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7 ANOS DE INDIFERENÇA

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Blurb

Para ela, foi amor à primeira vista.

Para ele, foi apenas o preço a pagar para proteger um segredo sombrio.

Alice Ross era muito jovem e ingênua quando foi prometida a Brando Zanetti, um homem implacável que jamais quis aquela garotinha travessa como esposa. Seu casamento foi um acordo e nada mais...

Ou pelo menos, assim deveria ser.

Por isso, ele a abandonou pouco depois do casamento, indo para outro país e deixando-a para trás com o coração partido.

Durante anos, Alice aprendeu a sobreviver àquele casamento c***l, até que a morte de seu pai muda tudo.

Brando retorna, mas o que encontra não é a mesma garota dócil e inocente que deixou para trás, mas uma mulher forte, decidida e perigosa... uma que desperta nele um desejo tão enterrado quanto os cadáveres de seus inimigos.

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Prólogo
Passado... —ALICE— — É patético. Solta meu irmão mais velho enquanto dirige, dando uma última olhada no presente que preparei com as minhas próprias mãos. Esforço-me para ignorá-lo enquanto ajeito cuidadosamente a caixa no meu colo. É um delicioso bolo de morango com creme, feito com muito cuidado e carinho. Talvez não seja o mais bonito do mundo, mas o que vale é o detalhe, não é? — Cale a boca, Bastian. Só dirige. Ele solta um suspiro pesado, mas mantém os olhos na estrada. — Só digo que você não deveria fazer isso. Papai conseguiu que Brando Zanetti se comprometesse com você. Já é um acordo fechado. Não entendo por que você se esforça tanto para agradar um cara como ele. Vocês não têm nada em comum. — Eu sei, mas isso pode mudar. Respondo com entusiasmo, acariciando a fita vermelha da caixa. — Por isso, preparei este lindo bolo como uma oferenda de paz... sei que ele não adora a ideia de casar, não sou boba, notei no nosso jantar de noivado. Sorrio, sem poder evitar. Brando parecia tão sério quando papai me apresentou formalmente. Até então, eu só o tinha visto de longe em festas e reuniões sociais, mas aquela foi a primeira vez que as nossas mãos se encontraram num aperto tão firme... Ai, meu Deus! Fico com a pele arrepiada só de lembrar. — Ele é tão bonito... Uau! Suspirei profundamente. — Nunca tinha visto um homem assim... Ainda me lembro da primeira vez que o vi. Jamais esquecerei aquela noite. Foi na festa de aniversário de um sócio do meu pai há algum tempo atrás. Entre a multidão de convidados elegantes e conversas tediosas, a sua presença dominava a sala apenas por estar lá. Ele era alto, imponente, com uma aura de mistério que fez milhares de borboletas voarem no meu estômago. Lembro-me de como as minhas bochechas queimaram e os meus olhos umedeceram. De repente, tudo ao meu redor se desvaneceu, como se um refletor só o iluminasse a ele na sala. Desde aquele instante, Brando Zanetti tomou conta dos meus pensamentos. Há algumas semanas, quando o papai me disse que eu me comprometeria com ele, quase desmaiei no tapete do escritório dele. Sempre soube que o meu casamento seria decidido pelos meus pais, mas nunca imaginei que o homem por quem me apaixonei à primeira vista... acabaria sendo meu marido. — É tão estranho. Murmuro, sentindo-me tão entusiasmada com a ideia desde então. — Não consigo acreditar na sorte que tenho. Bastian solta um "aha" desinteressado. — Você acabou de fazer dezoito, Alice. Você não sabe nada sobre a vida e ele tem dez anos a mais que você. Um bolo não vai mudar o fato de que vocês vão se casar por conveniência. Ele diz com o seu tom monótono habitual, como um m*aldito robô. — Os seus esforços para agradar o seu futuro marido são desnecessários. Cruzo os braços e fulmino-o com o olhar. — Você não sabe nada sobre romance. Reclamo, franzindo o nariz perfeitamente salpicado. — Por isso