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As Crônicas de Lívia - A Rainha Icamiaba

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Blurb

Uma princesa guerreira da lendária tribo Icamiaba, após um sensual encontro com um misterioso homem durante a festa de Iaci, enfrentou o maior dilema de sua vida: respeitar as tradições de seu povo ou salvar a vida de sua filha. A resposta da deusa a suas orações foi um portal que levaria a menina em segurança para outra dimensão, muito distante de seu povo.

Em Lívia, a primeira terra criada pelos deuses antigos, a jovem Icamiaba é criada como a filha do patriarca do Clã Bienveillant.

Foi criada e educada na tradição do culto da Rainha Deusa, tentando se adaptar à realidade de sua nova vida.

Até o momento em que sua origem guerreira vem à tona, mudando sua vida, fazendo-a iniciar sua jornada para se tornar a rainha que deveria ser, enfrentando suas batalhas e lutando para vencê-las enquanto a história de Lívia é transformada.

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A Separação
Conori olhava para a filha pequena em seus braços, sabia muito bem que não poderia explicar a sua rainha e as suas irmãs a procedência da menina. Podia atribuir seu nascimento a última festa do Iaci, ao encontro que tinham anualmente com os guerreiros da tribo Guacaris, mas seria rapidamente desmentida, não havia levado nenhum guerreiro para sua oca. Sua criança havia vindo em um tempo muito menor do que as demais crianças da tribo concebidas na mesma cerimônia. Olhou novamente para a marca de nascença sobre as costelas da menina e suspirou frustrada. Segurou em uma das pequenas mãos que se esticavam na direção do cabelo da mãe, nem mesmo o fato de ser filha da poderosa rainha Icamiaba impediria a comoção e a guerra que sua criança geraria. Conori contorceu seu rosto de raiva, deveria ter pensado nisso, naquela noite, mas deixou se levar pela magia do ritual, não havia entendido o significado do Muiraquitã que retirou do rio, o amuleto de pedra verde que todas as guerreiras Icamiabas recebiam das mãos da Mãe dos Muiraquitãs. O amuleto que recebeu lembrava-lhe uma onça-pintada pronta para atacar. Saiu do rio olhando o amuleto e nem sequer prestou muita atenção onde seus passos a estavam levando, apenas percebeu estar na margem oposta do rio, o lado oposto de onde ficavam as ocas de sua tribo. Ouviu o esturro de uma onça muito perto de onde estava, olhou ao seu redor assustada, precisava sair daquele lugar, estava desarmada e seria uma presa fácil para aquele felino, olhou ao seu redor, mas não conseguiu localizar o caminho para voltar ao rio onde estavam fazendo a cerimônia, não conseguia mais ouvir os sons das cantigas que suas irmãs Icamiabas faziam para pedir a Deusa Iaci para que lhes descem fertilidade, enquanto iniciavam a receber os guerreiros em suas ocas para conceber a nova geração de guerreiras. Um novo esturro vindo da onça fez seu coração disparar, estava na sua esquerda, muito próxima dela, a estava espreitando, ela seria devorada em questão de minutos por aquele animal. Segurou com força o Muiraquitã contra o peito, viu o mato espesso se movimentar com a aproximação, todos seus instintos aguardavam o ataque, sentiu seu coração errar uma batida quando percebeu a cabeça da onça-pintada, seus olhos vidrados nela, foi só então que o percebeu. Um homem apareceu sob a cabeça da onça, Conori ficou perplexa observando-o se aproximar. O analisou atentamente, ele era forte e alto como um guerreiro, a pele era um pouco mais pálida do que os outros homens que já havia visto em sua vida, os olhos negros brilhantes refletiam a luz da lua, não podia negar o quanto era belo. O estranho homem fez um sinal para Conori, pressionando o indicador sobre os lábios, pedindo que fizesse silêncio, ela fez um sinal positivo com a cabeça. Aquele estranho homem se aproximou dela rapidamente, movia-se como um predador, era muito mais alto que ela, coisa incomum quando se tratava das guerreiras de sua tribo. Percebeu o menear a cabeça parecia confuso, seu rosto pairou sobre o dela por alguns instantes, até que algo lhe chamou a atenção, ele tocou uma de suas mãos prestando atenção ao Muiraquitã que Conori mantinha seguro contra seu peito. Ele estreitou seus olhos, voltando a fazer contato visual com ela, observou o sorrir, farejando seu cheiro. Conori sentiu o rosto esquentar e não entendeu o que aquele estranho estava fazendo. Tentou se virar para sair dali, mas as mãos do estranho foram mais rápidas, ele a segurou pelos ombros, pressionando seu corpo contra o tronco de uma árvore, Conori não conseguia desviar o olhar daqueles olhos negros e brilhantes. Ouviu o estranho ronronar como um felino, não conseguia