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Destination Unpredictable

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Blurb

Já pensou após o falecimento da sua mãe, você e seu irmão descobrirem que ela possuía outra casa longe da cidade urbana, que de um dia para o outro são obrigados a morar lá, percebendo que se tratava de uma casa no meio de uma floresta?!

Hangy Seina com o seu irmão Hangy Suno, após o falecimento de sua mãe, sem ter uma opção de moradia vão para uma casa que pertencia a eles como uma herança, mas acabam ficando em choque por ela ser em uma floresta, longe de qualquer sinal de vida humana. Na concepção de Hangy Seina, aquela casa era assombrada, mas não era aquilo que lhe assustava ou chamava sua atenção, era na realidade um caminho com uma névoa densa que aparecia todas as noites e como mágica convidava-a para ver o que de tão misterioso possuía além dela.

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Capítulo 01
" - Não sei por que a senhora nós manda sempre assisti filmes e séries sobrenaturais, mesmo que seja muito bom, às vezes enjoa mãe! - Resmunguei cruzando meus braços emburrada. - Futuramente vocês vão entender! - Ela disse calmamente, sentando-se ao meu lado com um recipiente de pipoca com cobertura de chocolate. - Seu irmão está fora de novo? - Acho que ele foi visitar o túmulo do papai, como sempre faz a cada quarta! - Dei os ombros como resposta, pegando o recipiente de suas mãos. - Nosso pai nem era muito presente em nossas vidas, então não há necessidade de ele fazer isso! - Querida... - Minha mãe disse em um tom baixo, como se estivesse me repreendendo. - Um dia entenderá tudo perfeitamente! - Depositou um selar em minha testa. - ESSE FILME DE NOVO NÃO! - Soltei um gemido alto ao ela dar play no filme na televisão." — Hangy Seina, acorda! — Escutei falado meu nome completo, e em seguida, me cutucando. — Já te disse para não me chamar de Hangy, eu não gosto dele! — Murmurei abrindo um dos meus olhos, fixando-o em meu irmão. — Faz isso só para me provocar né? — Talvez! — Sorriu depositando um peteleco em minha cabeça. — Estamos quase chegando na nossa nova casa, mas eu sinto que irei sentir falta da nossa mãe gritando com a gente! — Não disse mais nada, só me mantive em silêncio, desviando meu olhar para a janela do ônibus. Nossa mãe, uma mulher jovem, linda e com uma aparência cativante, acabou sofrendo um acidente de trânsito falecendo na mesma hora que se colidiu contra o outro carro, pelo simples fato, de no momento não estar com o cinto de segurança. Nosso pai, um homem que eu quase não tenho memórias por sido tão presente em minha vida, sumiu após alguns meses e quando reapareceu, estava morto. Nenhum dos peritos conseguiu descobrir o motivo da sua morte. Resumindo toda essa história depressiva, eu e meu irmão somos órfãs, tanto de mãe quanto de pai. Assim que nossa mãe faleceu, nossos parentes sumiram de um dia para o outro sem dar qualquer tipo de notícia ou deixar rastro para onde foram, mas por sorte, eu e meu irmão havíamos completado nossos dezoito anos.  Neste exato momento eu e meu irmão estávamos indo para a nossa nova casa. Os policiais descobriram que minha mãe a possuía, coisa que nós dois nem imaginava. Tivemos que deixar tudo que mais amávamos para trás, pelo o fato de não ter onde morar, de não ter dinheiro suficiente para alugar uma casa ou apartamento, de não ter nenhum tipo de parente vivo para cuidar de nós por um curto tempo. Me sentia abandonada, completamente diferente do meu irmão, mas para não deixar ele igual a mim, optei a ficar em silêncio e guardar aquele sentimento para mim mesmo. À cada minutos que se passava, a cada parada que o ônibus fazia, a paisagem urbana de Seoul sumia e ele se tornava cada vez mais vazio, dando-o o ar mais sombrio e