MANUELLE NARRANDO Depois que o Caio saiu, ficou um silêncio esquisito no quarto. Não era nem triste… mas também não era leve. Era só aquele vazio que fica quando a presença de alguém ainda tá pairando no ar, sabe? Eu olhei pro Cauã ali no bercinho portátil, todo encolhidinho, de boca aberta e com a mãozinha fechada igual um pãozinho de sal. Que coisa linda da p***a. Mas o estômago roncou alto. Fome. Muita fome. Parece que amamentar dá uma fome de uns quarenta e cinco mendigos. Eu tava esfarelada, mas a vontade de comer era maior que tudo. Fui devagar, descendo as escadas igual uma idosa de noventa anos operada do joelho. A barriga ainda doía, os p****s pareciam dois tijolos prestes a explodir e minhas pernas pareciam feitas de macarrão. Cheguei na cozinha e só consegui pensar em pão com

