Helena Cheguei ao meu minúsculo apartamento em Harlem ainda com o cheiro de costela grudado no cabelo. Joguei a bolsa na poltrona, tirei os sapatos e quase tropecei no capacete que Arturo insistiu para eu usar. Que ironia: ele me protege enquanto eu planejo destruir o mundinho perfeito dele. — E aí? — A voz grave do Cobra soou da sala. Ele estava largado no sofá, controle da TV numa mão e cerveja na outra. — Conheceu a tal princesinha? — Conheci — respondi, jogando o casaco sobre a cadeira. — Mas não consegui bisbilhotar como queria. A casa tem câmeras por todos os lados e fica num condomínio fechado. Tirar a Sarah dali vai ser mais perigoso do que pensávamos. Cobra deu um gole demorado. — Mas viu alguma coisa útil? Sentei na ponta do sofá, tirando o elástico do cabelo. — Vi que eles

