Café

1766 Words
Lillie's POV Não acredito que transei com uma aluna. Não acredito que transei com uma aluna! Que merda! Mas também, como eu ia saber? Bom, melhor eu conversar com ela antes que ela decida me denunciar no meu primeiro dia de trabalho. No final da aula, Melanie ficou na sala enquanto todos os outros alunos foram embora. Eu respirei fundo e tentei manter o controle, mas a Melanie é gostosa pra c*****o. Eu não sei se vou conseguir deixar aquela noite só na minha imaginação sem repetir. - Bom dia, Melanie. - Eu falei. Ela deu um sorriso sem graça. A sala já estava vazia, e eu podia conversar com ela a vontade. - Bom dia, Lillie. - Falou - Prefere professora Lillie? - Eu dei os ombros. - Olha, não tinha como eu saber que você era minha aluna. Espero que isso não seja um problema pra você. - Ela negou com a cabeça. - Não, não. Tá tudo bem. Não tinha mesmo como você saber e nem eu. - Eu concordei com a cabeça ao ouví-la. - Olha, gatinha... Se você quiser esquecer o que aconteceu, tá tudo certo. - Ela deu uma risadinha irônica. - Claro, Lillie. Vou apagar uma das melhores noites da minha vida da minha mente de forma mágica. Aliás, você quer que eu esqueça que me convidou para um café? - Eu a ouvi e suspirei. p***a de menina bravinha. - Eu acho melhor a gente não se envolver. Eu tenho uma ética sobre ficar com alunos... Não posso fazer isso. - Ela concordou com a cabeça. Girou os olhos e saiu batendo os pés, obviamente com raiva. A minha vontade era arrancar a roupa dela e comer na sala de aula. Durante toda a manhã, dei aulas mas não consegui tirar a p***a da Melanie da cabeça. Nunca vi curvas como as dela, nem senti um encaixe como o dela. Eu obviamente não estou apaixonada, mas estou querendo mais. Eu gosto de sexo, e com ela foi delicioso. Depois, na hora do almoço, saí com alguns colegas de trabalho. Fumei um cigarro quando voltei e algumas alunas do segundo ano vieram até mim. - Professora Lillie! - Uma delas chegou com olhos verdes brilhantes. Parecia que queria me devorar. Eu odeio ser olhada assim por alunos. - Posso colocar você no grupo da sala? - Pode. - Falei e passei meu número de telefone pra garota. Ela me adicionou no grupo da sala e eu me despedi dela. Ela me lançou um olhar safado... Por Deus, garota. Tive que fumar mais um cigarro. Nota mental: Eu realmente preciso parar de fumar. Cada dia o número de cigarros aumenta mais. Agora, era hora de ir para a empresa Júnior que concordei em dar auxílio nos próximos meses. Ela fica dentro da faculdade mesmo, então apenas fui para o andar correto após terminar meu cigarro e me preparei para meu resto de dia de trabalho. Sabe qual foi a merda? A p***a da Melanie Pierce tava sentada na cadeira de estagiária. E só tinha ela, mais ninguém. Ninguém havia chegado. - p***a, você tá me perseguindo? - Falei, em tom de brincadeira. Ela não gostou muito e arregalou os olhos. - Você tá me perseguindo! Eu trabalho na empresa Júnior desde que eu entrei na faculdade! - Ela protestou. - Não tinha como eu saber quando aceitei o cargo de instrutora aqui. - Melanie bufou ao me ouvir e ficou em pé. O rosto dela estava completamente vermelho. Me aproximei dela, colocando as duas mãos em seus ombros e a olhando nos olhos. - O que você quer? - Ela resmungou. - Te acalmar. Qual é o problema? Somos adultas, transamos, foi ótimo... E é isso. Fica de boa, Melanie. Não precisa me tratar m*l só porque você gemeu feito v***a na minha cara. - Falei e soltei uma risada. - Belo jeito de me acalmar, professora. Belo jeito. - Ela girou os olhos. - Tá tudo bem. Relaxa, gatinha. Você vai se dar bem comigo, apesar do sexo "sem precedentes" que fizemos ontem. - Falei, dando risada. Tirei as mãos dos ombros dela e fui até minha mesa. - Quais projetos está fazendo hoje e por que ninguém mais está aqui? - Estamos fazendo o a os cálculos para a sustentação dessa planta aqui. O terreno é muito inclinado e não há possibilidade de fazer terraplanagem. - Melanie me entregou uma planta de casa. Eu coloquei na mesa e tirei uma barrinha de chocolate da bolsa, a abrindo e dando uma mordida. - Hm, interessante. - Falei, enquanto comia o chocolate. Apontei para um lugar específico na planta e mordi mais uma vez a barrinha, falando com a boca cheia mesmo. - Se não tiver um pilar profundo aqui, a parte de trás da casa vai ceder. Não adianta ser sapata. - Falei. Sapata é um tipo de fundamento de casa, mas devido a situação, acabei rindo. Ela também riu e balançou a cabeça de forma negativa. - Pelo visto, vai ser terrível trabalhar com você. - Ela disse, ainda rindo. - Vai nada. Eu sou um amorzinho. - Pisquei um dos meus olhos para ela. E ela desviou o olhar e sorriu sozinha. Continuamos o trabalho e