você vai morrer sozinho e amargurado, querido irmãozinho. — Por mim está bem. Responde sem emoção, encolhendo os ombros antes de continuar dirigindo para o apartamento do meu noivo. Dez minutos depois, saio do carro e corro para a entrada do condomínio com o meu vestido curto mais bonito, um de cor melão suave que contrasta com os meus saltos brancos, fazendo-me parecer mais alta. Deixo Bastian para trás, resmungando, e apresso-me em direção a um guarda *m*l-humorado que espera no saguão. — Boa noite, venho ver Brando Zanetti. Meu nome é Alice Ross. O homem m*al me dedica um olhar antes de pegar o telefone na sua mesa e disca. Aproveito para observar o lugar. É frio e impessoal. As paredes brancas com detalhes pretos dão um ar minimalista, quase cirúrgico. Não há quadros, plantas, nem enfeites, nem sinal de calor. Parece bastante apropriado para alguém como Brando. Ouço o guarda dizer o meu nome e ele responde com monossílabos a cada coisa que lhe dizem do outro lado da linha. Finalmente, ela desliga e me lança um olhar desinteressado. — Pode subir. 20º andar, apartamento 202. — Obrigado, bom homem. Digo com um sorriso. Sustento cuidadosamente o meu presente e me dirijo ao elevador, sentindo o meu coração acelerar enquanto as portas se fecham. Quando reabrem, sou recebido por um corredor coberto de tapetes pretos. Franzo a testa. É... é horrível. O design monocromático não é nada acolhedor. Quando Brando e eu nos casarmos, a nossa casa não vai parecer assim. Não quero viver num lugar que parece mais um mausoléu do que uma casa. Respiro fundo e avanço até a porta do apartamento 202. Justo quando estou prestes a tocar, a porta se abre de repente, como se alguém do outro lado estivesse me esperando. Uma mulher. Ela tem cabelo preto, é esbelta, mais velha que eu, de feições refinadas e com um sorriso que exala confiança... e algo mais que não consigo definir. Ela não usa mais do que uma camisa branca, grande demais para sua figura magra, mas voluptuosa. O tecido deste adere à sua pele, deixando pouco à imaginação. Um arrepio percorre as minhas costas. — Oh, Brando, querido. Ela diz com voz doce e zombeteira. — Você pediu um bolo? Que romântico. O meu coração para. — O quê? Brando responde de algum lugar dentro do apartamento, sua voz rouca e absurda. — Do que di*abos você está falando? Não consigo me mover. As minhas mãos agarram com força a caixa do bolo, mas minhas pernas vacilam, como se o chão sob os meus pés começasse a tremer. Trago saliva, incapaz de desviar o olhar daquela mulher, que me observa com um sorriso satisfeito. Não sei do que ela gosta mais... se da minha surpresa ou do meu desconforto. Recuo um passo sem saber como reagir. Devo ir? Fugir antes que esta humilhação se torne ainda maior? Mas então a porta se abre ainda mais, e lá está ele. Brando. Com uma toalha enrolada na cintura, o peito nu e o cabelo molhado. Ainda há gotas escorrendo pela sua pele. Os seus olhos se cravam nos meus, confuso, mas não há rastro de culpa na sua expressão. Só surpresa. — O que você está fazendo aqui? Ele indaga com tom seco. — Quem te deixou passar? O seu olhar m*al se detém em mim antes de se fixar na mulher, que continua apoiada no batente da porta, observando a cena com diversão. — O guarda chamou e achei engraçado que a deixassem passar. Ela comenta com um sorriso preguiçoso. — Queria conhecer a pirralha com quem você vai se casar por puro compromisso. Ela me olha de cima a baixo e bufa. — Quantos anos você tem? Pareces uma criança. O ar parece denso. Abro a boca, mas as palavras não saem. Miro para Brando, buscando respostas, mas sua expressão endurece instantaneamente. A sua mandíbula se tensa e o seu olhar escuro se torna impossível de sustentar. Ele está furioso. Sem dizer nada, ele empurra a mulher m*al vestida para dentro, forçando-a a recuar para o apartamento. — Entre de uma vez