Agatha narrando:
Acordo num pulo com aquelas batidas frenéticas na porta. Dou uma espiada no relógio em cima do cabeceira 01:30 da manhã? sério isso?
Agatha: p**a que pariu! Quem é essa hora, cara? - resmungo.
Levanto meio tonta ainda de sono, desço as escadas na pressa, e a primeira coisa que noto é cadê a chave? Olho pra porta e nada dela ali. Começo a levantar tudo que é almofada do sofá.
Agatha: Já estou indo! Calma aí.
RD: p***a, Ágata! c*****o! – ele berra do outro lado da porta, quase derrubando de tanto socar.
Agatha: Eu estou procurando a chave... calma, caramba
Abro a porta e dou de cara com ele, todo de preto, blusa de capuz e um capacete na mão com cara de puto.
RD: Demora do c*****o pra abrir essa p***a. Estava fazendo o quê? – ele pergunta, ainda parado na porta, o maxilar travado e o olhar desconfiado varrendo a sala.
Agatha: Dando pra outro que não é né? – falo numa ironia descarada. Num piscar, ele agarra meu braço e apertando firme.
RD: Tô com cara de quem tá pra gracinha?c*****o. – ele rosna, andando alguns passos, me soltando de supetão, e caio no sofá com tudo.
Agatha: Eu tava dormindo, demorei porque tive que procurar a chave.
RD: Então fala na moral comigo. Vem de gracinha não, entendeu, p***a? – ele rosna, o olhar firme, e eu concordo, porque não sou doida de enfrentar ele. Tá na cara que tá drogado. – Que ideia é essa de trocar a fechadura da minha casa sem me comunicar?
Agatha: Minha casa, você quer dizer, né? – mas ele só levanta o dedo na boca, pedindo silêncio.
RD: Responde o que te perguntei.
Agatha: A chave quebrou na fechadura, tive que chamar o chaveiro e precisou fazer outra – minto descaradamente, porque a real é que não quero ele entrando e saindo daqui a hora que bem entender. Sendo que não temos mais nada.
RD: Me passa uma chave que vou mandar fazer uma cópia. – ele fala estendendo a mão, com o tom mandão.
Agatha: RD, pra quê,tu tem tua casa, tua vida. Deixa eu seguir com a minha, com nossa filha.
RD: Filho, Nosso filho!
Agatha: Tá… tá bom! Não vou ficar discutindo isso com você. Só quero uma gravidez em paz e sem você achando que é meu dono.
RD: Não, isso não vai acontecer. Passa a chave – que ódio, sério! vontade matar ele.
Levanto bufando e pego a chave na rack, entregando pra ele, que sorri satisfeito. Ele dá um passo à frente e eu, no impulso, recuo dois.
RD: Qual foi, filhona? … deixa eu bater um papo com meu moleque – ele fala, se abaixando e ficando de joelhos na altura da minha barriga. Puxa uma caixinha do bolso e estende pra mim.
Agatha: O que é isso? – pergunto, meio desconfiada, mas a curiosidade bate forte.
RD: Pra tu lembrar de mim, pô – ele abre aquele sorriso, o tipo de sorriso que, sem querer, me faz esquecer das raivas que ele me dá. E vou confessar: sou encantada pelo sorriso dele.
Agatha: Não quero – hesito, segurando o impulso de abrir logo pra ver o que ele trouxe.
RD: Anda, c*****o! – ele insiste, sacudindo a caixinha na minha frente, e eu acabo pegando. – Tu é a mãe do meu herdeiro, pô.
Agatha: Obrigada – murmuro, meio sem jeito, quando abro e vejo uma pulseira linda da Pandora ali dentro. Deve ter custado uns três mil fácil.
RD: Filhão – ele se inclina, encosta a boca na minha barriga ainda lisa e fala baixinho – Quero que saiba que eu te amei, te amo e vou amar muito e pra sempre. Mesmo sem te conhecer ainda e do meu jeito torto, eu me amarrei em ser teu pai. Daqui a pouco tô de volta. Mas, se eu não voltar, quero que saiba disso. Cuida da mamãe, blz?
Ele levanta o rosto e me encara, em silêncio. Por um instante, aquele cara marrento e durão que eu conheço desaparece, e ver isso me deixa meio sem reação, porque o RD que tá aqui agora é um que eu nunca tinha visto antes.
Ver ele conversar com o bebê é algo totalmente impensável pra mim, até ontem nunca tinha encostado na minha barriga.
Agatha: Rodrigo, você está me assustando. O que vai acontecer?
