Capítulo 97

607 Words
Antônio Matolly Narrando - Não consegui entrar na casa da Carine porque sinto que estou sendo vigiado por alguém, são anos de profissão, sou experiente e sei quando estou sendo seguido. Então estou andando na linha e mais precavido. Tenho que ser até mais cauteloso sobre procurar a Caroline, não posso colocar o meu cargo em risco. - To indo pra delegacia todos os dias como sempre costumo fazer e peguei a favela da VJ como fuga para verem que o trabalho está sendo feito. Como ainda não posso voltar minha atenção para o Alemão, tenho que agir assim, com cautela. Otávio tem ficado mais próximo, não sei qual é a dele, mas acha que me engana. Sou macaco velho da delegacia e da vida, sei logo quando alguém quer estar no meu lugar. As pessoas subestimam muito a minha inteligência, mas comigo eu só vou dar corda, na melhor oportunidade puxo com força até ele morrer enforcado. - Estou na minha sala na delegacia, seguindo os protocolos e mostrando serviço. Tenho que tirar o foco de mim e colocar no serviço. Voltei para um vício que eu não tinha a anos, cigarro. Já que aqui não posso beber, tenho que ficar tranquilo de alguma forma. Claro que uma hora ou outra passo em um boteco e tomo umas doses, mas não posso beber aqui. Não sei quem está me seguindo e isso me deixa um pouco desconfortável, são tantas coisas acontecendo, que não sei se é a corregedoria da polícia civil ou até mesmo a controladoria geral do Estado, pode até ser alguém que esteja com a Caroline também. - Chegou uma ocorrência de uma investigação do dono do morro da Formiga, com o paradeiro dele. Já levantei pegando minha arma e saindo da minha sala, preciso mostrar serviço né e tirar o foco de mim. Meu celular tocou, peguei para ver e meu mundo caiu, que mensagem é essa? Alguém tá tentando me testar? Só pode. " Como deve ser para o delegado saber que a filhinha queridinha do papai está no alemão sentando pra traficante? Deixou de ser patricinha para virar marmitinha de bandido" - Voltei pra minha sala imediatamente, isso não pode ser verdade. Ela foi sequestrada por eles, como ela está lá? Se ela está lá não é por vontade própria. Alguma coisa está acontecendo e eu preciso subir lá. Sai da minha sala e indo em direção a sala central. Antônio: Quero todos os policiais de plantão nas viaturas e pedem reforços. Não quero a delegacia vazia também, vamos subir o Alemão, minha filha está lá contra a vontade dela. Otávio: Luana também está lá, tenho dúvidas se seja contra a vontade delas mesmo, já que buscaram ela em casa ontem. - Disse sendo irônico. Antônio: Se a mulher que você se envolveu não vale o p*u que chupa, não coloque minha filha como igual, ela não é. Vamos logo, sem conversa, não temos tempo a perder. - Disse indo para uma das viaturas. Todos foram para seus lugares na viatura, o Otávio entrou na mesma que eu, ele tá querendo me desestabilizar. Eu perco até o controle, mas dou umas boas porradas nele pra aprender respeitar a filha dos outros. - Seguimos sentido alemão, não vou esperar os reforços. Estamos em boa quantidade e somos treinados, se ficarmos lá na entrada dando bobeira, podem sumir com ela, então já tenho que chegar entrando. Espero que não seja alguma pegadinha, mas eu não poderia pagar pra ver, de qualquer forma se for, o meu acordo com o alemão acaba de ser quebrado e a Caroline vai estar em risco duas vezes.
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