po*rra! Deixe-me falar com ela. E que seja a última vez que você faz algo assim sem a minha permissão. Ele rosna. A mulher lhe lança um olhar fulminante, mas obedece. Dê um passo para trás com o queixo erguido, sem se incomodar em disfarçar o seu desgosto. Os meus lábios tremem. Contenho as lágrimas que ameaçam sair, mas custa-me horrores não me sentir miserável. — Que po*rra você está fazendo no meu apartamento? A voz dele está carregada de fastio. — Walter te mandou aqui? Diga àquele filho da p*uta que já fizemos um m*aldito acordo. Vou me casar com você na data estipulada. O seu tom me sacode e os meus olhos se arregalam. Ne*go, confusa, tentando assimilar as suas palavras. Eu me armo de coragem, mesmo quando a minha voz parece pequena ao sair dos meus lábios. — Meu pai não me mandou aqui... E não deveria ser eu a estar furiosa? A minha voz quebra, mas eu continuo. — Quem é aquela mulher?! Brando pisca, como se acabasse de ouvir a maior estu*pidez do mundo. — O quê? — Quem é ela?! Gritei, com o peito apertado e a voz rouca. — Você é meu noivo, Brando! A reação dele me deixa gelada. Ele desvia o olhar e um sorriso cínico surge nos seus lábios. — Não me enche o saco... Você está me fazendo uma cena de ciúmes? Ele solta uma gargalhada seca, carregada de zombaria. — Que patét*ico. O seu olhar me percorre com desdém. — Acorda, pirralha. Este compromisso é um m*aldito negócio. Você não é minha namorada. Você não é nada para mim, então poupe-me do teatro e vá embora. Não quero te ver até o dia do casamento... e, tomara que nem mesmo então, mas não tenho tanta sorte. A minha mandíbula cai diante das suas palavras cruéis. — Não sei de onde você tirou essa ideia estúp*ida de que eu te devo explicações. Ele cospe com frieza antes de se virar, como se nem valesse a pena olhar para mim um segundo a mais, e fecha a porta atrás de si. Os meus lábios tremem, e antes que eu possa evitar, as lágrimas começam a rolar pelas minhas bochechas. Não quero chorar. Não aqui, mas minhas pernas m*al respondem, e quando o fazem, eu corro. Decido descer pelas escadas de emergência. Não quero voltar para o carro e que o Bastian me veja assim. Ele tinha razão. Aquele to*lo sempre tem razão. Um nó se forma na minha garganta enquanto avanço. A humilhação queima na minha pele, como se cada passo a tornasse mais intensa. Olho para a caixa que ainda seguro pela fita vermelha que coloquei com tanto cuidado e a raiva me atinge em cheio. Sem pensar, eu a joguei contra a parede com toda a minha força. O bolo que preparei com tanto carinho se espatifa no chão e agora não é mais do que lixo, mas não é suficiente. Num arroubo, piso-o, uma e outra vez, com uma fúria que m*al consigo conter. Quando o último vestígio do que foi meu presente é apenas uma massa irreconhecível no chão, fico sem ar, mas, logo, consigo respirar novamente com o peito mais leve. Inclino-me, tiro os sapatos manchados de creme e continuo descendo. Quando chego ao último andar, não há mais lágrimas no meu rosto. Aperto os lábios e endireito as costas. Não vou permitir que ninguém veja o quão quebrada estou, é humilhante ao extremo. Saio das escadas sem apressar o passo, passando pelo guarda que me deixou entrar em completo silêncio. Sei que me observa, e como não? Estou com os sapatos na mão e a maquiagem borrada... devo estar parecendo um desastre. Mas não paro nem lhe dedico um único olhar. Quando chego ao carro, Bastian está lá me esperando. Observa-me em silêncio por um longo momento. Não pergunta nada, nem faz nenhum comentário. Às vezes me alegra que meu irmão seja incapaz de ler emoções humanas básicas. E mais ainda que não seja indiscreto. Sei que ele sabe que estava certo. Mas ele não menciona isso em voz alta. Só ligue o motor e nos afastamos de lá. ‍​‌‌​​‌‌‌​​‌​‌‌​‌​​​‌​‌‌‌​‌‌​​​‌‌​​‌‌​‌​‌​​​‌​‌‌‍

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