aumentando ainda mais o nosso nervosismo. — Acho que pegamos o ônibus errado! — Exclamei ao ver que começávamos a entrar em uma parte rural. — EU não vou descer dele, nem morta! — Olhei para o céu, percebendo que lentamente escurecia. — Deixa de ser medrosa! — Resmungou meu irmão soltando um suspiro, inclinando-se mais para frente para encarar a janela. — Nem parece minha irmã! — Brincou e de repente, o ônibus parou, fazendo meu coração palpitar mais rápido. — Não temos permissão para ir além daqui! — O motorista disse olhando para nós dois, os únicos presentes no ônibus naquele momento. — Muito obrigado mesmo assim senhor! — Meu irmão disse sorrindo em agradecimento, pegando a sua mala e mochila. Respirei fundo e peguei as minhas também, caminhando em direção a saída, sorrindo em agradecimento para o motorista também. — Por acaso você sabe onde fica? — Indaguei olhando em volta, tentando controlar o medo que tomava conta do meu corpo, assim que o ônibus se afastou de nós. — Mandaram a gente para a nossa morte e nem desconfiamos! — Pessimista nenhum pouco! — Resmungou pegando um papel do seu bolso. Era uma espécie de mapa. Sem dizer mais nada ele começou a seguir ele. Sempre que dávamos um passo em direção a nossa nova casa, parecia que o tempo escurecia rapidamente, além de várias nuvens negras e assustadoras tomarem conta do céu. Olhei para trás não vendo nada, nada de moradia, nada de animais, nada de pessoas. Encarei o céu vendo um belo raio iluminá-lo, mas sem produzir nenhum som, igual aos filmes de terror que sempre assistia. — SUNO... HEY! — Corri em sua direção ao perceber que eu estava ficando para trás.  Eu estava com um pouco de medo, mas ao ver meu irmão entrar pela as árvores, meu medo aumentou gradativamente, fazendo-me parar no mesmo instante. — Está tudo bem, eu te protejo! — Sorriu para mim, ativando a câmera do seu celular esticando sua mão para mim. — Eu guio e você leva as nossas malas, ok? — Meio receosa, assenti. — O que eu acabei de dizer? — Q-Que vai me proteger! — Murmurei e o seu sorriso aumentou um pouco. — Se algo acontecer comigo ... Nada vai acontecer comigo! — Peguei em sua mão e ele me entregou sua mala. Suno e eu somos gêmeos bivitelinos, ou seja, somos gêmeos não idênticos. Minha mãe assim que nós estávamos maduros ao seu ver, ela nos disse que a gente possuía mais um irmão, porém ele morreu assim que nasceu. Somente isso, nada mais e nada menos. Não tinha fotos, não falou como ele era, deixando um suspense no ar. Adentrei a floresta, ficando atrás dele, enquanto ele iluminava o caminho e o mapa ao mesmo tempo. Todo o instante eu olhava para trás sentindo alguém nós observando na sombra que as árvores produziam. Deve que só é algum animal! — Aqui deve ter cobra ou até mesmo ... — Ouvi um uivo extremamente alto, arrepiando todos os meus pelos. — Ou lobo ... Estou com medo! — Choraminguei, mas recebi o seu silêncio como resposta. Por fim saímos daquela floresta assustadora, fazendo com que eu soltasse um suspiro de alívio. — Aí! — Resmunguei assim que bati meu rosto nas costas do meu irmão. — Não para de repente... Meu Deus! — Entendi o motivo dele ter parado do nada, estávamos de frente a uma casa bem antiga.  Parecia um pouco a aquelas dos filmes antigos, de preferência onde mora algo sobrenatural.  