Capítulo Dois

2167 Words
P.O.V. Dimitri __ Senhor - minha secretaria correu atrás de mim tentando me alcançar. Eu não dei muita atenção a ela. Eu não queria ouvir que eu tinha reuniões a ir, ou coisa assim. Eu enterrei meu pai no mês passado e as coisas parecem apenas terem piorado. Eu senti muito pouco pela morte dele. Ele foi o homem que me ajudou quando eu mais precisei, que me tirou da miséria. Mas eu não sinto mais nada pelas pessoas. Acho que se fica assim quando se tem que matar uma por semana. Abri a porta do meu escritório e me irritei ao ver quem estava lá. __ Era isso que eu estava tentando lhe avisar senhor - me virei para ela. __ O que eu disse sobre permitir pessoas na minha sala? Se isso acontecer novamente, você será despedida - ela deu um passo para trás e foi o momento perfeito de bater a porta nela. A mulher na minha frente deu um sorriso petulante. Eu estava a ponto de me livrar dela. __ Olá Alekseeva - o sorriso brilhou na sua boca coberta de batom vermelho. __ O que você quer Eleonor? - a v***a estava sentada na minha cadeira. Foi terrível essa mulher ter descoberto quem eu era, o que eu fazia da vida, ela vem me ameaçando desde então. Mas eu já tenho minha carta na manga. Ela não me controla mais, então adeus casamento que eu não estava nem um pouco afim de entrar. Me casar com a filha dela seria trágico. A menina é irritante. Foi apenas um sexo e ela achou que séria uma boa casarmos. É por isso que prefiro as prostitutas, elas não falam muito e não se intrometem na vida pessoal de seus clientes. Ela até tentou dizer estar grávida, mas eu sempre uso camisinha, não tenho uma vez que eu não tenha utilizado, eu não sou burro. __ Ai que falta de sensibilidade - ela colocou a mão no peito - não faz muito tempo que perdi meu marido. Ela me fez matar ele. Aparentemente, ele estava falido, por isso o maldito casamento. Eu não me importei de deixar o filho dela trabalhando comigo, ele era bom no que fazia, mas ela e a filha, são uma pedra no sapato, ao qual eu vou retirar, mas não agora, eu vou esperar mais um tempo. __ Me lembro de ver você comemorando a morte dele. __ Será que foi assassinato? __ Será que alguém pediu isso? - o sorriso dela murchou - não se esqueça que o mandante do crime pega mais anos de prisão. Agora saia da minha cadeira - ela se levantou do meu lugar. O marido dela não era uma pessoa muito agradável, eu devo admitir. Não me importei em matar ele e fazer parecer um acidente. Joguei minha pasta sobre a mesa e me sentei. Eu olhei para ela esperando que falasse alguma coisa. __ O que quer? Eu tenho muito o que fazer. __ Imagino... - ela girou no centro da sala - olha só essa sala, tão grande. Você deve está muito infeliz tendo que comandar tanto dinheiro - ela sorriu com deboche. __ Não é meu dinheiro, assim que o filho do meu pai nascer vai tudo para ele - ela colocou a mão na boca, rindo. __ Por favor, eu sei que o bastardo não é filho dele e você também sabe disso, seu pai também sabia, por isso deixou tudo para você. Não adianta mentir para mim, eu tenho olhos em todos os lugares. Aquela mulher era realmente uma oponente a minha altura. Eu iria levar isso por um tempo, até ter tudo que preciso em mãos. __ Eu já comprei a aliança - ela sorriu. __ E meu colar? - parei por um momento. Eu deveria ter escolhido um colar repleto de esmeraldas, bem chamativo, como ela pediu. Eu não escolhi. Escolhi um delicado, bonito e não chamativo. Peguei na gaveta da minha mesa a caixa com o colar. Eu imediatamente me lembrei da vendedora. O sorriso dela não sai dos meus pensamentos. Seus olhos cor de esmeraldas, como a joia que eu segurava. Eu comprei esse colar imaginando como ficaria nela. Meus pensamentos nunca foram para ninguém. Eu apenas tinha imagens de pessoas que eu matei, mas agora eu tenho o sorriso dele e seus olhos. Ela me intrigou