outros alunos chegaram. Eu ajudei todos os alunos em seus projetos e quando deu o horário de saída, comecei a ajeitar minhas coisas para ir embora, e vi Melanie fazendo o mesmo. Melanie passou na minha frente e foi até o elevador. Ela entrou e apertou o botão de fechar, mas eu consegui entrar antes. Eu estava dentro do elevador com a Melanie. Eu passei o dia atiçada com aquela mulher, e agora eu estava sozinha com ela em um cubículo. Na minha imaginação, pensei no que faria... Dentro da minha cabeça eu apertaria o botão de parar o elevador. Agarraria Melanie e a beijaria sem pudor, mas a p***a da minha ética me impede de fazer. O elevador chegou no andar. Descemos, e eu caminhei em direção a saída. Quando cheguei em minha moto, Melanie parou próximo a mim e me olhou como se estivesse com raiva. - E claro que você vai me mandar esquecer o café. Por causa da sua ética. - Ela girou os olhos e eu respirei fundo. Ela quer ficar perto de mim, eu sinto isso. E eu confesso que também quero ficar perto dela. Talvez, só um café não faça tão m*l assim. - Melanie! - Chamei. Ela virou pra mim e lançou um olhar de desprezo. - Vamos tomar um café. Vem, gatinha. - Tirei o capacete do baú da minha moto e levantei pro alto. Ela fez menção de ir embora, mas acabou cedendo e voltando. Melanie se aproximou de mim e eu coloquei o capacete nela, o fechando corretamente e depois colocando o meu. A ajudei a subir e depois eu subi também. Eu tô vendo que a f**a de ontem vai me dar um trabalho do c*****o. E eu devia estar mais preocupada do que eu realmente estou. Dirigi minha moto até o outro lado da cidade, com Melanie agarrada a mim. Sabe, poucas coisas me fazem tão bem quanto andar de moto. Quando chegamos em um café que gosto, estacionei e desci, e depois de guardar as coisas, eu e ela entramos no café. Ela olhava a vitrine de pães e doces artesanais, enquanto eu via os cafés e qual eu iria escolher dessa vez. - Quero um café preto. Extra forte e sem açúcar. - Falei. - Melanie? Já escolheu o que quer? - Um red velvet e um mocha, por favor. - Ela sorriu. Começou a fuçar na bolsa procurando o dinheiro e eu a olhei. - Sei que você pode pagar. Mas eu quero fazer essa gentileza. - Entreguei meu cartão e ela me olhou e deu os ombros. Que mulher difícil. Sentamos em uma mesa enquanto preparavam nosso pedido. - Eu queria deixar claro que eu não sou esse tipo de garota... Que sai e transa com qualquer uma no bar. - Ela disse. Eu dei risada. - Melanie, você tem o que? Vinte anos? Se você quiser sair dando pra um bar inteiro, você pode e não tem nada de errado em "ser esse tipo de garota". Isso não faz de você alguém especial, na verdade só faz sua vida menos interessante. Finalmente deixei a garota surpresa. Ela abaixou a cabeça por alguns instantes como se pensasse. - Tudo bem, mas de qualquer forma, eu só queria que soubesse. - Concordei com a cabeça ao ouví-la. - Me fala um pouco sobre você, Melanie Pierce. Além de ser uma tremenda gostosa e uma safada na cama, o que faz você ser você? - Eu sorri, prestando toda minha atenção nela. A garçonete trouxe nosso pedido e ela deu um gole no mocha antes de falar. - Tenho vinte e um anos, para a sua informação. Eu trabalho na empresa Júnior da faculdade... Eu gosto muito de ler e estudar e estudo engenharia civil. - Concordei com a cabeça. - Mas eu também tenho um lado divertido. Eu gosto de dançar... De desenhar. De visitar meus pais no final de semana. - Ergui as sobrancelhas enquanto olhava para meu próprio café. Eu tomei um gole e a olhei. - Mas e você, Lillie? - Eu tenho vinte e oito anos e sou professora desde os vinte. Eu dava aula pra crianças de dez a dezesseis anos, mas rende muito pouco e eu preciso de mais dinheiro para um projeto pessoal. Então vim parar aqui. E bom, eu não tenho muita coisa divertida na minha bagagem. Eu gosto de beber, andar de moto e fumar. - Ela acabou rindo. - Que vida de merda. - Eu ri também ao ouvir o que ela disse. - Realmente. - Concordei. - Sabe que o cigarro te mata aos poucos, não é? - Eu concordei novamente. - Acho poético me matar aos poucos. Na real, todos estão se matando aos poucos. Eu só assumo isso com meu cigarro. - Ela ficou em silêncio por alguns instantes ao me ouvir. Eu não imaginei que iria conseguir acalmar a fera de dentro de Melanie Pierce, mas em três horas de conversa, um red velvet, um mocha e um café preto fizeram milagre. Ela parecia confortável o suficiente para não me odiar mais. Quando já estava ficando tarde, nós saímos do café e fomos até minha moto. Nos ajeitamos e, por algum motivo, ao invés de dirigir até a faculdade, eu dirigi até o meu apartamento. O que diabos eu tô fazendo?
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