Olhei em volta lentamente encontrando algumas outras casas, mas aparentava estar extremamente velhas como se a qualquer instante ela pudesse cair por inteiro além de não possuir nenhum sinal de vida humana nela. Voltei a encarar a casa onde ficaríamos, tremendo de medo e perguntando-me como aquelas casas tão antigas conseguiram aguentar tudo até aquela época. Como já estava a noite, a casa possuía uma neblina densa em seu pátio, impedindo que a gente contemplasse melhor a casa que estava em nossa frente, além de dar para ela uma aparência bem assustadora. Engoli o seco, ao assimilar a casa a um filme de terror, onde duas pessoas vão para uma casa abandonada e lá ambos morrem terrivelmente. — Que casa assustadora! — Pressionei meus lábios uns no outro, com um medo bastante visível. — V-VOCÊ VIU? O trovão atrás da casa?! Ela é assombrada e eu não vou entrar aí! — Você que sabe! — Meu irmão deu os ombros pegando sua mala das minhas mãos. — Quer dormir lá dentro ou prefere ficar aqui fora ... — Fez um sinal de silêncio, começando a andar em direção a casa. Quando fui resmungar com ele, ouvi um uivo de lobo bem próximo de mim. — Sabe, mudei de ideia! — Corri em sua direção, fazendo-o rir do meu medo extremo. Aproximei-me dele e observei sua mão se esticar e girar a maçaneta da porta. Meu coração estava batendo rapidamente quando o meu irmão abriu a porta principal e ela rangeu altamente. Adentramos a casa no total escuro até que meu irmão acendeu a luz, revelando a casa completamente mobilhada de móveis bem antigos. — Parece que eu estou em um museu! — Murmurei baixo olhando em volta. — Museu de coisas antigas pra caramba. — Só você com esses comentários! — Meu irmão disse soltando uma gargalhada alta. — Hoje eu dormirei com você, hoje, amanhã e para sempre! — Exclamei ouvindo uma gargalhada irônica dele. — HÁ... Vai sonhando irmã! — Ele disse e eu olhei para ele incrédula. — Desejo que os fantasmas dessa casa te peguem pelo o pé igual aos filmes de terror! — Eu vou enfiar sua cara nesse chão de madeira para ver se ele é resistente! — Ameacei seguindo-o escadas a cima com o coração quase saindo pela boca. — Podemos dormir em quartos próximos então? A escada ficava dava em direção a dois longos caminhos, um era iluminado e a outra era escuro onde somente uma lâmpada falha funcionava. Ela ficava piscando e apagando toda hora como em filmes de terror. Olhei fixamente para o corredor com a lâmpada falha, vendo-a se apagar e ao se acender eu jurei ter visto um vulto correndo para o lado, arrepiando todos os pelos do meu corpo. — Vamos dormir no mesmo quarto por favor? — Indaguei quase chorando para o meu irmão. —  Essa casa é enorme e parece que também é assombrada, além desses corredores sinistros deve ter outros corredores ainda mais sinistros! — Deixa de ser medrosa! — Meu irmão disse olhando para mim rapidamente, mas logo fixando o olhar ao ver meus olhos marejados. — Eu vi um vulto, eu juro que vi um e eu estou com mais medo agora! — Exclamei com a minha voz fraca. — Por favor! — Como minha irmã mais nova é medrosa! — Veio em minha direção abraçando-me para me acalmar. — Lembra do que eu disse antes de entrarmos na floresta? Eu irei te proteger! — Até de fantasmas? — Indaguei ouvindo-o rir mexer sua cabeça no topo da minha, assentindo. — Se algo te assustar, se ver algo sobrenatural mesmo não existindo, se tiver pesadelos, me grite que eu irei te salvar! — Sussurrou em meu ouvido e eu assenti engolindo o choro. — Agora vamos escolher um desses quartos para ser os nossos. Entramos no corredor iluminado, é óbvio, e após ele escolher o seu quarto, escolhi o da frente para facilitar a minha fuga das coisas que me aparecer. Abri a porta do quarto e liguei a luz vendo que o meu quarto era bem bonito e parecia bem aconchegante. Pelo menos isso era agradável. A cama possuía um lençol rosa quase bege com uma espécie de cortina transparente em volta dela presas nas quinas da cama enormes, um enorme tapete no centro do quarto, uma escrivaninha bem em frente a janela, uma enorme cômoda e várias poltronas da mesa cor que os lençóis da cama. Deixei a porta aberta e minha mala em um canto, aproximando-me da janela para ver como é que era a visão noturna daquele lugar assustador, mas o que eu encontrei foi um caminho com uma névoa menos densa que com o brilho da lua batendo na névoa, iluminava o caminho. — Sinistro né? — Meu irmão sussurrou em meu ouvido, fazendo-me soltar um grito e dar um passo para trás. — Ouvi lendas que esse caminho não existe de verdade é nada mais e nada menos do que uma maneira das pessoas que morreram na floresta atrair pessoas para o mesmo caminho... A morte!  — Você não acha que me assustou demais não? — Indaguei fechando a cortina para não olhar mais para ela. — Você é o melhor irmão do mundo! — Eu sei! — Se gabou e eu revirei os olhos. — Vou procurar o banheiro, então cuidado com os fantasmas! — HANGY SUNO! — Repreendi o meu irmão enquanto ele saia correndo do meu quarto. Peguei minha mala e comecei a colocar minhas roupas dentro da cômoda, escutando apenas minha respiração no cômodo, até que a madeira se rangendo soou atrás de mim fazendo-me virar no mesmo instante, não encontrando ninguém. — Eu quero minha mãe! — Choraminguei vendo a cortina se abrir lentamente e brutalmente a janela foi aberta, fazendo o ar frio da noite bater em meu rosto. — SUNO! — Sai correndo do meu quarto, batendo com tudo em meu irmão. — Alguém abriu a janela do meu quarto e as cortinas que eu havia fechado. Por favor me deixe dormir com você! — Para com isso Seina! — Ele disse como se estivesse com raiva. — Para de ser medrosa, você tem que parar com isso!  — O que aconteceu com você... Você não era assim antes da mamãe morrer! — Exclamei afastando-me dele.  — Você tem que parar de depender de mim para tudo, afinal eu não ficarei ao seu lado para sempre! — Ele disse em um tom baixo, desviando o olhar seu de mim. — Que assunto é esse? — Indaguei começando a chorar em sua frente. — Você quer dizer que vai morrer em breve e que eu ficarei sozinha? Você é minha única família! — Por isso mesmo que você tem que aprender a se cuidar sozinha! — Olhou para mim de modo frio aumentando o meu choro. — Eu... Eu... Não acredito que você está me dizendo isso! — Dei alguns passos para trás. — EU NÃO VOU ACEITAR VOCÊ ME DEIXAR SOZINHA COMO A MAMÃE FEZ COM NÓS DOIS! — Senti um leve tremor no chão. Corri para o meu quarto fechando a porta com força, aproximando-me da janela ainda chorando, olhando para o caminho com aparência fantasmagórica vendo uma silhueta feminina parecida com a minha usando roupas antigas olhando em direção para a minha janela. Fechei rapidamente a janela e a cortina. " - SOCORRO! - A voz de uma mulher gritando fez-me acordar do meu sono. - ELES VÃO ME MATAR! Desci da minha cama aproximando-me da porta, mas antes de abrir ela a mulher que gritava por socorro entrou no quarto chorando, assustada e com sangue escorrendo do seu pescoço. - Por que eu vim para cá? Isso existe mesmo... Vampiros existem? - Ela perguntou para si mesmo, tentei tocar ela, mas minha mão passou diretor por ela. - Eu tenho que sair daqui, antes que... - Sem que eu ouvisse ou percebesse apareceu um menino muito lindo e ele grudou nos cabelos dela, jogando-a contra a parede. - Pensou que fugiria de nós? Tolice sua ter vindo aqui, agora alimente-me - Ele disse se aproximando dela, enquanto a mesma se arrastava no chão para fugir. - Se fugir é pior! - Outro menino também muito lindo apareceu no quarto, limpando o sangue de sua boca. - Obrigado por ter trazido sua amiga para cá também! Escutei um gemido de dor e voltei a encarar a mulher, vendo o menino com suas presas no pescoço dela sugando o sangue lentamente, até que ela parou de se movimentar tornando-se submissa ao menino. - Isso foi muito bom! - Ele disse largando a mulher completamente morta no chão, levantando-se e limpando sua boca. - Mas eu pensei que o sangue dela era melhor! - Até que ela foi útil! - O outro menino disse gargalhando para o seu amigo, olhando em volta parando o seu olhar em mim. - O que é isso? Outra para saciar nossa sede? - Veio em minha