Avalanche Narrando Entrei na casa e senti o clima pesado assim que fechei a porta atrás de mim. Conheço bem essa loira, a mulher que eu amei, que amo, e sei que sempre vou amar. Dá pra perceber de longe quando algo não está certo com ela. É como se o ar ao redor dela mudasse, como se tudo ficasse carregado com uma mistura de dor, raiva e medo. Ela estava no sofá, e eu coloco o Alexandre dormindo ao lado dela. As pernas dela estavam dobradas, o corpo encolhido, como se ela quisesse desaparecer. O olhar fixo em algum ponto da parede dizia mais do que qualquer palavra. Avalanche – Oi, Samira. Ela desviou os olhos para mim, e o que vi neles fez meu peito apertar. Não era só tristeza. Era uma ferida aberta que eu não sabia como fechar. Samira – Oi. – Simples. Direto. Sem emoção. Suspirei

