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585 Words
Cinco anos depois… – Salvatore? – indago confuso para o Padre Hamil, que me ajudara tanto nos últimos anos. – Sim. Precisamos de você lá – diz o senhor com pouco mais de oitenta nos – o Padre Albert está para se afastar por motivos de saúde. E quando me perguntaram quem seria a pessoa mais indicada, pensei logo em você. Olho-o seriamente. Estava feliz onde estava e fazendo o que fazia. – Bem, já que tal pedido parte do senhor, peço que providencie minha mudança para lá. – Não sou eu que estou pedido, você etá recebendo um chamado de Deus. Você têm uma missão a cumprir lá. Olhei-o atentamente e sorri. Segui para meu quarto e fechei a porta. Estava confuso. Será que eu não estava exercendo minhas funções da melhor maneira possível? Desvencilhei-me de tais pensamentos e me preparei para o momento de oração. – Padre Albert – cumprimenta o Padre Jordan ao se aproximar – soube que será transferido. – Sim. Para uma cidade chamada Salvatore. Já ouviu falar? – Não. Quem lhe indicou? – Padre Hamil. Disse que o Padre de lá irá se afastar por motivos de saúde. – Entendo… Espero que possa cumprir sua missão irmão. – Também. Logo após o momento de oração, voltei para meus aposentos e descansei. Acomodei-me na cama e fitei o teto. Algo em ir para esse lugar, me incomodava. Era como se, ao mesmo tempo eu quisesse ir, eu também não quisesse. Quando a noite caiu, nos reunimos para jantar e fazermos nossa última oração coletiva do dia. Voltei para meu quarto e troquei de roupa. Fiz minha oração pessoal, e pedi que além de discernimento, Deus me desse também paciência e resiliência, pois tinha a plena certeza de que estava por vir, a maior tempestade de toda minha vida. Logo pela manhã, o m****o superior pediu para falar comigo. – Mas, já? – indago surpreso. – Sim. O Padre Robert deve deixar suas funções em um mês ou menos. Providenciarei sua partida para amanhã cedo. – Tudo bem senhor. Assento e sigo para meu quarto. Recolho meus poucos objetos e ponho em uma mala. Olho para os cantos das paredes e penso em como sentiria falta dali, daquela paz, daquele sossego. Para minha infelicidade o dia voara, e logo a noite caíra. Os irmãos se reuniram e fizeram um jantar especial de despedida. Ao me recolher, pedi a Deus que abençoasse minha viagem e que tudo fosse da v*****e dele. A ansiedade não me deixara dormir quase nada, logo cedo já estava de pé e pronto. Meu superior me levou até o local onde pegaria uma carruagem. – Quando chegar lá, procure logo pelo Padre Robert. Não se preocupe que não há erro, é uma cidade pequena, então, ele é o único padre por lá. Todos os conhecem. – O senhor conhece Salvatore? – Pouco, mas, conheço. – Há algo que preciso saber? – indago preocupado. – Para todos os lugares que você vá, meu conselho sempre será o mesmo; mantenha-se firme e perseverante. Ele bate levemente em meu ombro e eu entro na carruagem. – Mantenha-me informado – diz. – Pode deixar. O cocheiro partiu logo. Seriam cinco dias de viagem. Teria tempo para pensar e analisar a situação, analisar essa mudança repentina. Olhei pela janela e a cidade foi sumindo de minha vista. Fiz uma prece rápida, e pedi a Deus que me protegesse e que eu chegasse bem, mas, que acima de tudo, abençoasse minha estadia em Salvatore.
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