direção e antes que eu reagisse, ele pegou em meus cabelos passando sua presa lentamente em seu pescoço, arranhando-o. - HÃ? VOCÊ É... Acordei completamente ofegante e suada, sentei-me na cama passando a mão no lugar onde ele havia passado a presa, sentindo-o molhado. Encarei minha mão vendo que era o meu sangue e isso fez com que eu entrasse em desespero. Ergui meu olhar e através da cortina transparente da minha cama, vi uma silhueta feminina em frente ela, lentamente ela deu a volta da cama enquanto eu me movia ao contrário dela. De repente alguém segurou minha cabeça, fazendo-me debater para ser solta. - Não entre naquele caminho... Deixe-os pagar pelo os seus pecados! - Uma voz feminina soou em meu ouvido e eu percebi que a silhueta que se aproximava de mim tinha sumido." Acordei novamente olhando em volta para ver se não era outro sonho, belisquei-me e cheguei à conclusão que não era. Eu estava completamente suada e ofegantes. A porta do meu quarto foi aberta arrancando um grito meu de medo. — Seina? — Meu irmão moveu a cortina que envolvia a minha cama. — Por que você gritou? Meu Deus você está tão suada e ofegante! — Tentei falar alguma coisa, mas eu estava completamente em palavras e sem ar por conta do pesadelo. — Onde você machucou? — Passou a mão em meu pescoço e eu arregalei os olhos por ser o mesmo lado que aquele menino tinha passado suas presas.  — Suno... — Consegui dizer finalmente. — Posso dormir o resto da noite com você? — Ele assentiu no mesmo instante abraçando-me ao ver que eu tinha começado a chorar. Acordei no dia seguinte com a claridade em meus olhos e no mesmo instante, lembrei-me dos pesadelos que eu tive antes do meu irmão chegar. Sentei-me na cama passando minha mão em meu pescoço não sentindo nenhum machucado. Meus olhos se arregalaram e levantei-me da cama, correndo até um espelho que o quarto tinha. Parei em frente a ele e engoli o seco percebendo que o meu pescoço não possuía nenhum arranhão. — F-Foi só um pesadelo mesmo? Não, meu irmão ontem a noite havia mencionado onde eu havia me machucado, então por que não tem nada aqui?! — Exclamei para mim mesmo tentando imaginar como não tinha nenhum arranhão em meu pescoço. Sai do quarto em busca do meu irmão, desci as escadas e segui o cheiro de comida que dava até a cozinha, mas antes eu olhei em volta com atenção. Era estranho como os móveis estavam todos limpos, nenhum tipo de poeira em cima deles como se tivesse sido limpado recentemente, nenhum rato, barata, teias de aranha nos cantos. Absolutamente nada. — Hey... — Exclamei adentrando a cozinha vendo-o sentado na mesa tomando o seu café da manhã. — Você que fez? — Ele assentiu em resposta. — Como é que encontrou ingredientes? — A geladeira e todos os armários estão repletos de comidas! — Respondeu-me e eu arqueei minha sobrancelha incrédula. — Agora que terminou seu questionário, senta ao meu lado e tome café da manhã comigo! Aproximei-me da cadeira vaga ao seu lado, sentando-me, sentindo minha barriga roncar ao o cheiro da comida adentrar minhas narinas. Não era o cheiro da comida que meu irmão sempre fazia e isso fez com que eu estranhasse ainda mais toda aquela situação. — Estava pensando em após a gente acordar completamente ir ver os outros cômodos da casa, quer vir comigo? — Meu irmão indagou e eu meio receosa assenti em resposta. — Você está estranha, o que ouve? Tirando a parte de mim ter me machucado e ter acordado sem ele, os móveis estar em perfeito estado de conservação, a silhueta feminina em meus sonhos e no caminho durante a noite, ter comida para entupir o orifício anal nossa e a comida não ser sua... ESTOU PERFEITAMENTE BEM! — É impressão sua! — Sorri de lado engolindo tudo o que queria falar, levando um pouco de comida a boca. — E eu topo ver o restante dessa casa maldita! — Seina! — Repreendeu-me