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A prisioneira do Rei

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Blurb

Uma feminista ativista que luta pelos direitos das mulheres se arrisca com um grupo de militantes indo até um dos países mais extremistas em relação a liberdade das mulheres. No coração do oriente médio a corajosa e aventureira Lindy Maria vai conhecer o verdadeiro inferno que é ser mulher em uma terra hostil que não respeita o sexo feminino.

Lindy vai enfrentar o orgulhoso rei de um reino que parece ter sido congelado no tempo e permanecido em um século primitivo onde nem votar as mulheres tem direito. O rei Yussuf vai se encantar pela beleza da estrangeira que causava o caos nas suas terras, mas vai odia-la pelo mesmo motivo, até que esse sentimento de raiva que fere seu orgulho vai se transformando em uma obsessão pela militante brasileira.

Yussuf a mantém prisioneira, escondendo o ardente desejo de fazê-la sua mulher.

Em meio a tanta divergência e medo da morte Lindy estará preparada para entregar seu coração ao rei árabe?

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O começo de tudo
Alerta de história com gatilhos: Estrupo (Não romantizado) Violência doméstica, violência psicológica, abusos, negligência de afeto, sadismo e outras maldades que um homem é capaz de oferecer a uma mulher indefesa. Boa leitura! Eu sempre fui uma menina forte, determinada e muito sonhadora. O único problema foi conviver com homens que só me fizeram m*l. E quando eu digo m*l é uma crueldade sem precedentes. A injustiça também me incomodava, primeiro porque me fazia sofrer com a revolta e segundo porque para mim a vida só fazia sentido se os maus pudessem pagar por seus crimes ainda nessa vida! Então para começar a contar a minha história quero compartilhar minha infância e adolescência e só assim poderam entender as razões que vão explicar a mulher que me tornei. Nasci em uma família de classe média o que significava que desde muito pequena eu tinha consciência de que deveria trabalhar para me sustentar. Minha mãe era uma mãe "solo". O crápula do meu pai a abandonou quando soube da gravidez e então eu nasci sem conhecer o homem que um dia chamaria de pai. Mais tarde soube que ele se chamava Otávio Ferreira e era um dos fazendeiros mais ricos da região. O dinheiro dele nunca me atraiu, muito pelo contrário, me dava muita raiva por ele saber da minha existência e negar a minha mãe uma pensão para ajudar a me criar. Minha mãe se chamava Vitória. Eu tenho o costume de pesquisar o significado e origem dos nomes das pessoas que conheço e nem preciso dizer o que significa o nome da mulher que mais amo e me deu a vida né? Minha mãe realmente foi uma vitoriosa em tudo, ela decidiu não me abandonar quando meu avô a colocou na rua ao saber que sua única filha estava grávida e solteira o que na época era uma vergonha muito grande para as "famílias tradicionais". Meu avô materno Humberto era um homem orgulhoso, o primeiro machista que conheci e precisei fazer um esforço enorme para perdoa-lo. Depois de muito tempo, quando eu tinha doze anos ele veio me conhecer. Se mostrou emocionado, mas não teve a capacidade de me pedir perdão e muito menos pedir perdão a sua filha a quem ele tanto humilhou no passado. Minha avó materna Marisa era uma submissa tradicional, daquelas que faz questão de servir o marido, tinha medo até de olhar nos olhos de meu avô. Vovó era doce, amável e sofreu muito quando teve de apoiar a maldade que meu avô fez a mamãe no dia em que ele a expulsou de casa. Vovó me contou mais tarde que jamais aprovou o que vovó Humberto fez e que rezou noite e dia para que minha mãe estivesse bem e em segurança. Eu compreendia minha avó, mesmo não estando totalmente de acordo com sua atitude em ficar passiva em relação a atitude de meu avô. Vovó Marisa tinha medo de contrariar o marido, não havia aprendido a respeitar a si mesma, portanto aceitava a falta de respeito de quem quer que fosse. Na nossa casa tudo era muito difícil para sobreviver. Eramos apenas duas mulheres que precisavam se manter forte em uma sociedade patriarcal e machista. Minha mãe não teve chance de estudar, aos dezessete anos dava a luz a mim e deixou seus sonhos de menina para cuidar de um bebê. A pobreza fazia parte da nossa vida, mas sou grata por nunca padecer com a miséria que nós cercava. Fomos morar em um cortiço, um lugar muito estreito, com casas amontoadas umas as outras o que deixava a nossa vida sem privacidade. Nesse lugar hostil vivenciei de perto a violência de todo o tipo. Desde assistindo homens espancando crianças que eram meus amigos e esfaqueando suas companheiras. A polícia não dava conta da criminalidade naquele lugar. Não havia controle sobre o tráfico de drogas e a pior tragédia que me ocorreu foi minha mãe ter se envolvido com um traficante. Ele era bem mais jovem que ela, poderia ser meu irmão mais velho. Seu nome era Rodrigo. Já no primeiro dia que o vi já sabia que não era uma boa pessoa e que nós traria problemas. Na época eu tinha quinze anos, era uma adolescente completamente fechada, retraída e sem amigos. A tristeza que eu sentia por todo nosso sofrimento diante da vida ceifava meu vigor e minha mocidade. Mas mesmo tão triste e introvertida não impediu de ser desejada por meu padrasto. Rodrigo não tirava seus olhos maliciosos de mim e sempre que aparecia lá em casa dizia coisas que eu não tinha malícia suficiente para compreender o significado. Mas eu o odiava, afinal ele namorava minha mãe e não queria magoa-la faltando com o respeito a ele. O tempo então mostrou a verdadeira face daquele homem que minha mãe idolatrava. Certa noite ele me dopou, colocou um sonífero no meu copo de suco e eu apaguei. Mesmo fraca e sem conseguir escapar eu lembro que lutei até não poder mais. O desgraçado aproveitou a saída de minha mãe ao mercado e me estrupou, arrancou de mim a única coisa de valor que ainda eu tinha: minha virgindade! Aquele dia eu eu sabia que a vida não fazia mais sentido, assim que me livrei daquele monstro, corri para fora de casa. Sem rumo e sem destino, alcancei a rua e me joguei na frente de um carro em alta velocidade. Eu não queria mais viver, não a vida que eu tinha desde que nasci. Depois de ser violentada menos ainda queria manter os olhos abertos e os pulmões se enchendo de ar. Precisava colocar um fim na minha dor e depois do que havia passado já não tinha mais nada que pudesse me fazer voltar atrás. O choque das ferragens do carro contra meu corpo não doeu tanto quanto a dor que dilacerava minha alma. Nem senti o impacto, mas pude sentir meus sentidos falharem. Meus olhos se escureceram, minha audição se tornou silenciosa e nem um músculo de meu corpo eu sentia. Depois que acordei percebi que estava no hospital, em uma cama com diversos aparelhos apitando e me dando impulso para viver. Senti desapontada em ter falhado na minha tentativa de suicídio. Meus olhos expressavam minha angústia por ainda estar viva.

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