No dia seguinte...
Olho ao redor e vejo que estou em um grande jardim, uma estufa na verdade, e muito bem cuidada por sinal.
Há um caminho, e de cada lado, centenas de várias espécies de flores.
Ouço algumas risadas e sigo em direção ao som.
Quando passo por algumas rosas, vejo a mesma família conversando e sorrindo alegres, sentados em uma mesa de chá.
— mamãe! papai! Olha! Olha!. - a pequena garotinha aponta para uma borboleta preta voando perto de sua mão.
( Não que eu acredite nessas coisas mas....isso parece algum tipo de mau presságio... ).
Os pais sorriem para a garotinha que volta até eles e os abraça enquanto sorri alegremente.
— amo vocês de montão!!. - a garotinha sorri.
— e nós a amamos muito de montão. - sua mãe sorri e beija o topo de sua cabeça.
— ei!, e o papai?, Ninguém ama o papai?. - ele finge ficar magoado.
— também amamos o papai!!. - a garotinha se apressa em dizer. — um montão!!. - ela o abraça.
— sim, um montão. - a mulher beija a bochecha do marido e sorri.
— um montão?. - ele pega a pequena no colo.
— Sim!!, Um moontão. - ela faz um gesto com as mãozinhas.
Os três continuam sorrindo e brincando juntos.
BIP...BIP...BIP...BIP...
O som irritante do despertador me acorda.
O desligo e me sento na cama, respiro fundo e amarro meu cabelo.
Ouço uma música vindo lá de baixo, e percebo que minha mãe acordou animada hoje.
Faço minhas higienes e desço.
— oi mãe. - digo e me sento.
— bom dia meu amor, dormiu bem?. - ela sorri e vira uma panqueca na frigideira.
— mais ou menos, e...aconteceu algo bom?. - apoio meus cotovelos na bancada.
— por que?. - ela fala distraída.
— hm, talvez por a senhora estar muito animada?. - sorrio.
— nada de mais, o mesmo de sempre. - ela dá de ombros e continua o que estava fazendo.
— já que a senhora diz. - também dou de ombros.
— filha, não é hoje que sua amiga Júlia volta?. - vira o rosto para me olhar.
— é sim, mas só a noite. - me debruço na bancada. — e até de noite vai demorar muuito. - falo desanimada.
— olhe pelo lado bom meu amor, pelo menos ela ainda volta hoje. - ela coloca algumas panquecas no meu prato.
— sim. - sorrio e pego um pouco de suco. — e mãe. - a chamo.
— sim?. - ela se vira novamente.
— posso chamar a família dela para jantar aqui?.
— claro que pode, a Júlia e a família dela são sempre bem-vindos. - ela sorri.
— obrigada mãe. - começo a tomar meu café da manhã.
...
A noite...
Depois que a Ju e a família dela chegaram, eu fui até lá ajudar ela a desempacotar as coisas.
E depois esperei todos se arrumarem para voltarmos para minha casa.
A mãe dela guarda o carro na nossa garagem, enquanto nós entramos.
— bem-vindos!. - minha mãe sorri e os cumprimenta.
- olá Lauren!, A quanto tempo. - a mãe de Júlia abraça minha mãe.
- realmente já faz um tempo Maggy. - minha mãe a abraça de volta.
- e você Will, cresceu muito!. - minha mãe se direciona ao irmão de Júlia.
- o-obrigado. - ele agradece envergonhado.
- lembro de você pequenininho correndo por todo canto enquanto as meninas cuidavam de você, para que você não se machuca-se. - minha mãe sorri nostálgica.
Eu e Júlia começamos a rir lembrando das cenas. Olhamos para Will e ele está vermelho.
- own, meu irmãozinho ficou todo envergonhado. - Júlia aperta suas bochechas.
- para com isso!. - ele fala bravo.
- Ju, para de encher seu irmão. - falo e os olho.
- obrigada Ana. - ele sorri para mim.
- deixa o nosso pimentãozinho quieto. - dou risada.
Nós três começamos a rir, e depois vamos para a sala.
...
Depois do nosso jantar a Júlia e a família dela voltaram para casa, eu ajudei minha mãe a limpar tudo e depois fui dormir.
...
Uma semana depois...
Eu e a Julia estamos no quarto dela, tentando achar vagas de emprego.
- bom, legal, terminamos a escola, mas agora estamos desempregadas. - ela suspira cansada e deita a cabeça no meu ombro.
- sim... - eu também suspiro. - queria poder achar algum logo.
( Todos que nós achamos precisam de experiência... ).
- haa... - ela suspira de novo. - estou com fome, já faz mais de duas horas que estamos aqui!. - ela deita na cama.
- eu terminei o almoço. - Will entra no quarto e senta na ponta da cama.
- Eba!! Almoço!!. - ela sorri animada, mas rapidamente muda sua expressão. - mas espera aí pirralho, porque entrou no meu quarto sem bater?. - ela arqueia a sombrancelha.
- não sou pirralho, sou só dois anos mais novo que vocês. - ele fala e me olha. - e eu bati, vocês que não ouviram. - ele encara Julia.
- não bateu não. - falo e dou risada.
- isso é uma falta de respeito. - Júlia encara seu irmão.
- ah faça-me o favor. - ele levanta e revira os olhos.
- venham logo almoçar. - ele sai pela porta.
- você viu isso Ana?!. - ela fala indignada. - esse moleque revirou os olhos pra mim, e ainda disse "ah, faça-me o favor"!.
- eu vi, eu vi. - falo dando risada.
- Cadê o respeito pelos mais velhos?. - cruza os braços.
- você só tem dezoito!. - o ouvimos gritar da cozinha.
- ah esse pirralho!. - ela desce até a cozinha rapidamente.
( Esses irmãos... ).
...
Quando cheguei em casa, apenas troquei de roupa e me joguei na minha cama.
( Ugh...que cansaço... ).
Esses dias tenho me sentido bem cansada, acho que foi por conta da formatura e a festa...
Fecho meus olhos por alguns segundos e me pego pensando no Jeffrey.
Cabelo escuro, olhos escuros também, um sorriso que parece de propaganda de pasta de dente....e a temperatura gelada de suas mãos.
Sinto meus rosto esquentar e mudo meus pensamentos.
Pego meu notebook e fico olhando algumas coisas aleatórias, até acabar entrando no site da biblioteca da cidade, passo por algumas publicações, avisos...e acabo vendo que eles estão procurando por pessoas para trabalhar lá.
( Será um sinal?... ).
Me animo e procuro quais são os requisitos para o emprego.
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