e eu só mexi a cabeça para os lados, pedindo desculpas para ele mentalmente. Comemos a comida e colocamos as vasilhas sujas na pia, optando por lavar elas mais tarde. Sai da cozinha, parando no centro da sala olhando para uma foto de dois meninos muito bonitos, bem semelhantes com os do meu pesadelo. — Por que a mamãe tinha foto de pessoas em sua casa? — Indaguei ao sentir a presença do meu irmão atrás de mim. — Não me ignora não! — Virei-me para ver ele, mas não encontrei ninguém atrás de mim. — Falando com que sua doida? — Meu irmão colocou a cabeça para fora da cozinha, olhando para mim com o cenho frangido. — Ninguém. Comigo mesmo. — Respondi-o engolindo o seco enquanto ele voltava para a cozinha. — Seja lá o que você é e o que quer de mim, não irei me amedrontar assim! Subi as escadas virando para o corredor que eu havia visto um vulto e que a lâmpada não prestava muito bem. Aquele lado estava em péssimo estado, diferente dos outros corredores da casa. Criei coragem e comecei a andar pelo o outro corredor que tinha ao se virar à esquerda. Olhava em volta com atenção percebendo que nós cantos havia teia de aranha e eu juro que vi respingos de sangue na parede. Passei por uma porta, mas lentamente ela se abriu e o ranger que ela soou arrepiou todos os pelos do meu corpo. Um vento frio e úmido com cheiro de enxofre tomou conta das minhas narinas, fazendo com que eu me vira-se para ver a tal porta. — Não tenho medo! — Exclamei com a minha voz extremamente forte, mas por dentro mesmo eu estava quase morrendo de medo. — Mas deveria! — Uma voz grossa soou perto do meu ouvido e em um gesto extremamente rápido fui jogada para dentro do quarto. — SUNO! — Gritei pelo o meu irmão batendo na porta e ao mesmo tempo enxerga naquela escuridão. Naquela escuridão absoluta, escutei o barulho de uma porta se rangendo altamente dando eco por todo o cômodo. Encostei-me na porta vendo uma luz se acender no final do corredor. Fiquei com mais medo ainda, pois eu não estava em nenhum corredor e sim em um quarto. Escutei passos lentos misturados com algo se arrastando distante de mim, a luz no fundo apagou-se por um momento, mas ao se acender, pude ver uma mulher com um vestido branco todo sujo de sangue, seu corpo era contorcido como seus ossos tivessem sido quebrados, sua pele era extremamente branca e havia uma corrente em suas pernas, além do odor que ela transmitia. — HANGY SUNO! — Gritei novamente pelo o meu irmão, mas ele por estar na cozinha não tinha me ouvido e nem ouviria. — O que você quer de mim? Por que não me deixa em paz? Seja lá o que você for! — Indaguei sentindo meu coração bater fortemente. Novamente a luz se apagou e ao se acender novamente a mulher estava em minha frente, olhando em meus olhos com as suas pupilas brancas como o seu corpo, arrepiando-me de medo. Comecei a gritar altamente e tentei empurrar ela para a longe, mas suas mãos foram postas em minha boca. O odor fétido dela adentrava minhas narinas de uma maneira desagradável, causando-me ânsia de vômito. Dei um chute em sua perna e ela caiu em minha frente. Na perna que eu chutei pude ver o osso aparecendo no vestido que ela usava. De repente ela soltou um grito de dor e olhou para mim com uma expressão assustadora. Antes que eu tomasse mais uma atitude, alguma coisa gelada segurou minhas pernas e me derrubou, começando a me puxar rapidamente em direção a luz. — SOCORRO! — Gritei pela terceira vez começando a chorar, até que eu fui largada em baixo da luz. Levantei-me fazendo menção que iria correr novamente para a porta, porém ela havia sumido e alguma coisa em minha frente me impedia. Encostei minhas costas nessa coisa indefinível, olhando em volta com os olhos arregalados. Senti uma mão gelada ser colocada em meu pescoço, tentei me afastar, mas uma outra mão segurou