tanto, me deixou completamente confuso. Eu não sei o que senti ao olhar em seus olhos, mas foi bom, como eu nunca tinha sentido antes. Eu precisava descobrir mais dela, eu sabia que sim. Eu não vou ficar quieto até saber tudo sobre ela. __ Eu não comprei e nem vou - não comprei aquele colar para ela. __ Tudo bem eu vou indo. Não esqueça o jantar de noivado - ela saiu batendo a porta. Coloquei o colar no bolso da mimha calça social. Me levantei e sai da minha sala. Andei até a sala do filho de Eleonor. Michael era bom no que fazia. O menino era leal e muito inteligente, quando eu derrubar a mãe dele, ele vai ter a escolha de ficar ao meu lado. __ Sr. Alekseeva - ele se levantou da cadeira. Eu fiz um gesto para ele permanecer no local. __ Preciso que faça uma busca para mim - entreguei o colar a ele - todas as pessoas que trabalham ou trabalhavam nessa joalheria, para hoje! - ele assentiu rapidamente. Voltei para minha sala e passei o dia trabalhando. Mesmo sendo sábado eu tinha que estar aqui. Com a morte do meu pai fiquei cheio de coisas para resolver. Isso apenas me da dor de cabeça. Eu m*l consigo me concentrar. Porque olhos verdes e sorriso encantador não saiem da minha cabeça? Já era hora de almoço e eu não tenho a mínima fome. Respirei fundo esfregando meu rosto. Alguém bateu na minha porta e eu apenas queria mandar para p**a que pariu. __ Entra! - Michael entrou com alguns papeis na mão. __ Encontrei o que me pediu - arranquei todos da mão dele. Olhei cada um atentamente, até a encontrar. Como ela ainda parecia absurdamente atraente pela foto? Como aquela menina conseguia me prender dessa forma? __ Sr. Alekseeva, o senhor está bem? __ O que sabe sobre ela? - mostrei a foto. __ Aurora Evans, mora com a tia, desde que nasceu, não sabe nada do pai ou da mãe. Ela tem o ensino médio completo, cursa enfermagem. Ela está trabalhando nessa joalheria temporariamente - batuqueiro meus dedos na mesa. Eu preciso fazer alguma coisa sobre isso. Aquela menina me fascina de uma forma que nunca aconteceu antes. Eu apenas tinha trocado algumas palavras com ela. Eu preciso de uma noite com ela e logo tudo acabará. __ Quantos anos? __ 19 - a p***a de uma ninfeta. __ Oh! - ele pareceu surpreso - ela enviou currículo para a gente. __ Estamos contratando? __ O senhor pediu para eu conseguir uma secretária - ele deu um sorriso nervoso. __ Entreviste ela, se for competente a contrate - ele assentiu - mas como minha secretária. __ E a sua? __ Desapareça com ela, leve para você, mande para outro setor, se vira! __ Sim senhor, com licença! *** __ Dimitri - Aaron passou o braço envolta de mim, mesmo sabendo que eu odiava. __ Oi - ele riu. __ Sempre fico feliz quando você resolve aparecer. Alguma preferência hoje? Olhei ao redor vendo as meninas dançando. Algumas na barra, outras com alguns clientes. Quando me mudei para cá, eu vivia aqui. Eu sabia das minhas responsabilidades, mas nada me impedia de me divertir. __ Não! - ele não tinha nenhuma ninfeta de olhos verdes, cabelos cacheados e sorriso encantador. __ Eu soube do casamento, só não achei que fosse fiel - comecei a andar e ele me seguiu. __ Não sou, estou pouco me fudendo para esse casamento. __ Qual é o problema? __ Estou meio que sendo obrigado a isso. Mas eu vou me livrar dela. Alice me irrita como ninguém - ele riu. __ Sei como é, por isso separei da minha esposa, não estava suportando mais, não me deixava fazer nada - me sentei no bar. __ Como trair ela? - ele riu. O desgraçado não tinha o mínimo respeito. Me foi servida uma bebida. Eu passei um tempo com Aaron no meu pé, mas logo ele se foi. Conheci ele quando cheguei. Ele quem me apresentou a boate, do qual ele é dono. Só fui descobri um tempo depois, quando me contou. Segurei a mão que tentou tocar no meu rosto. Eu odiava qualquer tipo de carinho. __ Aí! - Alice massageou o