disfarçar o fascínio que aquele homem exercia sobre ela, roçou seu nariz sobre a pele de seu pescoço fazendo sua pele se arrepiar. Sorriu sentindo o calor do corpo contra o seu, a ereção roçando contra seu ventre, moveu o rosto tomando os lábios dele e provou o sabor doce do beijo. Conori o envolveu com seus braços afastando um pouco as coxas, permitindo que ele explorasse seu sexo com os dedos, sentiu o brincando com um de seus m*****s. Conori apoiou uma das pernas sobre a raiz da árvore, permitindo-lhe acesso ao seu sexo, segurou o m****o ereto dele com uma das mãos e esfregou na sua entrada, o ouviu arfando enquanto olhava atentamente o que ela estava fazendo. Ele abaixou um pouco o rosto, cobriu seu mamilo com os lábios e o sugou fazendo um gemido escapar dos lábios dela, mordiscou enquanto ela o apertava mais contra os s***s. Ele esfregava o m****o em seu c******s quase penetrando seu sexo, sua excitação escorrendo quase até sua virilha. Conori gemeu de prazer, imploraria para que ele a possuísse se assim desejasse. Quase gozou ao ser preenchida por aquele m****o, o ouviu gemer algumas palavras incompreensíveis contra seu ouvido, parecia um cântico ou uma reza. Não conseguiu prestar atenção ao som, ele se movia cada vez mais rápido, era selvagem. A segurou pela cintura fazendo-a o envolver com as coxas, urrou no ouvido dela enquanto seu g**o preenchia o corpo de Conori, que se sentia tão extasiada que não conseguia parar de mexer seus quadris contra o corpo dele. O guerreiro não demonstrava intenção de retirar-se de dentro de seu sexo, a cada orgasmo obtido as ondas do prazer eram ainda mais intensas do que as anteriores. Conori beijava e lambia seus lábios, a pele de seu pescoço e ombros. Abraçaram-se com força, sentia como se fosse morrer se ele a deixasse, ficaram ali até quase o amanhecer quando a última onda de prazer a atingiu, fazendo a gemer alto, quase gritando. Recostou sua cabeça contra o tronco da árvore, olhou para o céu que ganhava tons de rosa e laranja e sentiu sua cabeça leve como jamais havia sentido em sua vida. Ouviu novamente o esturro da onça próximo deles. Conori olhou para o local de onde vinha o barulho, o homem ainda estava recostado em seu corpo. Ele levantou a cabeça, movendo-a até que conseguiu a atenção de Conori, observou mais uma vez os olhos dela e beijou rapidamente seus lábios antes de se afastar lentamente da árvore de onde estavam. Ao perceber que ele desapareceria, assoviou chamando a atenção dele, quando o homem parou olhando para ela de sobre o ombro, pediu ao estranho: — Me diga ao menos seu nome. Ele sorriu, parecia pensativo olhando para o chão, outro esturro da onça chamou a atenção de ambos, aquilo chamou a atenção dele, parecia ter recebido alguma ameaça, voltou seus olhos mais uma vez para Conori, respondendo: — Voltarei para o nascimento... O viu se aproximar do chão e se transformar em uma grande onça-pintada, os expressivos olhos do felino a fitaram uma única vez antes de desaparecer na mata. Foi só naquele momento que percebeu, não fazia ideia de quem era aquele homem e nem mesmo se era realmente um homem, olhou mais uma vez para o Muiraquitã em sua mão. Aquela foi a primeira vez que olhou para o amuleto verde. Nos meses que se passaram, muitas vezes se pegou analisando-o enquanto se questionava quem havia sido o seu companheiro daquela noite, aconselhou-se com a sacerdotisa de sua tribo, a velha Icamiaba analisou o amuleto verde em forma de onça cuidadosamente antes de lhe dizer a palavra que lhe assombraria: — Iaguaretê. Conori sentiu o sangue congelar nas veias, inconscientemente protegeu o ventre com uma de suas mãos, como se aquele gesto pudesse proteger sua criança daquele m*l. Tudo que se lembrava daqueles seres era que se tratavam de homens que se transformavam em onças. Alguns diziam serem bruxos, outros diziam serem seres encantados, ninguém sabia ao certo se eram uma tribo ou se eram nômades. Quando a história chegou aos ouvidos da rainha, ela havia sido taxativa que se livrariam da criança assim que viesse ao mundo. Aquela ideia fazia o estômago de Conori se revirar. Foi tirada de suas lembranças pelo grito de uma de suas irmãs. Prestou atenção, havia mais de um som, ouviu um grito de desespero e as súplicas de uma de suas irmãs, o canto do ritual mortuário, a discussão de outras duas e um brado de guerra Icamiaba. Conori colocou o Muiraquitã preso a uma tira de couro envolta do pescoço da pequena criança, beijou sua testa envolvendo-a com alguns panos e a escondeu em um cesto em sua oca, para que ninguém a achasse. Pegou seu arco e flecha e saiu com pressa para observar o que estava ocorrendo, se deparou com uma de suas irmãs lutando bravamente para se libertar do agarre de