minha cabeça tampando minha boca e meu nariz ao mesmo tempo, impedindo-me de respirar. Em minha frente surgiu, lentamente, várias mulheres todas sujas de sangue e com uma aparência horrenda, como se elas tivessem falecido a anos. Suas peles estavam se decompondo, suas roupas sendo corroídas, de seus membros podia ver lavas mexendo e caindo delas. Essas mulheres se aproximaram de mim e eu gritei entre as mãos da pessoa que me segurava, enquanto elas começaram a me tocar e arranhar ao mesmo tempo a minha barriga, arrancando gemidos de dor da minha parte até que a porta foi aberta e eu fui solta. Caí no chão com tudo, chorando igual criança olhando em volta vendo que era um quarto completamente normal, não havia nada de sobrenatural nele. — Por que gritou? E por que está nesse quarto? — Meu irmão veio em minha direção e eu levantei-me rapidamente do chão, saindo do quarto batendo minhas costas na parede. — T-Temos que ir embora daqui. Tem alguma coisa aqui nessa casa que não quer meu bem! — Exclamei olhando para o meu irmão, enquanto ele me olhava sério. — E-Eles querem me machucar... Eu vi mulheres mortas, estou escutando coisas, vendo coisas e sentindo coisas que não deviam existir! — A gente em vizinhos? Legal né? — Ignorou o que eu disse completamente. — Eles moram na casa ao lado! — VOCÊ OUVIU O QUE EU DISSE? — Gritei vendo-o revirar os olhos para mim. — Não acha estranho não? Quando os policiais vieram nessa casa, rondaram essa floresta toda e não encontraram nenhuma pessoa nessas casas e agora como mágica aparece essas pessoas? Temos que ir embora daqui rapidamente, eu sinto... — Parei na metade da frase com um tapa em meu rosto. — BASTA! — Ele gritou e eu mantinha meu olhar no chão incrédula e sem ação. — Deste que chegamos aqui você anda com esse papo de algo querer o seu mau... NÃO TEM NADA NESSA CASA, SE TIVESSE TERIA ACONTECIDO COMIGO TAMBÉM! — E por acaso você acha que eu estou mentindo? Não mentiria para você! — Exclamei chorando ainda mais, colocando a mão no lugar atingindo, sentindo uma ardência em minha barriga. — Se isso continuar acontecendo comigo, eu te largarei aqui sozinho! — Por que não estaria mentindo? Desde que chegamos você quer ir embora! — Ele disse em um tom alto, mostrando o quão irritado estava. — Chega! Preferia ter sido mandada para algum orfanato ou algo similar do que ficar com você! — Olhei para ele com frieza, colocando a mão em minha barriga, sentindo um líquido quente nela. — Você nem parece o meu irmão protetor que eu amava tanto! — Encarei minhas mãos vendo que era sangue. — Não venha com esse drama não! — Suspirou ele olhando para mim com o cenho frangido. — Não é drama é a realidade que você não quer aceitar e muito menos eu! — Sai daquele corredor rapidamente em direção ao banheiro. Passei pela a sala e parados em frente a escada, um homem e uma mulher que aparentavam estar na faixa dos trinta anos. Eles olharam para mim e sorriram largamente enquanto um arrepio subia pela a minha espinha. Continuei meu caminho até o banheiro ao ver o sorriso do homem sumir e ele olhar de uma maneira assustada para a mulher ao seu lado. Adentrei-o e tranquei a porta, parei em frente ao espelho, erguendo minha blusa vendo que ela estava sangrando por que possuía uma espécie de marca. Era uma cruz bem estranha das que eu tinha o costume de ver nos filmes e séries. — Você é a escolhida, mas não vá para aquele caminho! — De repente o cenário mudou outra vez, para um quarto parecido com o meu. — Eles não merecem perdão! Eles têm que pagar pelo os seus pecados! — Fechei os olhos e ao abrir eles novamente, estava no banheiro. — Me deixem em paz... — Sentei-me no chão escorando minhas costas na parede, chorando entre minhas pernas. — Me deixem em paz, por favor!

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