pulso. Vi que estava um pouco vermelho. __ Não me toque. E o que está fazendo aqui? - ela sentou ao meu lado. __ Eu sei que você vem aqui. Não quero arriscar que você fique com uma dessas putas - ela quase me fez rir, quase. __ Não fique me vigiando, me irrita! - ela tocou no meu braço. __ Somos noivos. Eu gosto de cuidar do que me pertence. __ Somos noivos, mas não por opção. Foi apenas uma noite, supera - peguei minha bebida saindo dali. Eu sabia que ela estava me seguindo. Ela não devia ter amor próprio? Alice não gostava de mim, ou gosta, tanto faz. Ela só se importa porque o pai faliu antes de morrer. Alice devia ser como o irmão mais novo. Ele trabalha para conseguir as coisas. __ Eu posso ficar essa noite na sua casa? __ Não gosto de pessoas na minha casa. __ No seu apartamento? - assenti. Pego a chave do apartamento e entrego a ela - não vai ficar comigo? - n**o. __ A empregada está lá, se precisar de alguma coisa, não me liga, pede a ela - voltei para dentro da boate. Me sentei no bar e continuei bebendo. Eu tenho uma ótima resistência ao álcool. Michael me enviou um pouco mais de coisas sobre a menina. Eu deixei claro para ele não comentar com ninguém sobre, eu sabia que não iria. Aaron voltou e me chamou para a área VIP. Eu subi e me sentei em um dos estofados que tinha. Um garçon ficava o tempo inteiro servindo bebidas. Quando eu reparei já eram 4:00 da manhã. Eu sei que tenho um reunião com Meredith, daqui a duas horas e não dormi nada. Tirei a mulher que estava sentada no meu colo. Me despedi de Aaron, com a promessa de que voltaria. Minha casa não fica longe da cidade, ninguém sabe direito a localização. Se caso alguém me descobrir, a casa está equipada para minha segurança. Como cedi meu apartamento para minha "noiva", eu tenho que dormir em um hotel. Paguei a diária na recepção e enviei uma mensagem para a empregada trazer um terno para mim e os documentos da reunião. Coloquei minha arma debaixo do travesseiro e me joguei na cama. Eu acordei do meu breve cochilo. Entrei no banheiro e fui direto para um banho de água fria. Escovei os dentes para tirar o cheiro da bebida. Sai do banheiro com uma toalha amarrada na cintura. Minha empregada tapou os olhos ao me ver. Franzi o cenho com a atitude dela. A mulher tinha idade para ser minha mãe. __ Sr. Alekseeva, mil desculpas. __ Pare de ser ridícula, eu não estou nú - ela tirou as mãos dos olhos e deu um sorriso envergonhado - Alice esteve lá? Peguei minha roupa e entrei no banheiro. Enquanto eu me vestia ela me contou o que aconteceu. Maira não deixou de reclamar da Alice. __ Eu posso ser sincera senhor? - sai do banheiro. __ Fale! __ Eu sei que não devia me meter, mas não acho que ela seja uma boa esposa para você - ajeitei os papéis. __ Tenho razão, não devia se intrometer. Mas eu concordo com você - eu reparei que ela estava um pouco feliz com a resposta e não entendi o motivo - volte para o apartamento - ela assentiu. Peguei a pasta com os documentos e desci. Estacionei enfrente ao café que marquei. Avistei ela e segui até sua mesa. __ Bom dia, Dimitri - ela sorriu acariciando a barriga. __ Bom dia. Vamos direto ao assunto - pedi um café forte e sem açúcar, para me livrar do álcool. Peguei os papéis e entreguei a ela. Quando meu pai morreu, ele deixou toda sua fortuna para mim. Era muita coisa para administrar. Meredith está grávida. Não vi problema em passar algumas propriedades para ela e algumas ações da empresa. __ Deixei a casa que você mora, a da Alemanha e a de praia. Você agora tem 7% das ações. __ Eu... Nem sei como agradecer. Muito obrigada, Dimitri - ela sorriu - eu quero que você tenha tudo de bom. Eu terei, assim que Aurora estiver gemendo meu nome. Eu só preciso de uma noite, depois disso vou esquecer ela, como aconteceu com as outras.
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