Sem responder, ele abaixou a cabeça até minha barriga e deixou um beijo ali, suave, que me fez arrepiar inteira.
RD: Cuida dela pra mim, porque ela é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.
Minhas lágrimas começaram a rolar sem eu nem perceber. O que ele tava falando era lindo, mas a angústia de não entender o que tava me consumindo, me deixando sem chão.
Sem pensar muito, puxei ele pela camisa, obrigando-o a levantar, e o beijei. Um beijo desesperado, cheio de saudade. Ah, como eu tava com saudade desse homem.
Por mais que eu tentasse me afastar, que dissesse pra mim mesmo que era o fim, era impossível apagar o que eu sentia aqui dentro, tudo que a gente viveu. O beijo começou lento, mas logo ficou urgente, intenso. Ele me jogou no sofá, desesperado, como um leão pronto pra devorar sua presa. Cada toque, cada beijo, cada carícia só faz o fogo entre a gente crescer ainda mais, queimando tudo ao redor.
Em segundos, me encontro completamente nua e, sentando nele loucamente. Prometi a mim mesma que nunca mais faria isso, mas o t***o entre nós é impossível de ignorar.
RD me beija com força, e eu gemo contra sua boca. Suas mãos firmes me seguram, e ele acelera o ritmo, me fazendo perder o gemer alto.
O calor entre nós aumenta, e quando ele aperta minha cintura e domina meus s***s, não consigo segurar os gemidos que escapa dos meus lábios. Minha pele queima de desejo, e ao sussurrar seu vulgo no seu ouvido, ele responde com um gemido rouco, me deixando ainda mais fora de controle.
Agatha: Vou gozar amor - falo sentindo aquela sensação.
RD: Goza no meu p*u v***a! - fala no meu ouvido, enquanto puxa meu cabelo e me fode com mais rapidez.
Ele desce uma mão pela minha barriga até encontrar meu ponto mais sensível, os dedos ágeis fazendo movimentos circulares, enquanto ele continua me fodendo. Me levam à beira da loucura.
Ele aumenta o ritmo e nossos corpos atingem o clímax juntos, uma explosão de sensações nos dominando ao mesmo tempo. Tremo contra ele e me derramo no seu p*u ouvindo seu grito rouco no meu ouvido.
Sinto meu o corpo leve, como se estivesse flutuando. O calor do nosso momento escorrendo entre minhas pernas, enquanto ele me abraça com força, ainda ofegante.
RD: Tu é gostosa pra c*****o! — ele se encosta no sofá, parecendo exausto, suor escorrendo na testa.
Agatha: Somos dois sem vergonha, isso sim. — olho pra ele, que solta um sorriso, saio do seu colo, e ele fecha os olhos.
RD: Isso aqui só nós tem, tá ligado? Não tem jeito, mano. É nós até o fim. — ele se senta na ponta do sofá, mexe no meu nariz e eu rio, afastando suas mãos.
Agatha: E mesmo assim eu nunca sou suficiente pra te segurar. Sempre procurando as putas. — não perco a chance de dar uma cutucada.
RD: Ah, começou! Tava demorando. — ele se levanta, pegando as roupas espalhadas pelo chão.
Agatha: Tô mentindo?
RD: Espera eu voltar, aí a gente troca essa ideia, pode ser? Agora tô saindo e preciso ir com a mente boa.
Agatha: Tá bom. — vou até ele, que segura meu rosto, dando três selinhos demorados.
RD: Curtiu o bagulho? Mó da hora, né? — ele pergunta e eu percebo que nem comentei o quanto era linda.
Agatha: Perfeita! Nem acredito que tenho um negócio caro desses. — falo olhando pra caixinha em cima da rack.
RD: Tu merece. Não vou ter como te ligar, mandar mensagem e etc... tô sem celular.
Agatha: Tá bom, e se eu precisar?
RD: Procura a boca. Mas o menor vai ficar aqui na frente, blz?
Agatha: Volta, tá? Não deixa a gente aqui sozinhos.
RD: Nem que seja como assombração eu volto, c*****o! Deixo tu pra filho da p**a nenhum não. Tá maluco? — dou um sorriso sem vontade, com uma sensação r**m, um aperto estranho.
Mas conhecendo o RD, sei que não tem nada que eu faça que vai mudar a cabeça dele, então só aceito.
RD: Qualquer coisa procura a boca, ok? — ele diz, segurando meu rosto entre as mãos.
Agatha: Tá bem — ele me beija rápido e sai.
Fecho a porta e penso em tudo que aconteceu aqui.
Agatha: Que Deus proteja o papai — falo com a mão na barriga.