aquela roupa colorida lhe caía, realçava as curvas do corpo dela. Abri a porta e a cumprimentei com uma cara séria. — Olá... Tama...? Eu sabia perfeitamente o nome e o sobrenome dela, mas se ela viesse provocando, aparecendo de novo com roupas esportivas, eu ia jogar o jogo dela. — Pam. Samanta. Seus olhos se estreitaram um pouco suspeitosamente. — Você quer uma bebida, Sam? Ela olhou para mim levantando um sobrancelha e tive que me virar para que ela não me visse sorrir. — Sam, é Sam. Ela parecia irritada. — E... não, não quero nada, obrigado. — Pam, sente-se e eu vou explicar um pouco sobre o que é o trabalho. Eu estava tentando ser o mais sério possível. — Eu disse Sam. Ela respondeu com ambas as sobrancelhas levantadas. Um sorriso culpado escapou de mim e ela percebeu. Ela me olhou espantado. — Você vai continuar me chamando assim de propósito? Ela estava mais relaxada e embora tentasse se conter, um sorriso escapou dela. — E você. Você vai vir trabalhar todos os dias vestida assim? Fiquei sério de novo. Ela se desequilibrou um pouco e se levantou. — Não sei por que você me ligou, mas se não vai me dar o emprego, me diga, tenho muitas coisas para fazer. Ela parecia chateada. Eu desmoronei na hora, não achei que isso iria incomodá-la tanto, talvez eu tivesse exagerado um pouco. — Um... desculpe, estou brincando. Eu me senti muito m*al. Eu coloquei minhas mãos nos bolsos, envergonhado e nós encaramos até que ela começou a rir. — Você tem que saber com quem está brincando, hein...? Parecia que estava pensando no meu nome — Enzo. Acho que te disse ao telefone. Estendi a mão para cumprimentá-la. — Amigos? Eu tentei neutralizar a situação. Ela estendeu a mão para mim e apertou. Uma sensação estranha percorreu meu estômago. Sua personalidade forte foi compensada pela suavidade de sua pele. Baixei o olhar e fiquei arrepiado, quando ela percebeu afastou a mão rapidamente. — Amigos. Ela ficou tensa e brincou. Eu sorri assumindo que eu merecia isso. Comecei a mostrar-lhe a casa pela cozinha. Era bastante grande, mas no final das contas, como todas as outras, a única diferença era uma enorme ilha dividida em uma área especial para cozinhar e outra preparada para comer com umas lindas cadeiras de prata. Mostrei a ela o quarto que ela usaria. Tudo era branco, móveis, cortina, colcha... ela podia dar o toque que quisesse desde que estivesse ali. Ela abriu um armário e tirou o uniforme de Amalia, com cara de surpresa. — Devo usá-lo? — Não, é da minha ex-funcionária, ela preferia trabalhar de uniforme porque achava mais confortável. Você pode fazer da maneira que achar melhor. Com essas roupas, se quiser. Apontei para suas roupas coloridas. Ela olhou para baixo e saiu do quarto, pensativa. Descemos o corredor e não mencionei o quarto que estava trancado, mas pude ver que ele a encarava. — Este é o meu lugar favorito na casa. Deixei ela entrar primeiro e observei seu rosto atônito. — Nossa, é uma academia completa, não falta nenhum detalhe. Pra que serve essa tela? Ele perguntou com um brilho especial nos olhos. —Para entrar em contato com um personal trainer que às vezes contrato. Eu não conseguia parar de olhar para aquele rosto surpreso — Você gosta? — É impressionante, adoro esportes. Ela virou o cabeça em minha direção e sorriu para mim. —Você pode usar quando não estiver trabalhando, pelo tempo que quiser. Seus olhos se abriram como criança quando vê doce. — Sério? O sorriso cruzou seu lindo rosto. Chegamos à janela dos fundos e mostrei a piscina para ela.
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