duas guerreiras mais velhas, outra segurava em um pedaço de pano duas pequenas onças-pintadas, um pouco mais do que recém-nascidos. Os filhos miavam desesperados, seus olhos brilhantes demonstravam o desespero ao assistir à guerreira Icamiaba tentar lutar para recuperá-los. Conori se aproximou autoritária, questionando: — O que está acontecendo aqui? A velha sacerdotisa aproximou-se dizendo ríspida e mostrando os dois filhotes de onça: — Iaguaretê, ela se deitou com um Iaguaretê. Ela não entende que não pode criá-los na tribo, precisamos nos livrar deles... Os olhos de Conori correram dos filhotes para o rosto desesperado da guerreira na sua frente e entendeu. Naquela noite não apenas ela teve um encontro com um homem daquela tribo, mas outras irmãs também. Olhou ao seu redor perdida em pensamentos, quantas tiveram filhos com aquele homem ou aquela tribo de homens. O grito de pavor de uma de suas irmãs chamou sua atenção, uma onça-pintada gigantesca saltou vinda do nada rasgando a garganta da mulher, seguida por outras. Conori estremeceu, vários esturros de onças foram ouvidos na aldeia, uma das mulheres agarrou a guerreira que lutava e teve sua panturrilha abocanhada por uma daquelas feras, mas a mulher conseguiu se libertar. A velha sacerdotisa fugiu levando os filhotes consigo enquanto alertava a todas gritando: — São os Iaguaretê, vieram salvar suas crias... Conori não permitiu que se movesse ou gritasse mais, a nocauteou dando uma cabeçada em seu nariz enquanto ela pegava os filhotes em seus braços gritando para a outra guerreira Icamiaba: — Venha comigo, precisamos salvá-los. Conori correu para sua oca, pegou o cesto e colocou confortavelmente a filha e os dois filhotes de onça deitados, os envolveu com folhas e tecidos que as Icamiabas mesmas confeccionavam. Colocou alguns amuletos de pedra verde junto dos pequenos enquanto a outra guerreira cuidava da porta para não ser surpreendida. Conori gritou: — Irmã, arme-se. Precisamos protegê-los, venha comigo. A guerreira fez um sinal de positivo se armando com arco e flecha, algumas zarabatanas e paus, lutaria até a morte para proteger seus filhos. Ambas correram para fora da oca, o centro da tribo havia virado uma guerra, onças-pintadas atacavam e eram atacadas pelas guerreiras Icamiabas. Conori precisava lutar ao lado de sua tribo, mas não permitiria que os Iaguaretê levassem as crianças. Aquela era sua filha e não permitiria que fosse separada dela ou morta, cutucou a outra guerreira. As duas correram em direção ao rio onde a tribo fazia seus rituais de louvor e clamor a Deusa Iaci. Conori orou mentalmente que a deusa lhe mostrasse como proteger aquelas crianças de uma morte c***l, ouviu novamente o esturro de uma onça se aproximando, apenas viu o colossal felino quando esse saltou sobre a guerreira que corria a seu lado tentando proteger seus filhos, ela olhou para Conori e implorou: — Por favor, salve as minhas crianças... A guerreira lutava bravamente tentando manter a boca da onça fechada e longe de sua garganta, lutaria com a fera para que Conori fugisse com as crianças. Ela estava voltando a correr quando reconheceu a alguns metros de distância o homem que foi seu companheiro na festa de Iaci. Aqueles olhos negros brilhantes e o sorriso tão belo quanto diabólico, ele estendeu a mão na direção dela, bradando: — É meu, devolva. Conori apenas se virou na direção do rio, na parte onde sua correnteza era mais forte, saltou por um caminho de pedras e desceu se segurando pela borda do rio. A correnteza estava muito forte, caso se desequilibrasse morreria e as crianças com ela também, olhou para o meio daquela água, viu um redemoinho verde brilhante, onde parecia que água apenas desaparecia, pensou alguns instantes reconhecendo aquela era a resposta da Deusa Iaci a suas orações. Parou um instante antes de perceber aquele estranho homem parado a apenas alguns passos de distância de onde estava, não conseguiria vencer sem ele levar os pequenos na cesta em suas costas, então saltou para dentro do rio. Levantou o cesto o mais alto que conseguiu sobre sua cabeça e lutou para se aproximar do redemoinho. Colocou a cesta quase no centro do turbilhão e os empurrou vendo-os desaparecer nas águas. Foi a última coisa que viu antes que uma gigantesca onça-pintada se lançasse violentamente. Iniciaram uma luta sangrenta por suas vidas, enquanto as correntezas arrastavam a ambos pelo rio abaixo. Conori deu um último olhar para o redemoinho, rezou mentalmente para ser o certo a fazer por sua filha, que algum dia ela pudesse ser a rainha Icamiaba como sempre sonhou que sua primeira filha seria. As águas os arrastaram daquele local saindo de sua visão.

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